AMIGOS, Nicaragua tem potencial.
A premiere já tinha sido bem satisfatória e me empolgou o suficiente pra eu botar fé na temporada, mas é aqui que o negócio começa a esquentar. As duas tribos tiveram um airtime bem dividido, e ainda melhor: ambos bem aproveitados. Claro que ainda tem um ou outro que ainda não tiveram muito o que mostrar, mas sinceramente? Provavelmente a culpa é deles mesmos e não do episódio em si. Tipo o Dan, que tem todo o jeitão de gangster mauzão blá blá blá, mas tá se mostrando o mais sem graça da Espada. Mas pra que perder tempo falando do cara se Fatigue Makes Cowards of Us All teve tanta coisa mais legal pra se comentar?
Na própria tribo dos velhos, tem a Holly, que pelo visto tá longe de saber jogar muito bem, mas pelo menos me divertiu com a burrice de roubar o sapato de Dan e depois CONTAR PRA TODO MUNDO. Sério, Holly? É apontar uma arma pra própria cabeça. O resto da tribo só não apertou o gatilho porque não foi a vez deles irem pro TC, senão provavelmente não teria nem graça acompanhar as discussões sobre quem cada um iria votar. E o pior de tudo é que Holly faz o que faz por pura birra. Ela não tinha nenhum plano ou estratégia ou algo que o valha. Ela simplesmente se irritou com o Dan (E a única falha da edição foi esconder um pouco disso — a raiva dela acabou soando meio aleatória demais) e acabou dando a louca.
E apesar da diferença de idades, até que na LaFlor a coisa não era muito diferente. É só trocar sapato por meia. NaOnka tem sangue quente correndo nas veias e qualquer coisinha é motivo de barraco, e o tal do par de meias desaparecido (nunca saberemos onde esse troço foi parar) virou motivo pra garota não largar do pé do Fabio (Eu acho Jud tão melhor, mas até na abertura o apelido do cara é esse). O mais bizarro é que no Tribal Council NaOnka comentou como o moleque sempre quer pagar de esperto pra cima dela. Mas primeiro que ela nunca o deixa abrir a boca. E segundo… FABIO PAGANDO DE ESPERTO? Desculpa, NaOnka, eu amo seu nome, mas chamar o cara de esperto te coloca no mesmo nível de burrice do que ele. Talvez até abaixo, porque pelo menos Fabio sabe que é todo bobão.
Voltando pra Espada, porém, quem não é NADA bobo é o Marty. Não fui muito com a cara dele no primeiro episódio, mas tô começando a curtir o jeito como ele joga. Logo no começo, por exemplo, quando o Jimmy T. se mijava de inveja pela liderança do Jimmy Johnson, Marty ficava relaxado, sem interferir em nada. Afinal, ele tá certo quanto comenta que é muito mais válido ver o Jimmy J. se expor daquele jeito, deixando as coisas se desenrolarem sem que ele acabe se tornando alvo pelas eventuais discussões que sempre rolam com essa questão da liderança e da divisão de tarefas. Além disso, o cara já começa a montar uma vantagem importantíssima, já que encontrou com a Jill o Hidden Immunity Idol logo com a segunda pista. Isso que dessa vez a busca pelo HII era pra ser difícil, né? Brincalhona pra caramba essa produção de Survivor.
Pelo menos o outro elemento novo que eles introduziram realmente fez efeito na prova de imunidade — sem o Medalhão era bem capaz que a Espada acabasse perdendo a segunda prova seguida. Como não foi o caso, era hora de ver LaFlor indo pro Tribal Council. E foi lindo.
Primeiro: eu sei que muita gente adorou a Brenda na premiere e já começou a torcer por ela. Mas eu simplesmente não fui com a cara da garota. Ela carrega um ar de superioridade que me irrita MUITO. Ela ainda não fez nada no jogo e fica com aquele nariz empinado como se fosse A jogadora da temporada. Ainda tem que comer muito feijão com arroz. Por isso que quando a decisão ficou restrita a ela ou a Shannon, eu já tava mais do que satisfeito com o episódio. Além de talvez poder ver Brenda indo embora, eu já havia comentado semana passada como não curtia o jeitão alpha-male genérico de Shannon e torcia pra que ele também fosse pra casa mais cedo — o que acabou acontecendo, mas de uma maneira bem mais legal do que eu imaginava.
Quando ele pisou no Tribal Council e, sem nem pensar duas vezes, começou a bombardear o Chase com tudo o que ele pensava, eu tenho que admitir que o cara ganhou um pouco do meu respeito. O comentário dele sobre o Chase caindo igual cachorrinho nas abas de Brenda foi preciso. MAS. PORÉM. CONTUDO. ENTRETANTO. É impossível manter respeito por Shannon por mais de alguns segundos. Principalmente com o que veio a seguir. Alguém consegue me explicar DE ONDE saiu aquele ataque homofóbico bizarro pra cima do Sash? Foi mais aleatório do que a implicância da NaOnka com o Fabio. Acabou que Shannon foi eliminado praticamente da mesma maneira que a Wendy na semana passada. Entrou no TC já com grandes chances de ir embora, mas assim que abriu a boca, cavou de vez a própria cova.
Só que apesar das gritarias mó empolgantes nesse final, acho que, pra mim, melhor do que ver Shannon indo embora foi descobrir em Alina e Kelly B. minhas maiores torcidas da LaFlor. A Alina tem tudo pra ser o contraponto de Brenda na tribo, e se ela conseguir montar um blindside pra cima da japinha ainda antes da Merge, declaro meu amor eterno por ela. Já com a Kelly B. o que me preocupa é a perna mecânica. Ia ser tão mais legal se ela não precisasse dela. Como jogadora, acho que ela tem MUITO potencial — talvez o maior da tribo — e ver tudo isso sendo desperdiçado no foco excessivo dado a sua perna vai ser bem frustrante. Por bem ou por mal, a perna mecânica é, de fato, uma ameaça pros outros castaways, mas mesmo que a deficiência de Kelly não existisse, boto muita fé de que a sua inteligência por si só já seria perigo de sobra pra qualquer outro participante dessa temporada.
E se a implicância da NaOnka mostrada na promo do próximo episódio se mostrar verdadeira… Não tô nem aí pras minhas expectativas pré-temporada: vou querer ver Kelly B. humilhando a garota.
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P.S.: Aproveitando que eu falei da Alina e da Kelly B. como minhas maiores torcidas na LaFlor, na Espada é pra Jane e pra Yve que eu torço mais. Pelo menos por enquanto.
