Depois do episódio 16 ter resgatado os bons momentos de Switched at Birth, parece que a maré não foi passageira e, ao menos por enquanto, a série voltou aos trilhos.
Se antes a produção tinha se tornado cansativa devido à quebra do ritmo, agora voltamos a ter uma série ágil e interessante. O marasmo já não mais se faz presente e os elementos que fizeram da série uma das melhores estreias do ano estiveram mais uma vez presentes.
Dessa vez tivemos Emmett na medida certa, sem colocarem a produção em suas costas, ele esteve complementando a trama de Bay. Achei muito interessante terem relembrado do Ty (que faz falta!). Aliás, todo o plot de Bay foi bastante interessante. O curador ter aparecido por meio de Regina, a decepção da garota por não ter seu trabalho em uma galeria, enfim, tudo foi muito bem trabalhado, mostrando o ponto forte da série: retratar os sentimentos dos personagens. Por sinal, a troca já vem sendo deixada de lado há algum tempo, o que mostra que a produção se sustenta mesmo sem se tornar apelativa.
Gostaria de ver Regina tendo um caso com o curador, acho mais: com um possível envolvimento dos dois e um possível regresso de Angelo, a trama poderia definitivamente pegar fogo e mostrar as verdadeiras faces dos envolvidos.
Simone e Daphne em pé de guerra foi intenso. As duas tem química em cena e Simone vem se apresentando como a vilãzinha da história. Sua dubiedade a torna intrigante e, principalmente, instigante, já que nunca somos capaz de prever suas atitudes e já deu pra perceber que ela não mede esforços para conseguir o que deseja. E agora que ela perdeu o posto de titular no time de basquete, Daph é seu alvo prioritário e, com certeza, não vai poupar sua artilharia.
Toby passou a receber atenção dos roteiristas e o personagem vem ganhando importância. Se antes ele apenas figurava, agora já vem se tornando relevante e com dramas pertinentes. Não ser apoiado pelos pais em seus sonhos é uma situação comum aos adolescentes, e a série busca retratar a realidade e aborda com minimalismo situações simples, que até aparentam ser desinteressantes, mas podem se revelar muito produtivas. Como vem acontecendo nesses pequenos embates entre os Kennish.
Só achei que o retrato em família poderia ter sido melhor aproveitado, gerando mais alguns pequenos conflitos entre eles. Passou um pouco despercebido, mais como um pano de fundo para mencionar os problemas que ‘ enfrenta com seus pais. Se era difícil para ele conviver com a mãe, Melody, que não aprovava seu namoro, viver com seu pai também não é tão simples quanto parecia. Todo bônus gera um ônus, e ele, sem duvida, sente falta de ter seus pais juntos.
Divórcio, adolescência, sexualidade, pais x filhos… Switched at Birth vem se mostrando cada vez mais um drama denso e realista. Que assim permaneça.
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1×18 “The Art of Painting”
Até a próxima semana!