É em episódios como The Russian Rocket Reaction que eu tenho certeza que os roteiristas de The Big Bang Theory não sabem direito o que fazer quando a série volta a ter os amigos nerds como foco. Nem posso dizer que estou com alguma implicância com o Sheldon em específico (mesmo estando meio cansada de algumas piadas repetitivas *cof* Bazinga *cof*), porque o 5×06 foi focado nos Cooper e achei bom.

Até achei engraçadinho o Sheldon e o Leonard na loja de quadrinhos cobiçando uma espada de Game of Thrones, aproveitando todo o hype que a série e os livros causaram em 2011. Não acho que uma coleção de espadas seja a cara deles, mas depois fiquei tentando imaginar onde eles iriam guardá-las naquele apartamento já lotado de coisas.

Por outro lado, foi divertido vê-lo narrar para a Amy a história de como se tornou inimigo de Will Wheaton e querer mostrar quem são os seus 61 inimigos mortais (esta deve ter sido a piada que melhor funcionou, mesmo dentro de uma trama que não me empolgou).

A briguinha do Howard e da Bernadette chamou mais a minha atenção no 5×05. Desde a mini discussão no carro, com o Howard não entendendo que a Bernadette querendo que o noivo conversasse com ela sobre a grande decisão (e aí foi mancada do engenheiro) até ela mostrar que, na verdade, está preocupada com ele e sofre um pouco de uma “síndrome de abandono” pelo fato do pai não ter sido presente em sua vida e ter uma profissão perigosa.

Claro que isso foi só um draminha para agitar a vida do casal, que não deve ter as tradicionais discussões motivadas pelo ciúme de ter uma menina dando em cima do Howard ou da Bernadette dar bola para um bonitão.

Já The Rhinitis Revelation me deu sentimentos contraditórios. A Mary é ótima e eu ri com muitas das piadas, mas senti que algumas passavam um pouco do meu limite aceitável de fazer piadas com a religião alheia e algumas das piadas em geral.

Sobre as piadas no restaurante, sobre o que é politicamente correto ou não falar naquele ambiente, achei que era totalmente dispensável tratar a personagem como se fosse uma completa ignorante nas questões de mundo (até desculpei o fato de ela estar confundindo os clichês ocidentais para a cultura japonesa e chinesa). Mas acredito que tenham colocado aquelas frases na boca da Mary porque este deve ser o estereótipo de pessoas que vêm do Texas (a parte religiosa a gente vê em muitas piadas em programas americanos).

Não dá para negar que a Laurie Metcalf roubou a cena. Ela interage muito com com todos os personagens e eu gostei muito de vê-los na igreja rezando ou fazendo pedidos a Deus. A forma como a Mary os forçou a revelar alguns de seus problemas foi ótima!

Foi fofo o Sheldon se sentindo negligenciado porque a mãe preferiu passear com os amigos dele ao invés de ficar com ele. Mas também, né! Palestras? Melhor ir ver o filme do Pelé.

O episódio ainda nos brindou com uma cena clássica antes mesmo de acontecer: a mãe do Sheldon cantando “Soft Kitty” para o filho doente.