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The Big Bang Theory – 6×20 The Tenure Turbulence

Por: em 10 de abril de 2013

The Big Bang Theory – 6×20 The Tenure Turbulence

Por: em

Mais uma vez tivemos os amigos brigando pelo espaço “cedido” por algum professor na universidade. Já tivemos uma disputa de uma sala entre o Kripke e o Sheldon, uma vaga de estacionamento (Sheldon x Howard) e agora, o emprego do Tupperman (Sheldon x Leonard x Raj). Desta vez, envolveu até as meninas.

O grande problema do episódio é que, por não ser a primeira vez que eles disputam algo na universidade, acaba sem o fator novidade e a história acaba soando bem preguiçosa. Nem a presença das namoradas serviu para renovar a trama porque, tirando o decote mais do que generoso da Penny, não tivemos nada que não tenha sido mostrado nas outras vezes.

Dito isso, o episódio teve alguns bons momentos, como o discurso inicial de “se eu não conseguir o trabalho vitalício, quero que um dos meus amigos consigam”, mesmo sendo muito óbvio que ele não duraria mais do que os primeiros minutos. Fiquei curiosa com esse novo emprego e dando uma pesquisada rápida, descobri que isso existe de verdade (amiguinhos da área acadêmica, não me batam por não saber das especificidades da carreira de vocês). Esse emprego tenure (não encontrei uma tradução para a expressão, alguém sabe?) é como se fosse o cargo de “sênior” das empresas privadas e o professor júnior que quiser se candidatar a ele precisa ter um ótimo número de artigos publicados, financiamento, visibilidade acadêmica, ter passado por serviços administrativos e acadêmicos. No sistema padrão, há um período limite para o candidato atingir os critérios da universidade, então não é tão inverossímil que alguns dos aptos são justamente os nossos queridos nerds. O Howard não tem um doutorado, então não pode se candidatar como os outros.

Pensando nisso, foi meio esquisito o Sheldon ter se oposto ao emprego a priori. Bem, ele pode não concordar com a forma como você consegue esse novo status acadêmico, mas não quer dizer que não o queira. Ser um professor tenure é subir na escala acadêmica, algo que devia ser importante para o personagem.

Uma das coisas mais divertidas foi observar como cada namorada apoiou o seu respectivo. A Amy sempre colocando o Sheldon nas alturas – mesmo levando umas na cara, como o namorado dizendo que às vezes quer sair do relacionamento e só fica porque ela o venera ou dizendo que acha que o conceito de coito ridículo –, insinuando sempre que espera algo a mais com o físico. O Raj com os desabafos com Howard e Bernadette e ainda ficamos sabendo que o nerd mais tímido agora vai viver sem o dinheiro da família, com direito a reclamações típicas do Classe Média Sofre. Uma BMW nova de aniversário, mas sem aquecimento do estofado? Que absurdo! E fiquei imaginando como seria bom para o Leonard ser um pouco respeitado pela mãe se conseguisse essa vaga.

Me identifiquei tanto com as palavras do Leonard no jantar com a Penny:

“– I’m not gonna schmooze anybody. I’m gonna let my work speak for itself. I’m a naive idiot, right?”

Somos dois, Leonard. Somos dois.

Tivemos a volta da Janine Davis, desta vez menos bombardeada com o machismo e racismo do episódio anterior. Na academia, tive mais um momento de identificação com o Leonard: não sei me dar bem com esses instrumentos de ginástica e provavelmente faria uma pergunta idiota como a do “como eu inicio essa coisa?”.

Também fiquei com dó da Davis e dos outros membros do comitê por terem que aguentar esse tipo de puxação de saco de muita gente. Trapalhadas como a do Leonard ainda são engraçadas e comida gratuita quase sempre vale a pena, mas um vídeo de 90 minutos que tem um Raj criança apontando para a lua – por mais engraçado que seja – e um box da minissérie Roots depois de todo o histórico com o Sheldon (independente da qualidade da minissérie, que recebeu 37 indicações ao Emmy e levou nove) fazem você reavaliar muita coisa no trabalho.

Quando a Amy disse que ajudaria o Sheldon com o comitê, já que ela é uma cientista de respeito, imaginei rapidinho a Penny indo também e usando seus dotes corporais para ajudar o Leonard. Só não esperava que o vestido fosse tão decotado – mas a Penny tava lindona, não?

Eu podia falar alguma coisa sobre como usar as namoradas para conseguir o cargo não é legal, mas o Raj disse por mim e ele, Sheldon e Howard fecharam o meu ponto com chave de ouro sendo completamente infantis com a briguinha besta envolvendo xingamentos de quinta série. Mostrou como essa parte em específico do episódio foi boba e fraca, ainda que a Amy tenha conseguido uma boa frase sendo a voz da razão para o Sheldon questionando se ele vai conseguir fazer amigos.

The Big Bang Theory vai entrar em mais um hiato e volta em 25 de abril para a reta final da temporada. Até lá!

P.S.1: O pessoal está sempre comendo em TBBT, mas desta vez, reparei que o Sheldon raramente coloca a comida na boca (ao contrário dos outros) e o ator parecia meio cabisbaixo ou até mesmo mau humorado no começo do episódio.

P.S.2: Eu aceitaria os DVDs com a filmografia de Jackie Chan. Ou, no meu caso específico, do Kurosawa ou do Studio Ghibli ou do Ken Watanabe, que devem ser os nomes japoneses mais famosos nos Estados Unidos.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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