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The Big C – 2×07 Goldilocks and the Bears

Por: em 13 de agosto de 2011

The Big C – 2×07 Goldilocks and the Bears

Por: em

Um dos melhores episódios da série, com a pior audiência até agora. Irônico, não?

Além de ser triste, obviamente. Chegamos em um momento que é preciso analisar essa audiência. Goldilocks and the Bears foi visto por 0.49 milhões de telespectadores, o número mais baixo da curta história de The Big C. Apesar de ser uma época em que esses números tendem a cair, a companheira Weeds consegue se manter estável, com pelo menos 200.000 telespectadores a mais que The Big C. Caso a audiência continue caindo, a série chegará no mesmo que United States of Tara. E nós sabemos o que aconteceu com esse pedaço sensacional de televisão americana, certo? Parece que a ironia não faz só parte da trama de Cathy, sua família e seus amigos. Ela faz parte do mundo de fora, pois como um episódio tão divertido, e ao mesmo tempo emocionante, consegue ser o menos assistido?

Tirando essas terríveis preocupações – que espero, não passem de apenas isso – The Big C apresentou outro episódio maravilhoso, misturando drama e comédia como sempre faz. Gosto muito dessa parte religiosa, ou então mais introspectiva, que Lee trouxe a série. Cathy está vivenciando isso. Uma ação mais espiritual de sua doença. Ao escutar Lee, seu corpo reage, sentindo-se bem ao seu lado. E foi ainda mais inteligente usar o fato de que almas gêmeas não significam necessariamente feitos um para o outro em um relacionamento sexual. Por mais que ela se sinta atraída por ele, como vimos na cena do banheiro, o amor deles é impossível. Lee a vê como amiga, confidente, não potencial interesse romântico. Nada significa que ela não ame Paul, porque ela ama, e muito. Essas questões espirituais acabam deixando as pessoas mais “preparadas”. Cathy está vivendo isso na pele, vendo Marlene, como uma espécie de guia espiritual – que ao mesmo tempo que alega que a vida pós morte é boa, incita a ex-vizinha a continuar lutando e acreditando. Visões reais ou apenas a mente de Cathy trabalhando para seu bem estar, tais cenas são válidas. Afinal, nunca é demais ver a velha e boa Marlene.

Lee encara tudo isso de maneira mais positiva. Ele está nessa luta há 10 anos, acostumado com a situação. Isso não significa que ele parou de lutar ou acreditar. O aspecto espiritual o ajuda a seguir em frente, sabendo que o que for que seja, vai dar tudo certo, nessa vida ou depois. A série não está tentando provar um ponto de vista sobre a morte, mas sim mostrar que a crença…a fé, são capazes de acalmar uma mente inquieta. Além disso, Lee como amigo é uma adição perfeita ao elenco. Os dois abraçados, ou comparando cicatrizes (a minha não é tão estranha!) é bonito. São cenas que funcionam. Não mostram Lee como o cara perfeito, sem problemas ou sem necessidades. Ele também tem desejos, casos de uma noite só. Isso compromete tudo o que ele é? Claro que não. Assim como não compromete o que Cathy é apenas pela cena da banheira.

Sem falar que Lee trouxe essa história do bar de bears que foi simplesmente genial. Quem diria que Laura Linney conseguiria ficar mais apagada do que outro membro do elenco? Oliver Platt esteve sensacional. Dá vontade de abraçá-lo com sua ingenuidade aliada ao amor que tem pela esposa. Platt consegue fazer o lado cômico em conjunto do dramático. No final do episódio ele abraça Cathy quando descobrem que os remédios estão fazendo efeito. Mas mesmo em uma cena de fazer lacrimejar, Paul abraça Cathy gritando “abraço de urso”. Impossível de não rir com a atuação do ator, que esteve hilário em todas as cenas do episódio, no bar em especial, ficando todo contente em ser paquerado. Facilmente uma das maiores evoluções da série, pois lembro de como Paul era um personagem que incitava a antipatia dos fãs no começo da série.

No mais, Adam continuou sendo Adam de maneira negativa, enquanto Sean continuou sendo Sean de maneira positiva. Ele no hospital, acabando com a paciência da enfermeira foi muito engraçado. Apesar dele estar certo quanto ao conselho para Adam, acho que Mia era uma ótima garota. Se o adolescente mudasse, ela poderia perdoar e eles continuariam juntos. Já Andrea e Myk estiveram perfeitos. Que casal! Os atores Gabourey Sidibe e Boyd Holbrook tem uma grande química e formam um casal muito bonito. Foi bom ver esse lado mais inseguro de Andrea. Ela tem opiniões formadas e pensamento muito maduro, mas é bom ver que, para coisas aparentemente simples como se arrumar para um encontro e pensar se o garoto iria gostar dela, ela é como qualquer outra garota. O encontro, assim como o beijo, foi divertido e sentimental. A única coisa ruim disso tudo é que Myk, um garoto super gente boa, parece estar roubando coisas da loja, já que a TV que Paul procurava estava no carro dele. Não gostaria que fosse assim, porque ele parece um tanto quanto ingênuo, ao mesmo tempo que maduro para a idade.

Semana que vem é jantar do Dia de Ação de Graças na casa dos Jamison + Andrea, Sean, Rebecca, Lee e Myk. Imperdível!!


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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