Desde que Cathy foi diagnosticada com câncer, a vida de sua família, amigos e todos que a cercavam, mudou radicalmente. Paul, Adam, Sean e tantos outros também tiverem que se adaptar a esse intruso no ambiente familiar: o câncer. O que The Big C sempre mostrou é que essa doença não bagunça somente com a saúde física de uma pessoa. Cathy já sofreu sim fisicamente, mas a principal mudança da personagem é psicológica.
“Eu não quero que as pessoas pensem que eu desisti.”
Neste episódio pudemos compreender um pouco o que está passando na cabeça dessas pessoas que terão que enfrentar essa perda, que, mesmo esperada, é inegavelmente difícil. A partir do momento em que decide abrir mão de suas coisas antigas (e nisso ela incluiu Paul), Cathy supostamente mostrou que está preparada para o que der e vier. Porém, como bem pontuou a terapeuta, talvez não seja bem essa a realidade. Foi interessante perceber que não parece ser somente Cathy que não está preparada para o fim.
Sean, como eu já previa, parece ser o menos conformado. Ele sempre foi imaturo e a atitude dele, apesar de bonita, foi sim impulsiva. Doar um rim é um gesto sublime, mas ficou mais do que nítido que ela estava fazendo isso para aliviar a dor de perder Cathy e, principalmente, por não conseguir fazer nada para evitar isso. Quero sim que ele doe o rim, mas não sem antes refletir realmente sobre o significado e consequências dessa ação. A cena em que ele leva Cathy para ver uma possível estrela cadente é de emocionar qualquer um. Ele sente que sua irmã é a única pessoa que ele tem, coisa que não deixa de ser verdade. O fato de ter imaginado que não fazer a barba e fazer um desejo para uma estrela cadente pudesse salvar a irmã é típico do personagem e totalmente compreensível. Espero, apesar de não gostar tanto de Sean, que ele consiga lidar bem com a situação quando chegar a hora.
Cathy empurrando Paul para uma nova mulher é das típicas atitudes dela que algumas vezes me faz ter raiva da personagem. Mas isso não é um ponto negativo, pelo contrário, adoro The Big C também por não endeusar sua protagonista e fazer com que fiquemos com pena dela, a ponto de tolerar todas as suas atitudes. A reação de Paul foi justamente a que eu esperava desse personagem que gosto profundamente. Tanto quando estava dando entrevista na rádio, como no encontro com Brenda, foi possível perceber que o que ele mais quer é passar a maior parte do tempo que resta a Cathy junto dela. Gostei da “rapidinha” e espero que ela volte a se repetir, pois anseio por um grande final para esse casal tão complementar. Vejo, aliás, um grande amadurecimento de Paul e vejo cada vez mais que ele está compreendendo a situação, e que ele precisará ser forte pois deverá servir de apoio a Adam.
Este continua sendo minha maior incógnita. É muito difícil entender esse personagem em alguns momentos. Ele parece estar reagindo tranquilamente, pois em nenhuma oportunidade ele se manifestou de forma mais acentuada, pelo contrário, Adam sempre guarda seus sentimentos. O fato de estar se relacionando com Lydia me agrada, pois ela parece ser uma pessoa muito madura e que pode ajudá-lo muito. Nem preciso dizer que o momento que mais espero na série é uma possível despedida entre Cathy e Adam, preciso? Se (ou quando) isso ocorrer, espero que ele consiga falar tudo aquilo que ele nunca falou na série. Quero vê-lo se expondo um pouco mais. O fato de ele ser tão fechado condiz com sua idade, afinal a grande maioria dos adolescentes são muito reservados e odeiam falar sobre suas aflições.
Adorei a interação de Andrea com o seu proefssor, pois ele passou uma lição muito importante para ela e que provavelmente será fundamental para esse final de série: nem sempre a morte precisa ser depressiva. Aos poucos vejo que esse é o final que a série provavelmente terá. Entender a doença e a morte é muito difícil, mas importante. Ninguém deixará de sofrer, nunca, mas compreender que a vida segue é fundamental.
Outras observações:
– Cathy de bengala foi de triturar o coração. Toda as vezes que ela caiu me deixou extremamente aflito. Falo tanto sobre a futura reação dos personagens após a morte de Cathy que às vezes esqueço de pensar como eu mesmo irei reagir ao final de uma série que amo tanto.
– Achei a nova abertura muito bonita, assim como já era a anterior.
– Que final de episódio foi esse? Palmas para a sempre perfeita Laura Linney. Conferindo a promo abaixo você poderá conferir se a perda de memória de Cathy é temporária ou não. Já estou imensamente ansioso.
