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The Finder – 1×02 Bullets

Por: em 30 de janeiro de 2012

The Finder – 1×02 Bullets

Por: em

Depois de um episódio piloto simples e que apresentou bem seus personagens, The Finder volta para montar mais uma peça da sua trama e contar mais um dos encontros de Walter. Diferente do primeiro episódio que tem por missão muitas coisas, esse foi um típico caso da semana regado a momentos em que conhecemos um pouco melhor a mente de nosso protagonista (ou desconhecemos ainda mais), podendo aproveitar a oportunidade para nos divertir ainda mais com o jeito estranho com que ele lida com cada uma das situações que lhe é apresentada. Walter definitivamente não é normal, mas essa sua loucura estranha faz com que sejamos proporcionados com momentos interessantes, coisa que não podemos perder.

Bastante inteligente a trama abordar essa diferença de Walter logo de cara. É bem fácil concluir que ele não é um ser como outro qualquer. Ele sofreu um trauma muito grande em seu passado que reflete em cada uma das ações que ele tem no seu presente. Cada peça desse trauma é contada de uma maneira e dessa vez soubemos um panorama geral: ele estava na missão de encontrar um fabricante de bombas, só que ele falhou e quem ele procurava, acabou o encontrando e matando todos os homens que estavam o acompanhando na missão. Ele fora o único sobrevivente carregando consigo o peso dessas mortes e uma nova vida que advinha do dano cerebral sofrido por ele no trauma. O psicólogo foi uma importante ponte entre o maluco que conhecemos no episódio piloto e o traumatizado que busca se encontrar acima de tudo. Confesso que seria bastante interessante para a trama se esse psicólogo permanecesse por mais um tempo na série. Ele funcionou muito bem com o grupo no geral e sua dinâmica com Walter foi excepcional.

Duvidei o episódio inteiro se Walter ia passar no tal teste e achei prudente os autores revelarem que ele tinha fracassado neste. Não tem como ninguém alegar que ele é normal, mas saber o que o levou a isso ajuda a entender tudo. Mais interessante ainda é que seu único interesse é na caça, na procura por algo e não na trama que envolve tudo isso, como foi bem ilustrado pelo episódio. Todos nós queríamos saber o desenrolar da história, como as pontas se ligavam no final, enquanto ele só queria achar as benditas balas e conseguiu. A determinação do personagem também é impressionante. Interessante ele alegar que acha as coisas que procura ou morre tentando fazer isso. Será um ponto que os autores poderão mexer num futuro da série. Apesar da sua pouca atuação no episódio, adoro a personagem Isabel e acho que ela funciona tão bem como protagonista feminina, que mesmo com suas poucas falas, a participação da moça deu um toque especial no episódio – fora que a atriz é linda.

Também acho bastante interessante a dinâmica que existe entre Willa, Walter e Leo. Os três são realmente como uma família, onde Leo é o pai que dá conselhos e tenta colocar a casa em ordem, Willa é a caçula adolescente revoltada que lida com os problemas da sua condição social e Walter é o irmão mais velho, inconveniente e que te faz passar vergonha em qualquer lugar. Não sei se curto muito o caminho que fazem Willa percorrer, talvez por ser óbvio demais. Achei que veríamos um pouco mais da personagem ou conheceríamos mais da sua família, quando na verdade o que vimos foi ela dando o golpe em mais um riquinho otário. Sério, por enquanto, são aspectos que constroem a personagem, mas que com o tempo podem se tornar cansativos e repetitivos, levando a desconstrução da mesma, o que não será interessante para nenhuma das partes. Mesmo assim, impressionante como ela consegue dar o golpe sem nunca ninguém perceber e ainda assim levar a melhor. Agora até quando isso, vai saber. Acho que poderemos ver os resquícios desse roubo em próximos episódios ou pelo menos espero isso.

O caso da semana também foi bastante interessante – um cara, no corredor da morte precisa provar desesperadamente que a justiça esteve errada por vinte anos e que ele não é o culpado da morte de seu amigo. E a cada evidência que nos é apresentada no percurso do episódio, fica mais difícil de acreditar que o tal condenado estava falando a verdade. Gostei como essa trama foi se construindo e acabou por surpreender o seu desfecho. O velho corregedor era o real culpado pela morte de Hogan, devido a sua paixão doentia por Gloria (fato que era evidenciado desde o começo, já que o velho corregedor andava com um presente da mulher em seu carro até os dias atuais). E eis que ela, mesmo depois de ter saído do país, mesmo depois desse tempo todo, ainda era apaixonada por Ross. Nada como uma bela história de amor, não é meus caros. Bonita cena do reencontro. E assim fechamos mais uma caçada. Dessa vez foram duas balas, qual será a próxima?

Confira abaixo o vídeo promocional de ‘A Cinderella Story’, que já foi exibido na tv americana:

P.S.: Caros leitores, atrasei a review deste episódio por motivos pessoais. Logo, o terceiro episódio já foi ao ar e em breve também terá sua review publicada por aqui. Até mais e nos vemos nos comentários!

P.S.2: Só depois de ver o episódio e ter escrito o texto da review, que descobri que o psicólogo é um personagem famoso para os fãs de Bones!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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