Se o episódio passado foi um tipo de preparatório para este episódio, então os roteiristas estão mais do que perdoados. Este é um daqueles episódios que a gente assiste over and over again e, em todas as vezes, se maravilha. Quatro minutos de episódio, Diane conversando com Will por telefone e do nada o telefone de Alicia toca, com aqueles ringtons que só ela tem. O que fazer numa hora dessas senão surtar?! E se não fosse o suficiente, Glenn Childs retorna dos mortos num caso envolvendo terrorismo! Tem como ficar melhor?

O decreto 13224 determina que o advogado de um suspeito de terrorismo informe qualquer informação relevante ao secretário da Fazenda, mais uma dessas leis loucas que vão de encontro a princípios, mas que sempre são úteis quando se quer condenar um inocente, especialmente após o 11/09. E Diane, não sei se por birra ou por não dar atenção o suficiente, envia Alicia para a entrevista.

Adoro Diane, diria que ela completa Will perfeitamente, mas às vezes ela se contradiz. Quando Will quer aceitar um caso por “amor” ou pra fazer “justiça”, sem a expectativa de retorno financeiro, ela reclama que é a única a pensar no futuro do escritório. Contudo, quando ela quer aceitar um caso, por acreditar nele, justifica dizendo que é o certo a se fazer. Essa variação entre racional demais e emotiva demais passa a impressão de que ela trabalha conforme o seu bom humor e que não sabe separar o profissional do pessoal. Descobrir que Alicia está dormindo com Will não tinha relevância nenhuma no caso, nem mesmo no trabalho dela. Eu esperava que ela ficasse preocupada com Will, ou até mesmo se perguntando por quê Alicia estaria dormindo com o patrão, mas não esperava o vídeo sobre assédio sexual. Realmente desnecessário.

Mas voltando ao caso principal, Alicia precisa de um advogado. Eu juro que passou pela minha cabeça milhões de pessoas, mas jamais Elsbeth Tascioni (Carrie Preston) – a advogada que defendeu Peter. E que surpresa maravilhosa, Carrie é sensacional e a personagem é tão excêntrica quanto os outros juízes e advogados que aparecem em The Good Wife. Além disso, a estratégia que ela usa pra ganhar um caso é no mínimo interessante: Elsbeth ganha no cansaço, consegue tirar qualquer promotor e/ou advogado do sério.

Falando em promotoria, essa briga de Peter e Will ora parece ser uma guerra fria e ora uma guerra declarada.  Até então não sabia que em relação a Alicia estava tudo às claras, até porque Peter sempre foi tão confiante perto de Will, como se ele não representasse ameaça, que não entendi porque Will concluiu que a perseguição fosse pessoal. Will sabe que tá dormindo com Alicia, ela sabe disso, mas Peter não sabe. Ou sabe? De qualquer maneira, eu queria muito saber o que diabos Will fazia em Baltimore porque esse passado tá sempre o assombrando.

O que me intriga nessa briga entre os dois é que Alicia não fica sabendo. O ex-marido e o namorado discutindo, carreiras sendo ameaçadas e ela, que é a maior interessada, nem está ciente. Não sei porque Will não conta nada pra ela. Aliás, eu sei, Alicia vai fazer perguntas que ele não pode responder. Mas ainda assim, não gosto quando a vida de Alicia está sendo decidida e ela nem mesmo está sabendo.

Gostei da posição de Cary, parecia até que ele queria defender Will daquelas acusações, a promotoria também parece que procura pelo em ovo, a desculpa de que estão atrás de Bishop não me convenceu, há outras maneiras de fazer isso além de atacar um advogado.

Outras Considerações:

• Gostaram de rever o Tripp de Gossip Girl? Demorei séculos pra reconhecer o Aaron Tveit.
• Minha nossa, como os filhos da Alicia são mimados! E Senhor, com uma sogra como a Jackie não há casamento que agüente!
• Alguém não sabia que Dana não ia embora da promotoria? E alguém se importa?