Se todas as séries que entrassem em hiatus durante qualquer período de tempo no meio de uma já iniciada temporada voltassem com episódios como “Doubt”, o décimo oitavo da primeira temporada de The Good Wife, haveria salvação para qualquer série alguma vez já cancelada.

The Good Wife já faturou uma das melhores posições de seriados na minha opinião. Isso é fato. Não só a história e roteiros são bons. O elenco está, a cada dia, melhor. E a novidade deste episódio? A estrutura narrativa. O episódio é todo desconstruído e, inicialmente, até chama bastante a atenção por estarem usando palavrões para se referirem à good wife.

“Doubt” inicia com doze pessoas trancadas numa sala, decidindo um caso que está em julgamento. São os doze jurados do caso desta semana da Stern, Lockhart & Gardner, discutindo arduamente sobre o futuro da jovem Bianca Price.

O caso da semana: Bianca Price, uma patricinha de irmandade, é acusada de matar sua roomate Heather, com um tiro no peito. Fatos? A arma que matara Heather era registrada no nome de Bianca; as duas tinham feito um ménage a trois com o ficante de Bianca sob efeito de zolpidem (remédio utilizado para o tratamento de insônia que, combinado ao efeito do álcool, causa alucinações).

Diane Lockhart percebeu a visita de McVeigh em sua firma e saiu de sua sala para agradecê-lo pela biografia de Sarah Palin que ele havia enviado a ela. Depois de cumprimentos trocados e McVeigh se recusar a fazer a perícia neste caso (por acreditar que Bianca era culpada), eles se despedem.

Kalinda, pra variar, surpreende a todos identificando fatos novos no caso, conduzindo, então, toda a investigação para outro lado. Descobre-se que, na verdade, Heather estava tentando roubar Bianca e, quando abriu a gaveta de sua escrivaninha, puxou o gatilho da arma sem querer. Ou seja, não existia culpados na história, a não ser a própria Heather.

A partir disso, McVeigh voltou atrás e aceitou fazer a perícia no caso, analisando-o como supracitado. No tribunal, a acusação dissera que McVeigh só aceitara fazer tal perícia (com tais resultados) porque estava dormindo com Diane. Apesar de ser verdade o fato de eles estarem saindo juntos (e estarem tendo encontros “íntimos”), McVeigh não se baseara nisso para dar seu veredicto.

Will e Alicia continuam no seu lenga-lenga, no seu chove-não-molha, no seu papinho adolescente apaixonado. Porém, duas novas situações que melhoraram a trama:
1)    Alicia disse, com todas as letras, que se eles tivessem ficado juntos durante a adolescência, não teriam durado. Will, discordara. Eu, concordo, apesar de tentar enxergar um futuro entre os dois.
2)    A filha de Alicia ouvira toda essa conversa da mãe com Will… Vamos ver o que vem por aí neste quesito!

Ao final, depois de várias cenas de indecisão do jurado, eles finalmente chegam a uma decisão. Ao mesmo tempo, a acusação oferecera à Bianca uma pena de 10 anos, na qual Bianca poderia ter liberdade condicional aos 34 anos, se tivesse bom comportamento. Caso contrário, se Bianca fosse condenada e por ventura optara por acreditar na defesa e não fazer acordo, ficaria 45 anos presa, sem condicional.

Ao mesmo tempo que o jurado declarara a ré “not guilty” (inocente), o juiz adentra o recinto dizendo que a ajuda deles não mais seria necessária: a ré aceitara a proposta da acusação.

Episódio brilhante. Desculpem-me a enrola do review! Até a próxima.