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The Good Wife 2×11 – Two Courts

Por: em 19 de janeiro de 2011

The Good Wife 2×11 – Two Courts

Por: em


Este episódio me faz ter certeza de duas observações que já fiz em reviews de The Good Wife: 1) Josh Charles e Christine Baranski tem uma química expecional e funcionam muito bem juntos e 2) Will Gardner é um personagem mala, que não tem um pingo da minha afeição. Dito isso, vamos aos comentários do excelente Two Courts, décimo primeiro episódio da segunda temporada de The Good Wife.

Acho que neste episódio aconteceu a cena que venho esperando que aconteça desde que Blake entrou na trama de TGW. O detetive é um babaca, mesquinho, egoísta e, até hoje, não sabemos exatamente a que veio para a história, a não ser tirar a paz dos próprios co-workers. A forma que Alicia fala com ele me fez ter um gostinho de eu mesmo ter dito aquelas palavras ao detetive, mesmo que isso pareça idiota demais para uma pessoa pensar. A minha antipatia pelo personagem transcende as telinhas.


Will Gardner é um personagem bem construído. Josh Charles tem feito um trabalho excepcional – e estendo meu elogio ao elenco como um todo, como já o fiz aqui diversas vezes. Porém, não é porque um personagem é bem escrito e interpretado que ele terá minha plena afeição. Not at all. Will é outra pessoa mesquinha e que faz de tudo para conseguir o que quer. Não que isso seja uma coisa ruim, não é este o ponto. Ambição é necessária às vidas de quem almeja alcançar o que deseja. Entretanto, Will tem anos de amizade com Diane e a trocou por Derrick por alguns milhões de dólares. Mas, talvez as pessoas não se importem mais tanto com os sentimentos alheios quanto na minha cabeça isso ainda é o certo a se fazer.

Fiquei um pouco indignado quando, depois da – com o perdão da palavra – merda feita, Will propõe um team up com Diane e, para meu desespero, ela aceita sem pestanejar. E aqui vai outra coisa que na minha cabeça funciona de uma forma e na cabeça da maioria de outra: perdão. Não sou melhor do que ninguém, é óbvio, mas as pessoas tem chances em suas mãos e fodem com as coisas por conta própria. Então, porque é que não perdoar é tão errado? Enfim.

Ainda estou muito ansioso para saber o que Blake e Derrick estão tramando, mas de uma coisa eu estou certo: isso tudo vai muito além dos 100 milhões de dólares e o cliente super PAC – que é um tipo de arma política que possibilita grupos independentess a economizar grandes montantes de dinheiro em fundos. Esperemos para ver onde é que tudo isso vai. Leia mais sobre isso nesta matéria do Washington Post, em inglês.


Archie Panjabi
e sua incrível Kalinda são tópicos que mereciam uma review única, somente sobre elas. Ok, exagero dizer isso, mas neste episódio ela esteve muito bem. Acho que ninguém gosta de receber ordens de alguém que, visivelmente, é um babaca folgado. Pudemos sentir a ira de Kalinda em seus olhos quando ela metralha Blake ao ouvir que, agora, ele era seu supervisor. Fiquei por um instante intrigado com o Thank you que Kalinda direciona a Blake, mas acho que entendi, vejam se concordam comigo: ela já havia descoberto que ele investigava Alicia e outros associados há tempos, mas não queria trazer isso à tona sem motivo. Eis que, então, ele deu à ela um motivo! E dos bons! Foi muito bom ver a forma que Alicia deixou o detetive sem palavras e sem graça.

Sobre Kalinda, ainda, achei interessante a forma que a personagem se impôs ao dialogar com Will. Pedir 50 mil dólares de aumento ao ano (o que nos dá cerca de 4,1 mil dólares por mês) não é pra qualquer um.

Uma das coisas que não gostei no episódio foi a forma que quiseram tentar fazer com que o Will parecesse um bom samaritano, o que, com certeza, ele não é. Suas ações com o juiz na quadra de basquete foram inconsequentes, ele sabe disso. O juiz foi um outro idiota ao tendenciar seu julgamento na corte, mas, era Will quem, primeiramente, queria utilizar de sua amizade com o tal juiz para ter alguma vantagem no caso. O que? Quando o feitiço vira contra o feiticeiro as coisas tem de ser colocadas ao escancaro? Fiquei triste ao ver que Alicia caiu na dele direitinho. No harm, no foul.


Cary querer ganhar duas vezes o que Alicia ganha E ter um cargo superior ao dela só pode ser brincadeira, né? Nada mais a acrescentar nisso. Até gostei da ideia de tê-lo de volta na LGB ou numa possível nova firma que Diane abriria. Agora, querer ser mais do que realmente é, Cary? Seriously? Espero que Diane não compre essa.

A parte política da série, que estava meio de lado, voltou neste episódio com o plot de Adam Boras, o antigo consultor político de Peter da campanha de 2004. Adam ficou amigo de Jackie e, ela mesma, a mãe de Peter quem convidou o consultor a participar do comitê atual, cujo cargo maior é ocupado por Eli Gold. Aliás, Eli Gold, alívio cômico da série, esteve de volta. É tão engraçado ver o judeu preocupado com alguma coisa. Ele sempre recorre a todo mundo antes de recorrer à pessoa certa! Gostei do ácido comentário dele sobre os nazistas.

Para finalizar, uma pincelada no caso principal. Scott Bauer é acusado de assassinar o pai. E ele já recorre à firma com medo do júri não acreditar em sua inocência por causa de sua profissão e hobby fora do comum. Ele é um distribuidor de SPAM na internet e um de seus hobbies é encenar a Segunda Guerra Mundial vestido como um dos soldados da SS nazista. Um especialista em microexpressões faciais é contratado para ajudar a defesa (no caso, a Lockhart/Gardner-Bond) a identificar quais pontos do julgamento estavam sendo favoráveis a eles ou não. Foi interessante, mas assim como não convenceram o júri, também não convenceram a mim. Desde o primeiro instante achei que Scott tivesse realmente assassinado o pai. Mais um caso que a firma perdeu.

Até o próximo episódio!


Lucas Soares

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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