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The Good Wife – 4×10, 4×11, 4×12 e 4×13

Por: em 18 de fevereiro de 2013

The Good Wife – 4×10, 4×11, 4×12 e 4×13

Por: em

Estamos diante de uma temporada bem desigual em The Good Wife. Dois episódios monótonos foram seguidos de dois episódios divertidos. É estranho fazer esse tipo de julgamento com The Good Wife, série tão premiada, que manteve temporadas impecáveis por tantos anos. O que me conforta é que os últimos episódios estão cada vez melhores. O jeito é torcer para que a qualidade se mantenha. Vamos as reviews

4×10 Battle of the Proxies

Nesse episódio é apresentado um caso duplo. Dois homens estão sendo acusados do mesmo crime: o assassinato de uma moça.  Um deles está sendo julgado na cidade de Chicago (local onde aconteceu o show, último lugar onde a moça foi vista), e é defendido por Will, e outro está sendo julgado na cidade de Minooka (por ser ex-namorado da vítima e por que o corpo dela foi encontrado na localidade). Alicia está em Minooka, ajudando o promotor a agrupar provas que favoreçam o cliente de Will, em Chicago. Se um é considerado culpado em uma cidade, o outro será considerado inocente na outra, só que os julgamentos precisam terminar em datas/horários diferentes para que o resultado do primeiro julgamento seja usado no segundo.

Gostei de ver promotores ajudando defesas e defesas ajudando promotores. Todo esse jogo de interesses do episódio mostra o quanto a lei pode ser cheia de truques. Como os dois são considerados culpados praticamente ao mesmo tempo, toda essa manobra não adiantou de nada. Gostei mais ainda de ver a Alicia com um dilema moral ao perceber que Will estava ajudando um culpado a sair livre.

E um novo casal aparece no horizonte de The Good Wife: Will e Hellinger parecem estar cada vez mais acirrados em suas disputas. Aposto que daí sai mais um casal na série – não que essa seja a opção que mais me agrada, queria ver Will e Alicia juntos, mas se isso não for possível, Will e Hellinger parecem combinar.

Eli está sendo vigiado. Não gostei desse David LaGuardia e sabia desde a conversa do piano que isso não ia acabar bem. Não acho que Eli tenha feito algum crime na gerência da campanha de Peter, só que a partir do momento em que eles estão sob investigação, não é apenas Eli que está sendo escrutinado. Conto como certo que algum funcionário da campanha deva ter feito algo errado aos olhos do Departamento de Justiça. E agora com os HD’s de campanha em poder deles, vai ser fácil descobrir.

Nick Savarese continua na série, para desgosto geral. Ele faz fofoca de Cary pra Alícia e não satisfeito com a reação dela, ameaça a própria Alícia. Adorei quando ela para no meio do corredor, sem falar com ninguém, volta e diz a ele que Lockhart/Gardner não tem mais interesse em representá-lo. Ao saber de tudo isso, Kalinda vai até o ferro-velho e deixa um recado a Nick. Queria saber exatamente o que ela fez a ele, já que ele duvida tanto da coragem dela. De qualquer maneira, eu ainda confio na capacidade da Kalinda pra fazê-lo sumir de vez.

Toda a bagunça causada por uma busca no computador compartilhado na casa de Alicia acabou gerando exatamente o que ela não queria. Jackie pesquisa sobre tipos de camisinha, Alicia descobre e desconfia dos filhos e ao questioná-los acaba dando ideia. O resultado de toda essa fofoca é Grace pesquisando sobre sexo.

4×11 Boom De Yah Da

Neste episódio é apresentado o caso de uma negociação entre Lockhart/Gardner e um Banco. Esse Banco tomou casas de pessoas que não pagaram suas hipotecas e dentre essas casas algumas tinham piscinas que não foram esvaziadas quando desocupadas, atraindo mosquitos. Um mosquito da piscina de uma dessas casas picou uma menina (a cliente de Lockhart/Gardner) deixando-a doente e sem poder andar. Cary, Will e Diane lideram as negociações em Chicago, enquanto Alicia esta em Minnesota tentando fazer com que o presidente do Banco confirme que estava ciente do que acontecia nessas casas – e dessa maneira, possa ser responsabilizado pelo acontecido a menina.

Chegando em Minnesota Alicia encontra Louis Canning, ja que ele é o advogado do presidente do Banco que deve ser questionado sobre o caso. O presidente do Banco tem emergências a toda hora e deixa Alicia esperando por muitas vezes. Canning sempre se acha espertinho, cheio dos truques pra se dar bem – e muitas vezes realmente isso acontece. Mas dessa vez Alicia é mais esperta. Ela chama a camareira e um funcionário da recepção do hotel para depor sobre as conversas telefônicas de Louis Canning. O que deixou obvia a intenção de enrolar Alicia até que ela se cansasse de tanto esperar pelo banqueiro. Dessa forma ela consegue forçar o presidente do Banco a realmente aparecer e ser questionado sobre o caso.

Durante a viagem Alicia conhece Simone, esposa de Canning. Logo de cara ela descobre que ele mentiu sobre o amigo que estava morrendo. Canning sempre surpreende e nunca é pra melhor. Simone parece ser legal, e até seria uma boa amiga pra Alicia se o marido dela não fosse quem é. Ele certamente tentaria tirar alguma vantagem se elas algum dia fossem amigas.

Kalinda leva roupas pra Alicia, e a conversa delas é linda. Sentia muita falta da amizade delas e finalmente parece que voltou a ser o que era antes. Kalinda também ajuda Alicia a perceber que havia um motivo para o sumiço do tal presidente do Banco. Doente ou não, ele tinha algo a esconder, e por isso acabou pagando 12 milhões em indenização a menina que ficou doente. É sempre uma delícia ver Louis Canning perdendo pra Alicia.

Eli recebe a noticia de que o partido deseja que ele tenha alguém preparado para caso ele seja afastado, por causa da investigação que vem sofrendo. Jordan Karahalios (T. R. Knight) é chamado pelo partido para ser a sombra de Eli. Os dois deixam claro que preferem trabalhar sozinhos, o que sugere que essa adaptação não vai ser nada fácil. E pra piorar a situação, Diane e Eli vão até o Departamento de Justiça na tentativa de impedir a investigação e Wendy Scott-Carr acaba sendo designada para tratar do caso. Nada poderia ser pior. Agora até Lockhart/Gardner está sob investigação e não pode mais representar Eli.

Clarke Hayden parece estar querendo afundar Lockhart/Gardner na tentativa de pagar os credores. Ele pede uma mediação para discutir com Will e Diane o ocorrido em sua ideia de fazer uma fusão da empresa antes de completado o prazo de falência. Essa fusão foi boicotada pelos donos na época, e desde então Clarke vem afirmando que Will e Diane não podem mais dirigir Lockhart/Gardner. Não bastasse todo o desgaste da mediação em si, Cary é chamado para depor e o que ele fala acaba por não ajudar Will e Diane e estraga sua pretensa amizade com o consultor financeiro.

E nos últimos minutos do episódio a bomba: Canning comprou a dívida de Lockhart/Gardner.

4×12 Je Ne Sais What?

Em 8 minutos de introdução já tomamos conhecimento da enrascada que Elsbeth Tascioni se meteu. Ela tem uma cliente atleta – uma corredora que não foi paga depois de filmar uma campanha publicitária para uma marca de itens esportivos. Elsbeth, com seu jeitinho meigo, tentou se aproximar do CEO da empresa para saber os motivos dessa falta de pagamento e por isso foi presa. Alicia e Will, que tem muita consideração pela advogada atrapalhada, pegam os dois casos: o caso da corredora e o próprio caso de Tascioni.

Ao conhecer a cliente e tentar negociar o pagamento em audiência, Will fica sabendo que a atleta vai ser levada ao Tribunal Arbitral dos Esportes em uma acusação de dopping, e por essa razão a empresa não havia pago por sua participação na campanha publicitária. Então Will, pela primeira vez, enfrenta uma audiência esportiva que segue as leis da Suíça. Foi engraçado assistir Will todo atrapalhado com as regras completamente diferentes e com o francês. Ao entrar em pânico por não saber falar francês, Will pede ajuda a Diane e juntos, com um empurrãozinho de Elsbeth, eles confirmam que a menina não estava usando drogas para melhorar sua performance. Ela tinha feito um aborto com medicamentos (com a ajuda do namorado) antes das olimpíadas. Sem poder usar essa informação no tribunal, Will e Diane procuram outras formas de inocentar a corredora.

Em paralelo a tudo isso, Zach descobre que Maddie Hayward vai usar preconceito racial contra Peter. E para isso ela vai alegar que ele foi preconceituoso em suas decisões como State’s Attorney. Eli duvida de Zach e acaba perdendo a chance de se preparar para esse ataque. Peter fica intrigado sobre o assunto e pergunta a Geneva se considera a sua administração racialmente preconceituosa e a resposta dela é ótima. É claro que ele é preconceituoso. Suas escolhas nunca foram baseadas no mérito e acho estranho que ele não tenha percebido isso antes. No fim Geneva convence Peter a ir falar na Coalizão dos Direitos das Minorias e o discurso dele acaba sendo um grande fracasso. Ao que parece, a cabeça de Eli está realmente ocupada com a investigação e quem perde com isso é a campanha de Peter.

Não esperava pelas cenas de Alicia e Peter juntos no ônibus de campanha, achei que o que aconteceu na noite da janta familiar fosse algo passageiro, mas ao que parece eles vão continuar assim, juntos/separados.

Elsbeth só é julgada e liberada quando o julgamento da corredora está quase terminando. E ela chega e faz o que sabe fazer melhor: vence o caso. Ela coloca em dúvida a credibilidade do presidente do tribunal, dizendo que ele acusa atletas de dopping para favorecer atletas franceses e fazer a França ter mais medalhas.

Me diverti muito nesse episódio com as respostas da Elsbeth. Ela é maravilhosa. Por mim ela seria parte do elenco fixo em The Good Wife. E pra completar a felicidade desse episódio, Eli aparece bem no final e chama Elsbeth para representá-lo!

4×13 The Seven Day Rule

O episódio todo foi centrado na audiência de Will e Diane com seu credor, na tentativa de estender o prazo para a declaração de falência de Lockhart/Gardner em 5 meses. Eles não contavam com Louis Canning como credor, interessado em liquidar a dívida. Para convencer o juiz, Louis Canning faz seu teatro particular. Sem qualquer escrúpulo, se alia a Clarcke Hayden, que não concorda com a administração de Will e Diane. Canning não imaginava que a simples menção de um possível emprego fizesse Hayden perceber sua má índole. Tampouco esperava que Hayden fosse correto como é, e por isso Lockhart/Gardner acaba ganhando mais 5 meses para pagar seus credores.

Outro ponto importante do episódio foi o fato de Alicia ter sido convidada a ser sócia de capital da Lockhart/Gardner. É claro que Diane e Will falariam a parte poética do convite e deixariam a parte dolorosa para David Lee. Assim que o valor, tão alto, é mencionado, fica evidente a desconfiança de Alicia no processo. Logo depois ela descobre que Cary e mais outros 3 colegas foram convidados a serem sócios de capital, assim como ela. A intenção da promoção foi ficando clara. O pior de tudo foi ouvir Louis Canning usar dessa informação na audiência, afirmando se tratar de um esquema para arrecadar fundos e evitar a falência da empresa. Sendo verdade ou não, Alicia merecia esse convite e tem todo direito de ficar magoada por ter sido promovida junto com uma multidão que não merece tanto quanto ela.

O caso do episódio trouxe de volta um personagem conhecido. Neil Gross, dono do site de busca Chumhum, vai se casar e sua noiva busca por uma segunda opinião sobre o contrato pré-nupcial. Em um caso de lei da família David Lee é presença garantida. Adoro os casos dele, e adoro o comportamento louco e cara de pau dele. David Lee é garantia de episódio divertido. Nesse caso em especial, Cary é designado para ajudá-lo e se sai muito bem. Quando todos pensavam que a noiva ia acabar cedendo e assinando o contrato aos moldes designados pelos advogados de Neil Gross, Cary descobre um desvio de dinheiro que leva até um filho, nunca assumido por Neil. O contrato acaba sendo refeito em benefício da noiva, nova cliente de Lockhart/Gardner.

O ateísmo de Maddie entrou em discussão e acabou alcançando também a falta de crença de Alicia. É claro que Eli tentaria transformá-la em sua marionete como fez na outra campanha. Amei ver Alicia desafiando Eli e falando a verdade sobre seu ateísmo. Maddie seria uma boa influência para Alicia. Uma pena que as pretensões políticas dela tenham ficado no caminho entre a amizade das duas.

Ao fim do episódio, quando todos comemoram em Lockhart/Gardner, Canning só aparece para deixar um cartão a Alicia com uma mensagem enigmática. Estaria oferecendo emprego a ela mais uma vez?

O conselho da Diane foi prático e sincero. E Alicia tomou como uma missão. Será que ela aguenta isso por muito tempo?

Encerro a review com a boa notícia da muito provável renovação de The Good Wife e com imagens da sempre linda protagonista. Com este texto quero de me despedir de vocês que acompanham as reviews de The Good Wife aqui no Apaixonados por Séries. A partir do próximo episódio quem volta a escrever é o Micael, que era o responsável até dezembro passado. Ele certamente vai fazer um ótimo trabalho. =)


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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