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The Mentalist – 3×01 – Red Sky At night

Por: em 29 de setembro de 2010

The Mentalist – 3×01 – Red Sky At night

Por: em

A temporada anterior de Mentalist terminou de forma tensa, afinal Red John seqüestrou Kristina Frye, amiga de Jane e, aparentemente, também seu interesse amoroso.  E sequestro nunca fez parte do cardápio do serial killer, habituado a assassinar de forma imediata, o que levanta diversos questionamentos sobre o que causou esta mudança no seu “modus operandi”. Desta forma, era natural esperar um inicio de temporada impregnado com esta tensão e embalado por estas dúvidas.

Logo no inicio do episódio, quando chega à cena do crime, onde um figurão foi sequestrado e seu motorista assassinado, é visível o mau humor de Patrick Jane, até seu jeito de caminhar está mudado: apressado e indiferente. Sua língua, porém, continua extremamente afiada, já que quando Lisbon fez um comentário duvidoso sobre sua memória afirma “minha memória é uma fortaleza poderosa, Lisbon. De onde nenhum fato escapa, uma vez registrado. Agora, quando você me diz coisas chatas… Eu as elimino imediatamente. Poupa a superlotação”. Patrick Jane está mudado, mas não completamente.

Temos, então, uma combinação extremamente perigosa: Jane de péssimo humor, vitima desaparecida de expressão política/social e o chefe da chefe, Diretor Bertram. As chances de não haver nenhum choque são mínimas. Jane não quer trabalhar no caso e diz isto com todas as letras, saindo de cena, deixando Lisbon constrangida e Bertran irritado.

A esta altura do episódio me vem uma pergunta: e Kristina? Quem procura por ela? Fico sem respostas.

Na continuação do episódio vemos que a convivência realmente faz com que assimilemos hábitos de outras pessoas. Lisbon está se tornando uma “expert” na arte da manipulação. Com a pressão de cima para que Jane trabalhe no caso, afinal ele comprovadamente os resolve, ela faz uso de um golpe muito baixo para forçá-lo a aceitar o caso: utilizar a filha do falecido motorista para sensibilizá-lo. Desta maneira, Jane passa a trabalhar no caso, mas totalmente contrafeito. Isto não pode ser bom!

Aos poucos, Jane vai desmistificando a imagem de “santo” do desaparecido, descobrindo seu envolvimento com prostitutas e outros deslizes. Contrariarando Lisbon, ele afirma categoricamente que Harvey Dublin está morto, enquanto ela insiste no seqüestro. Percebe-se que há um afastamento de Patrick: nada de sonecas no sofá, quase nenhuma interação com o resto da equipe, um certo isolamento.

Não custa perguntar novamente, já que o episódio se encaminha para o fim: quem está procurando por Kristina? Sem respostas ainda.

Como já disse, Jane não está trabalhando no caso porque quer, ele foi coagido. Não está sendo educado, sutil ou cooperativo. Ora, ele está quase normal, você diria! Não, não está. O que antes era dito de forma irônica e divertida, agora é mais seco e direto. Talvez eu esteja vendo demais, não sei. Agora, que foi divertido vê-lo destruir a imagem de desolada da esposa do desaparecido, isto foi!

Para dar andamento ao caso, Van Pelt e Rigsby conseguem localizar uma testemunha, que num depoimento emocionado ao “sensível” Cho revela que Harvey Dublin foi assassinado juntamente com o motorista e seu corpo foi levado pelo autor do crime. Não precisa dizer que não foi surpresa para Jane, montou uma armadilha para atrair o criminoso tipicamente sua e sem aviso nenhum, mas com o resultado de sempre.

Já no final do episódio, Lisbon nos revela porque Patrick Jane estava tão estranho: o medo de que quem esteja próximo de si seja machucado. Por isto ele se distanciou, por este mesmo motivo estava tão pessimista e azedo. Posição compreensível se lembrarmos de sua família e de Kristina.

Foi um bom episódio, divertido como sempre, e eu gostei bastante dele, mas me sinto incomodada em perceber que ninguém da equipe parece estar investigando o destino de Kristina. Ninguém. Isto foi perturbador. Eu esperava um inicio com todos voltados para este caso, afinal Red John sempre foi o foco principal da equipe. Espero que esta história seja retomada logo, ou ficarei eternamente perguntando: e Kristina?

Temos diversos destaques neste episódio: Jane não perde viagem, incutir no assessor do diretor a imagem e sensação do rato morto no paletó foi quase genial, e demonstrou o tanto de mau humor que ele estava; ele perceber de cara a “paixonite” da secretária pelo chefe foi tão Jane que quase nem surpreendeu; Cho e toda sua sensibilidade consolando a esposa do desaparecido foi um dos melhores momentos da noite; Jane atuando no pagamento do resgaste, conseguiu me surpreender, confesso; a isca lançada para o suspeito, quase tão boa quanto a manipulação para o Diretor lança-la, sem saber, durante uma entrevista coletiva; foi bom perceber o climão entre Van Pelt e Rigsby, é um casal que eu curto bastante, mas bem que eles podiam andar com um pouco mais de dinheiro no bolso; outro grande momento da noite foi Lisbon surpreender Jane na tocaia, algo inesperado, principalmente para ele; e para finalizar, Rigsby cantando, resmungando, ou seja lá o que estivesse fazendo, no carro. Realmente foi um episódio divertido, apesar de não ter sido com o foco que eu esperava.

Que venha o próximo!


Marcia

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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