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The Originals – 1×02 House of Rising Son

Por: em 9 de outubro de 2013

The Originals – 1×02 House of Rising Son

Por: em

Enfim podemos comentar decentemente o que será The Originals. Depois de uma estreia que mostrou um pouco mais do mesmo que já tínhamos visto lá em The Vampire Diaries, o segundo episódio chegou para dar o tom da série e pontuar quais serão as principais tramas que veremos, como os personagens caminharão a partir de agora e assim por diante. O que posso dizer é que nem tudo me agradou e isso é sempre algo a se preocupar. Apesar de meus personagens preferidos estarem ali, acho algumas situações extremamente forçadas e tudo isso ainda é acompanhado de atuações fraquíssimas de algumas atrizes do elenco. A temática não poderia ser mais clara: família e poder. Como os laços fraternais unem e separam as pessoas, como o poder entra no meio de tudo isso e, como não poderia deixar de ser, até onde uma pessoa é capaz de ir para conseguir aquilo que quer.

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Essa última máxima não poderia se encaixar mais no perfil de Klaus. Apesar de seu plano parecer bastante distorcido, ele sabia exatamente cada passo que estava dando e foi assustador saber disso. Os fatos do episódio vinham muito jogados até então, quando magicamente tudo se encaixou. Toda a simpatia de Klaus com Cami, toda a cortesia na hora de escolher quem se transformaria em vampiro, tudo estava premeditado nos mínimos detalhes e isso que faz de Klaus um ser com mil e uma facetas que jamais vamos conhecer. A dualidade dos seus pensamentos chega a ser tamanha que em segundos podemos ver muitas e diversas emoções passando pelo personagem. A cena em que o personagem explode com Rebekah demonstra isso perfeitamente. Duvido que tenha sido só eu que achei que ele estava realmente se arrependendo de tudo que fez, mas um segundo depois ela já estava atirando pedras na irmã mais uma vez. Esse é o ponto chave de Klaus: ele é danificado demais para acreditar que o algo pode ser maior que o poder.

E é por isso que toma as decisões premeditadas que toma. Não se importar não é o segredo de tudo e Klaus precisa aprender isso o mais rápido possível. Interessante foi conhecer o começo da relação entre ele e Marcel, que pelo menos para mim foi um dos pontos altos do episódio (não tem como não curtir os flashbacks sempre que acontecem). Até então, para mim, era uma simples ligação entre criador e criatura, mas pudemos ver que fora muito além disso. Klaus salvou Marcel, que naqueles tempos nem nome tinha, e com isso virou uma espécie de pai para o garoto. Com o crescimento do menino, ela fora sendo ensinado a lutar, se defender, para se tornar um vampiro admirável algum dia. Só que no meio disso tudo, surgiu uma paixão que soava meio platônica de início, mas acabou virando realidade com o passar do tempo: Rebekah. Mais uma vez a nossa vampira original no meio de uma história de amor que dá pano pra manga – só que dessa vez, essa trama não soou nada bem para mim.

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Vejam bem, não que é impossível acreditar que aconteceu, mas não me venham colocar a Rebekah como uma garota colegial ensandecida por uma antiga paixão. Tudo bem, eu sei que ela pensava que ele estava morto, existe o baque do reencontro, mas eu ainda não vou conseguir comprar essa história. Talvez se ela for melhor trabalhada com o tempo, as coisas melhorem para eu acreditar, por enquanto só me fez achar que foi um recurso pobre de roteiro para limitar as ações de Rebekah na hora que ela precisar fazer algo para salvar seus irmãos. Voltando a Marcel, ele realmente é cria de Klaus. Deixou de lado uma ‘paixão’ por poder e depois deixou de lado a família pelo poder mais uma vez. E nesse embate de monstros danificados, eu realmente não sei quem vai se sair melhor – até porque é difícil crer que existirá um vencedor no meio disso tudo. Talvez a grande lição seja a de que o poder não pode ser prioridade, em nenhum dos casos.

Finalmente tivemos a justificativa pela saída de Rebekah de TVD: o sumiço de Elijah. E isso sim é uma justificativa plausível. Achei que acabariam deixando de lado, mas foram bem específicos logo no começo do episódio sobre o fato. E eu adoro a personagem e não poderia estar mais feliz com a volta dela as telas. E vi comentários de gente reclamando da sua união com Hayley, mas achei isso completamente condizente com a personalidade de Rebekah. Ela luta pelo que acredita e, por mais que deteste admitir, ela luta pela sua família (1000 anos de convivência, é algo realmente a se pensar). Sua participação no episódio foi crucial e ela realmente chegou pegando um dos papeis de protagonista da série, como era de se esperar. O medo que a garota tinha de ir contra Klaus acabou, ela tem como controlar isso, então nada mais impede Rebekah de lutar pelo que acredita e foi assim que ela conquistou a força de seu irmão. Elijah sempre fora o que os uniou, eles precisam comprar essa briga em honra ao irmão. Custe o que custar e isso é algo considerável quando falamos dos poderes de um Original.

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Só que existem os problemas e acho difícil deles sumirem. O primeiro deles responde pelo nome de Hayley. A trama dela ainda é tão besta, que eu não consigo acreditar que ela está ali, sabe? Porque no meio de tantos personagens tinha que ser justo ela a escolhida para carregar o filho de Klaus? Enfim, a história dela é compatível com o passado de Klaus, mas não quero que o roteiro leve os dois para um envolvimento maior – isso geraria a revolta de muitos espectadores. Mas em meio a ação do episódio, eu nem me incomodei com a Hayley para falar a verdade, porque apareceu alguém ainda pior: Davina. Meu senhor, da onde tiraram essa menina? Ela tem cara e jeito de atriz de Pretty Little Liars, com aquela voz empostada de ‘sou gatinha e poderosa’ e ainda a pose de gostosa. Mano, na boa, MATEM ESSA MENINA LOGO. Todas as cenas dela foram terríveis e ela pode ser a bruxa mais poderosa do mundo, mas eu não quero ver ela na minha frente nunca mais. To revoltado. A cena dela falando que não se importava com a presença dos Originais foi algo tão ruim, mas tão ruim, que eu queria que o Marcel mesmo quebrasse o pescoço daquele diacho de garota.

As bruxas que ficaram meio quietas nesse episódio, mas foi legal descobrir que o poder delas está limitado a localidade do cemitério, isso pode significar algo com relação aos poderes da Davina (a aspirante de atriz). Cami também ficou brincando de ser manipulada por vampiros, o que é uma lastima para uma personagem tão potencial quanto ela – espero que o roteiro caminhe em outra direção nesse sentido. E foi mais ou menos isso que pudemos ver. Os Originais em si continuam ótimos e até me esqueço que estou vendo outra série. O grande problema são os outros personagens se encaixando no meio de tudo isso. Até então, Marcel vem desempenhando um bom papel e seu recente desejo de matar os originais vai dar pano para manga, mas para balancear isso temos Davina, que estraga qualquer cena. Ainda acho que o poder dessa menina vai ser algo ridículo quando contado, mas espero pagar minha língua. Deixo vocês com o vídeo promocional e espero os comentários! Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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