Primeiro, gostaria de me desculpar pela demora da review de The Originals. Eu não sabia que havia sido exibido um episódio na semana do thanksgiving, o que acabou atrasando toda minha programação – acarretando no atraso dessa semana. Sem mais delongas, vamos comentar um pouco sobre os dois últimos episódios da série.

1×08 – River in Riverse

O interessante desse episódio foi ver a tentativa da virada de Marcel na trama, que acabou sendo uma tentativa infundada. Perto do poder de Klaus, Marcel não pode fazer nada além de ceder. A grande questão nisso tudo, além claro da ira de Klaus ao se ver acurralado por um reino que um dia já fora seu, foi ter Rebekah lutando contra seu próprio irmão. Como essa é uma série cujo mote principal é a família e suas complicadas relações, foi bem interessante ver o conflito do nosso protagonista ao perceber que todos estava se voltando contra ele, até mesmo aqueles que ele um dia jurou lealdade. Claro que muito disso está relacionado com o fato do híbrido querer deixar tudo sempre sobre o seu controle. As pessoas não se afastam de Klaus, ele afasta as pessoas. Nesse ponto, a relação dele com Cami vem para demonstrar exatamente as fraquezas mais humanas do personagem, ao passo que ele consegue admitir que está errado em alguns pontos, porém não tem a capacidade de redimir seus erros.

O que me satisfez muito foi ver que, pelo menos dessa vez, Klaus não tomou medidas premeditadas contra seus irmãos. Estava se tornando bem previsível toda vez que acontecesse alguma coisa, ele colocava uma estaca no coração deles e os deixava de “castigo”. Klaus precisa sentir essa dor, precisa saber o que está causando as pessoas e, talvez, seus irmãos precisem parar de prever sempre o pior vindo dele. A relação dos Mikaelson é uma situação bastante complexa e que a série vem explorando muito bem desde que conhecemos os personagens – ressaltando que mais uma vez os flashbacks caíram como uma luva para aprofundar mais a história que estava sendo contada. Aproveitando o ensejo, Elijah que esteve alucinando durante grande parte do episódio, está cada vez mais próximo de Hayley e isso se torna bastante interessante, principalmente agora que os irmãos realmente não estão no seu melhor momento. A lobisomem também descobriu um pouco mais sobre a sua família e isso a aproxima muito da luta que Klaus trava contra o reinado quase-caído de Marcel.

A família dela vem sendo dizimada com o tempo ou amaldiçoada com a pena de serem lobos em tempo integral, transformando-se em humanos somente na lua cheia, como uma transformação reversa. Como isso afetará a personagem é o questionamento que fica. Além disso, só tivemos a descoberta de Cami sobre o passado longínquo de Klaus e sua família, o que coloca a vida e até mesmo a sanidade da personagem em risco. Espero que, de alguma maneira, elevem a personagem ao patamar que ela merece na trama e que não seja somente esse marionete nas mãos de Klaus – que é o que já vem sendo trabalhado a partir dessa descoberta. A expectativa que fica é de ver agora Klaus podendo fazer o que sempre quis: mandando e desmandando em toda a cidade.

P.S.: Onde enfiaram Davina? Fizeram um fuzuê tão grande com a personagem nos primeiros episódios e agora nada se ouve falar da mesma.

1×09 – Reigning Pain in New Orleans 

Embalando na onda do episódio anterior, o mid-season finale veio com um quê de episódio comum demais. Não que não houvesse uma ação legal ou desenvolvimentos interessantes, mas faltou aquele gancho de tirar o fôlego no final do episódio. Cami lembrar de tudo foi algo mais do que previsível e muda muito pouco de tudo que vimos até então. A personagem já vinha faz alguns episódios lembrando de algumas coisas, mas agora, por influência de Klaus, estava deixando a cidade – como um meio de auto-proteção -, só que nossa querida Davina, que há tempos não dava as caras, acabou mudando toda a situação e fez com que a nossa única humana lembra-se de tudo que Klaus e Marcel já a fizeram passar. Claro que isso, de alguma maneira, traz a personagem para uma posição diferente na trama, mas diferente de Mystic Falls, em New Orleans, pelo que me parece, as pessoas sabem da existência dos vampiros, então não vejo como isso pode ser uma ameaça a vida da personagem.

Essa trama de lado, tivemos um pouco mais de Klaus e o seu envolvimento com o poder. Ainda acho que essa pode ter sido uma medida precipitada do roteiro, que meio que já se corrigiu trazendo Marcel para o poder junto com o seu mestre. Claro que as intenções de Marcel por trás disso ainda não ficaram explícitas, mas vejo nisso uma medida desesperada para proteger o seu povo, já que agora todos estão sujeitos aos devaneios de Klaus. A grande implicação disso foi o afastamento entre Marcel e Rebekah, o que também já era esperado. A relação dos dois vem sendo um grande adendo a trama e não temos como imaginar como as coisas vão transcorrer daqui para frente, já que a posição de Rebekah dentro desse embate de egos nunca esteve mais obscura.

Gostei de descobrir a existência de remanescentes da família de Klaus ainda vivos, como se fosse a família que ele nunca teve (ou que pelo menos nunca o decepcionou). E, apesar de negar a princípio, Klaus logo voltou atrás e decidiu que valia pelo menos dar uma olhada nessas pessoas que tem algum tipo de conexão com ele. E se conexão existe, com certeza é algo que Elijah e Hayley tem. O relacionamento dos dois está cada vez mais forte e isso vai ser algo muito importante principalmente quando o filho de Klaus nascer, já que a loba se torna descartável para o mesmo. Davina foi quem reapareceu para saber que tinha sido traída por aquele que mais confiou por muito tempo – o que acabou acarretando no final do episódio (bem premeditado). Mais uma vez, critico a falta de um gancho que nos atraísse para os episódios que só voltam em janeiro, mas não há mais volta. Temos que aguardar para ver o que mais a série nos reserva.

Confira abaixo o vídeo promocional do próximo episódio com exibição marcada para o dia 14 de janeiro!