Depois de um mês sem episódios inéditos, estamos de volta com The Originals em um episódio que foi totalmente centrado no poder das personagens femininas da série. Apesar de achar o episódio um pouco arrastado em alguns momentos, a volta da série nessa mid-season foi realmente bem satisfatória. Muitas das tramas que tinham ficado em aberto ganharam um determinado desfecho e novas pontas foram soltas para que possam ser desenvolvidas daqui para frente. Como citado, o grande ponto do episódio foi explorar cada uma de suas personagens femininas nas mais diferentes facetas, mostrando que num mundo egocêntrico como o dos homens que buscam poder, a resiliência pode ser tudo que é preciso para alcançar o sucesso.
E se o episódio foi das mulheres, falemos delas. Começaremos com a vampira. Parece que está escrito no destino de Rebekah o sofrimento no campo dos relacionamentos. Escolha após escolha, a nossa única vampira original acaba sempre escolhendo a pessoa errada para se entregar e pagando o preço disso com seus sentimentos sendo esmagados mais uma vez. Só que agora, pelo menos para inglês ver, ela quer mudar esse jogo – o que já era de se esperar. Sua recente aproximação e rápido desligamento de Marcel gerou um sentimento de revolta tão grande na personagem, que não podemos imaginar que ela teria uma atitude diferente da que vimos nesse episódio. Quando o flashback começou, não tinha dúvida alguma de que era Rebekah a protetora das mulheres na carruagem – atitude essa que já provou-se recorrente na personalidade da garota. Rebekah, apesar dos pesares, ainda mantém sentimentos humanos aflorados e acaba demonstrando isso com essas pequenas atitudes ao longo de sua jornada.
Sua aliança com Thierry vem para mostrar que ela não só vai se meter no meio da briga dos homens por poder, ela vem para ganhar. O personagem que vinha sendo mantido naquele lugar tenebroso finalmente vai voltar a ganhar um propósito na série e, com um roteiro bem trabalhado, pode se tornar um excelente parceiro para a vampira – por favor, não o transformem em mais um interesse amoroso para a personagem, pelo menos não por enquanto! Só que não é só com o vampiro que Rebekah fez planos, sua outra aliada é uma bomba relógio infiltrada no território inimigo. Vamos então a bruxa. Davina era uma personagem superestimada até então. Muito se falava dos seus poderes, da sua história e de onde poderia chegar, mas pouco era desenvolvido. Com os acontecimentos desse último episódio, a garota chega mais perto da dimensão que seu personagem precisa. Seu poder foi assustador – a cena em que a garota acaba com as bruxas de uma só vez dentro da igreja misturada com os efeitos de edição foi um tanto macabra – e ele só está a crescer. Crescendo ao ponto de deixar todos os homens da série no chão. Klaus não resistiu, Elijah borbulhou sangue e Marcel acabou não cedendo a estaca.
Todos derrotados pela pequena garota. Seria então possível mesmo ela acabar com um original? Vale lembrar que a morte de um original implica na morte de toda a linhagem criada pelo mesmo – o que implicaria em uma série de mortes, por isso podemos duvidar muito de que a série apostaria em uma trama como essa tão cedo (lembrando até que The Vampire Diaries sofreria com isso também). Davina teve seu amor morto em sua frente. Ela mesma foi morta por Klaus. Sua aliança com Rebekah vem para fortalecer o poder das garotas nesse jogo de poder e somente Klaus sendo muito tolo para não perceber que a bruxa não jogará mais no seu time tão facilmente. Só que os problemas de Klaus ultrapassam a esfera sobrenatural porque até mesmo a humana reagiu ao seu jogo de ‘faço o que quero, com quem quero’. Cami se lembrou de tudo. Sofreu, mas foi retomando a consciência que lhe era tirada pedaço a pedaço com o passar do tempo. A minha dúvida quanto a essa virada é simples: em uma cidade com tantos vampiros a mostra, qual seria a implicação de todos saberem qual a real identidade de Klaus?
Fato é que a garota mostrou que não vai ser mais uma peça em um jogo às cegas. Confrontou seu tio e Klaus, botando as reais cartas na mesa: agora não há mais como manipulá-la, como eles vão agir? Sabemos que o híbrido original não gosta nada de ser acuado e pode reagir de maneira brutal, mas acredito que Cami acabará caindo no radar de Rebekah devido a sua ligação com Davina. Gostei que ela não teve medo de jogar Klaus contra a parede e proteger seus amigos e gosto também dessa dose de humanidade a flor da pele que a série se presta a mostrar no meio de tanta sede de sangue que vemos com os personagens. Só que ainda não foram todas, falta a loba. Hayley talvez tenha sido a personagem com a participação mais discreta no episódio, porém foi a partir dela que tudo acabou se desenvolvendo.
No meio dessa briga, ela acabou priorizando um futuro para a sua família o que pode significar grandes problemas para nossos personagens. Corroborando com o ‘mal’ descrito por Davina, a descoberta do caixão de Celeste pode ser uma das grandes viradas da temporada, mudando as perspectivas do que vem pela frente. Sim, foi um episódio só de mulheres. A atuação dos personagens masculinos foi ínfima perto do que essas garotas mostraram. Elas estão no jogo e não vão se deixar vencer tão facilmente. A briga que tinha dois lados, acaba de ganhar um terceiro – talvez o mais forte de todos.
Abaixo você pode dar uma conferida no vídeo promocional do próximo episódio e aguardo o seu comentário logo abaixo!
