Uma produção tão bem cuidada como The Pacific consegue mostrar sua qualidade quando faz um episódio assim, totalmente fora do ambiente de guerra, e ainda assim mantém o nível dos anteriores.
Claro, Melbourne, focado no tempo em que os fuzileiros ficaram na Austrália aguardando novas missões, não tem a carga emocional do episódio anterior, mas ainda assim não desaponta.
Finalmente livres de toda a tensão e das bombas sobre suas cabeças, os americanos caem na vida aproveitando todo o álcool e as mulheres que a Austrália tem a oferecer. Basilone vai pelo primeiro caminho, e sua bebedeiras rendem sérias repreensões dos seus superiores, ao mesmo tempo em que ele é condecorado por seus feitos em Guadalcanal.
Já Leckie parte para o caminho das mulheres, e conhece Stella, com quem se envolve seriamente, ficando bem próximo de sua família grega e acolhedora. Olha, entendo que tempos de guerra são diferentes, existe todo um clima de urgência no ar e todos procuram amor e conforto nos braços de alguém, mas… mas vocês não acharam que a Stella “se entregou” pro Leckie rápido demais? Em Melbourne é assim? Mandou um papinho, conheceu os pais e tcharam, bem-vindo à minha cama?
Ok, não que eu esteja julgando negativamente a Stella, cada um faz o que quiser, só achei um pouco rápido. Mas talvez tenha sido apenas uma licença poética, já que não daria para alongar o episódio tanto quanto a estadia dos fuzileiros em terras australianas. E de qualquer forma, apesar do começo precipitado, fiquei bem convencido pela relação dos dois, bem como pelos motivos que levaram Stella a querer terminar tudo antes que se envolvesse ainda mais e sofresse da dor que seria perder o Leckie na guerra.
No fim, como o episódio se tratou de álcool e mulher, o Leckie acabou afogando as mágoas com bebida e desacatou um superior, tendo sido transferido de unidade. E junto da sua paixão por Stella, foi-se também os tempos de calmaria, porque já é hora de reunir as tropas e voltar ao horror da guerra.
Mas isso, só no próximo episódio.