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The Vampire Diaries 3×10 – The New Deal

Por: em 7 de janeiro de 2012

The Vampire Diaries 3×10 – The New Deal

Por: em

Depois de sete semanas, que mais pareceram vinte, estamos de volta com mais um episódio inédito de The Vampire Diaires. Desta vez, a série apostou em um ritmo mais calmo para o seu retorno, causando impactos que surtirão efeitos em longo prazo na trama e nos próprios personagens. Mesmo assim, o enredo acerta mais uma vez seu tom e comprova que esta é realmente a melhor série do canal americano The CW, massacrando seus concorrentes. Acima de tudo, o episódio serviu para estabelecer o novo acordo que vigorará: vingança. Alimentados unicamente por esse sentimento, nossos personagens mudam suas estratégias e movem seus peões, preparando-se para o inesperado ataque do monstro adormecido, aquele que responde pelo nome de Klaus.

Silêncio. Isso nunca foi uma característica boa para nenhum vilão. E isso começa a incomodar os moradores de Mystic Falls desde que Klaus simplesmente sumira. Mas o que eles mal sabiam é que seu jogo continuava em plena atividade. Suas crias, híbridos (e nesse bolo se inclui Tyler), estavam cumprindo veementemente suas ordens, fazendo com que tudo estivesse pronto para quando ocorresse seu retorno, tudo acontecesse de forma triunfal. E de certa maneira foi assim. Jeremy, o maior de seus alvos, estava tão fissurado em fazer alguma coisa errada, que buscou a companhia de Tyler, que a mando de Klaus, acabou retirando a proteção de verbena que o garoto tinha, liberando-o assim para a hipnose do híbrido original. E como é estranho esse lance da lealdade entre cria e criador. Pela conversa que observamos na cozinha dos Gilbert, o garoto é realmente capaz de fazer qualquer coisa que seu criador mandar, apenas por gratidão. Entendemos realmente que Klaus tirou uma grande parcela de sofrimento da vida de Tyler com as transformações involuntárias em lobisomem, mas mesmo assim, ainda acho bastante interessante de se observar essa relação.

E como disse, Klaus estava com tudo armado. Sua hipnose em Jeremy quase fez o garoto perder a vida, tragédia essa que só resultou com algumas contusões a Alaric, que mesmo com o anel, precisou do sangue de Damon para melhorar rápido. Tudo isso só gerou a raiva do Gilbert mais novo, tornando o garoto um pouco mais insuportável do que o normal, o que é muito para qualquer fã. Sim, eu também gostei quando ele cortou fora a cabeça daquele híbrido que estava perseguindo a Elena e quase acabou com a vida de Alaric, mas mesmo assim, Jeremy apela nos clichês adolescentes e insiste em ser o rebelde que irrita de ver. Talvez a decisão de Elena para o irmão seja realmente o melhor caminho para o personagem por enquanto, para que o mesmo não se perca em uma trama sem fundamento ou que envolva a história dos fantasmas em algo besta, o que tiraria o brilho da mitologia tão bem pensada que a série tem. Mesmo assim, a cena em que Damon faz Jeremy esquecer das coisas e traçar um novo caminho para a sua vida, longe do perigo de Mystic Falls, teve uma carga emocional muito grande, onde o desespero de salvar sua família, suplantou os sentimentos de saudade de Elena.

Além disso, foi no hospital que conhecemos a nova personagem da série, Meredith Fell, médica que cuidou de Alaric, a qual parece que irá desenvolver um papel interessante na trama e que ficará intrigada com os rápidos poderes de cura do professor de história. Por sinal, achei bem interessante o diálogo dos dois e acho que talvez ela saiba mais do que parece saber, o que não seria surpresa alguma sendo que falamos de The Vampire Diaries. Agora, Elena. Ela me surpreende sempre mais. A antiga mocinha desapareceu e agora temos uma protagonista decidida e que conta com a ajuda de um fiel parceiro, capaz de matar e morrer por ela. Mesmo diante do medo, mesmo diante de Klaus, Elena não titubeou e tentou encontrar uma solução que fosse vantajosa para ambos os lados. Mas claro que esse não é o jeito que Klaus joga os seus jogos. E no desespero de uma solução, Elena apela a Stefan, que só responde com frieza e desprezo aos apelos de sua antiga amada, resultando num belo tapa na cara, o que sela de uma vez o fim do relacionamento dos dois, tamanha a raiva que a garota tem da nova personalidade do mais novo dos Salvatore. Encurralada, Elena negocia diretamente com Klaus, lhe dando um pedaço de sua família de volta – Rebekah – em troca da paz na vida de Jeremy e, em partes, na dela também. Mas a garota jogou alto. Rebekah vai acordar com sede de vingança pela aquela que a apunhalou pelas costas. Mesmo Klaus garantindo a segurança dela, sabemos que Becky tem personalidade forte o suficiente para burlar as leis do próprio irmão.

Como prometia a temporada, tivemos realmente a inversão dos papeis entre Damon e Stefan. O primeiro só pensa no bem estar de Elena e na sua proteção, se tornando um alvo fácil de atingir para Klaus. Mas mesmo assim, o personagem não perde seu jeito sarcástico e característico de seguir com a vida. E, para minha grande surpresa, ele firmou um acordo com Stefan, para derrubar Klaus, depois de uma cena excelente com confissões e muita raiva entre os irmãos. A muito esperava por isso e finalmente tivemos o embate real entre os dois, sem poupar força alguma. Difícil será saber qual é o limiar de confiança entre esses dois. E Stefan se tornou o ser mais asqueroso de todos os tempos. Quando Klaus desligou seus sentimentos, nunca pensávamos que fossemos ver um monstro desse nível, mas ele apareceu e assusta. Assusta pela sua frieza e determinação de vingança. Assusta por não se importar mais com nada e nem ninguém. Mas se contradiz, quando deixa vivo o ser que mais o atormenta, em nome da vida de seu irmão. Até onde os sentimentos foram desligados? Até onde essa vingança levará esse personagem? E mais, o que ele esta disposto a fazer para derrubar Klaus? Pois é, muita coisa deverá acontecer ainda nessa trama e gostei muito das bruxas se envolverem mais nisso (o esconderijo dos caixões é genial). Agora a pergunta que não quer calar é: o que tem dentro do caixão que não abre de jeito nenhum (e minha dúvida foi sanada – são quatro caixões).

E depois de tanto falarmos dele, quero só pautar mais alguns detalhes sobre esse personagem tão rico. Klaus é sozinho. Esse sempre foi e sempre será seu maior problema. O medo da rejeição do mundo por ser diferente, o fez fazer coisas absurdas e chegar aonde chegou. Mas apesar de tudo isso, tudo que ele queria era um lar, lar esse que parece ser constituído aos poucos em Mystic Falls agora. Mesmo com o desespero por companhia, ainda resta um pouco de consciência para ele, que o repreende dos atos do seu passado e o ‘assassinato’ de sua mãe, mantendo Becky empalada por mais um tempo. Eu realmente não sei o que esperar dele, mas anseio muito para ver os Originais todos juntos em volta de uma mesa. Agora, deixei para falar por último, até porque foi a cena final e muita gente deve ter surtado com aquilo. Damon e Elena finalmente se beijaram. Sem piedade, sem dó, sem erros. Não sei vocês, mas para mim aquela foi uma releitura clara da cena da primeira temporada, quando Damon beija Katherine, pensando ser Elena. Só que agora com muito mais estilo, sem medo e mais intensidade entre o casal. Realmente, se for para se arrepender no dia seguinte, que seja por algo que valeu a pena no dia anterior. Surtem, o casal Delena começa a tomar forma. E assim, ficamos na espera de ‘Our Town’, décimo primeiro episódio, que irá ao ar na semana que vem e cujo vídeo promocional você confere abaixo:

Aqui você pode ver também a trilha sonora do episódio:

  • Yuck – “Shook Down”
  • Apex Manor – “Teenage Blood”
  • The Trigger Code – “Come On Let’s Do It OK!”
  • Ross Copperman – “Holding On and Letting Go”

E a gente se vê nos comentários! Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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