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The Vampire Diaries – 3×13 Bringing Out The Dead

Por: em 3 de fevereiro de 2012

The Vampire Diaries – 3×13 Bringing Out The Dead

Por: em

Uau. Fazia tempo que The Vampire Diaries não nos entregava um episódio assim, redondinho, sem nenhum minuto de tela desperdiçado e momento memoráveis. ‘Bringing Out The Dead’ prometia muito, pois nele teríamos o retorno de um dos personagens mais saudosos da história da série, porém fez muito mais que isso. Proporcionou-nos pitadas da mitologia até então desconhecidas, cenas que entraram para o top da série de melhores sem dúvidas e a constatação de que o melhor personagem sempre será ele: Klaus.

Elijah está de volta e começamos o episódio exatamente do ponto em que paramos o último, duas semanas atrás. A discussão entre os irmãos sobre o rumo que a família deles tinha tomado era óbvia e, na verdade, não passava de uma continuação das pendências que tentavam resolver antes de Klaus enfiar uma estaca no corpo do irmão. Confiar em Elijah se tornou uma missão muito difícil para nós espectadores da série, muito difícil mesmo. Em nenhum momento, o personagem conseguiu cumprir com suas promessas até o fim, nos fazendo duvidar da suposta honra que ele tanto dizia ter, logo dessa vez não seria diferente. Mas, mais uma vez, a situação tinha mudado. Elijah ainda não sabia do destino trágico de seu pai Mikael, muito menos da real circunstância em que sua mãe morreu. E conhecer esses fatos poderia voltá-lo contra Klaus ainda mais, mas aparentemente isso não aconteceu. Aparentemente, meus caros, pois nada é o que vemos em The Vampire Diaries.

A primeira coisa que Elijah pergunta, ao saber da morte do pai, era o porquê dos irmãos ainda não terem sido tirados do transe profundo causado pela estaca em vossos corpos e Klaus começa a jogar seu jogo, afinal tem muito a perder caso o seu secreto caixão fosse aberto. Mas no jogo de inteligência, Damon deu um passo certeiro. Não só tirou a estaca de Elijah, como também deixou um bilhete que agendava um encontro entre os dois. Cena esta que torna ainda mais difícil saber para qual dos lados Elijah estava jogando, mas que deixa ainda mais interessante a trama central do episódio. Fato é que esse encontro, leva ao jantar mais memorável da história da série. Mesmo a contragosto, Stefan cede ao pedido de Damon e termina em uma mesa, acompanhado de seu irmão mais velho e dos dois Originais vivos. O tom desse momento foi perfeito. O ambiente meio sombrio, mas sem deixar de ter o toque de Klaus, com belas garotas para servi-los. Algo que me lembrou os tempos áureos de True Blood e as reuniões que Eric proporcionava no Fangtasia.

Então abro meu primeiro parênteses para elogiar, pela milésima vez, o desempenho de Joseph Morgan em um episódio. Ele consegue encaixar cada emoção no momento perfeito da cena, indo do terrorismo para as risadas em um simples segundo, onde nós observamos vidrados o que acontece. Ele esteve impecável em toda a seqüência do jantar, levando a cena como ninguém e fazendo com que todos parecessem meros coadjuvantes do seu show. Pois bem, além do show de Joseph, pudemos constatar uma série de coisas. A primeira delas foi que Klaus não estava mais para brincadeiras e realmente quer seu caixão enfeitiçado de volta, talvez por saber a ameaça que existe lá dentro. Porém, Stefan não joga mais o seu jogo e parece pouco se importar para as coisas que o híbrido original fala, o que pode dificultar qualquer tipo de negociação. Eis que Damon coloca as cartas da mesa e deixa clara a sua proposta: Klaus tem seu caixão de volta, deixa a cidade com todos os Originais e eles são felizes para sempre (ou até outro vilão chegar a cidade). Sem acordos, Klaus não pode deixar Elena pra trás, visto que ela é a única forma dele procriar seus queridos híbridos. E nesse momento surge uma pergunta bastante inconveniente de Elijah sobre Elena, o que faz Klaus gargalhar. Confesso que nesse momento eu ri, tamanha a tensão que a cena tinha e curti muito a resposta de Klaus com ‘Problemas no paraíso!’.

Chega o momento em que conhecemos um pouco mais sobre o passado da família Original e sobre a relação conturbada entre aqueles dois irmãos que agora partilhavam a mesa. Parece que a história em torno da linhagem Petrova sempre se repete, como se fosse uma espécie de padrão ilógico que cisma em aparecer a cada uma das cópias que aparecem no mundo. Tatia. Esse era o nome da bela moça, com um filho de outro homem, que chamou a atenção de Elijah e Klaus. Vimos pela primeira vez nos olhos de Klaus o fulgor por uma paixão e ele realmente parecia sincero naquele momento. Klaus amou Tatia como nenhum outro talvez tenha amado, somente Elijah, o que acabou gerando conflitos entre os dois, fatos que já estamos acostumados visto a trama dos Salvatore e Elena/Katherine. Só que algo além disso foi dito. O sangue de Tatia foi usado no ritual que os transformou em vampiros, o que torna todas as cópias sobrenaturais, mas ainda creio que isso significara algo muito maior para a trama que nem podemos esperar. Mal posso esperar para conhecer a personagem melhor, sua história, personalidade, tudo. E confesso estar um pouco desapontado por não vê-la saindo daquele caixão, porém isso é assunto para mais tarde, assim como o resto do jantar.

Paralelamente a isso, Alaric, Elena e Caroline lidavam com um outro grande problema. Aparentemente a única digital encontrada na estaca que matara o médico legista, ex-namorado de Meredith Fell, era de Elena Gilbert, o que não faz sentido algum, mas que pode apontar para o real sentido desse assassinato. Talvez alguém querendo mandar uma mensagem e, acima de tudo, esse alguém tem grandes chances de ser um humano. Fato é que o assassinato parece ter sido somente o inicio de uma saga que ira perdurar pelos próximos episódios e que nenhum dos membros do Conselho estará a salvo. Bill foi a segunda vítima, com uma faca em seu corpo e sangue de vampiro em suas veias, a transformação era a única maneira do pai de Caroline ‘sobreviver’ ao ataque, mas sua crença o levou para o caminho contrário, o que acabou na sua morte. Antes disso porém, tivemos cenas realmente muito bonitas entre ele e Caroline conversando sobre o buraco no passado que os dois tinham e sobre os dias bons que a garota teve na infância, como uma espécie de entrega do personagem. Além disso, tivemos a conversa entre a vampira e Elena, onde as duas compartilharam a angustia de perder um pai e foram amigas, naquele momento, em meio a toda confusão que se presencia em Mystic Falls. Ponto também para o Matt que foi muito legal e apareceu naquele momento, deixando de lado todos os problemas que já tivera com Caroline.

Bom, de uma casa para a outra, sentimos o pavor de ver o lar do Gilbert completamente escuro e repleto de sangue para todos os lados. Desculpem-me os protagonistas corajosos, mas se eu vejo minha casa toda apagada, com poças de sangue, dificilmente eu ia pegar uma faca e continuar andando dentro dela, para quem sabe ser a próxima vítima. Mas para a felicidade de vocês, eu não sou o protagonista e Elena agiu exatamente contrária aos meus pensamentos e acabou por achar um Alaric quase morto. Como a vítima não tinha visto quem o atacara, Elena, por ser uma criatura sobrenatural, teve que matá-lo de verdade, para o anel fazer seu efeito. Cena bem intensa eu diria e ainda bem que acabou ‘tudo bem’ para Alaric, pois assim como Elena, acho que eu não queria ver mais ninguém da sua família morrendo. O grande problema é que não temos nem idéia de quem seja o louco assassino que anda atrás de membros do Conselho, mas não consigo deixar a idéia de que Meredith tem algo a ver com isso. Não sei se vocês lembram, mas na primeira conversa que teve com Damon, ela disse que gostava de saber quem eram os membros do Conselho e, nesse episódio, ela meio que repetiu a frase, só que agora com relação aos vampiros. Qual é a dessa mulher, Kevin Williamson?

Na caverna onde os Originais compartilharam muitos momentos, Bonnie e Abby tentavam abrir o tal caixão enfeitiçado, mas os esforços estavam parecendo ser em vão, devido ao pouco esforço de Abby. Achei interessante o feitiço precisar ser realizado por duas gerações ao mesmo tempo, deu um tom legal ao mistério de como abrir o caixão e tudo mais. Depois de muito tentar, as coisas começaram a funcionar e bruxas abaixo, pois ela estava de volta. Voltando ao jantar, Klaus fez sua contraproposta. Dava a Elena uma vida normal, quem sabe ao lado de Matt, onde ela teria uma família, filhos (dando continuidade a linhagem Petrova) e viveria seus dias até a hora que a morte a buscasse naturalmente. Por um segundo, pensei que Stefan ia aceitar isso, até porque ele sempre foi completamente contra a idéia dela se tornar vampira, mas não. Ele brincou com Klaus, só que no momento errado. Klaus reagiu muito mal a ‘ofensa’ de Stefan e parou de brincar, levando o vampiro para o fogo e exigindo seu caixão imediatamente, deixando Damon sem escolhas. Foi nesse momento que o jogo virou e vimos o medo figurar nos olhos de Klaus.

Elijah não estava mais do seu lado e agora tinha companhia. Sim, todos eles estavam livres e mais vivos do que nunca. Conhecemos Finn e Kol e tivemos a volta da bela Rebekah. Os Originais. Todos ali, um em frente ao outro, com um único sentimento em comum: devastar a vida de Klaus. Eu esperei tanto por esse momento, que quando vi a cena acontecendo, nem consegui acreditar. Revi para entender o que estava acontecendo e enfim entendi que o momento tinha chegado. Agora não tem como voltar atrás, todos estavam ali. E Klaus temeu tanto esse momento, que ele chegar assim, inesperadamente, o devastou. Ele surtou e depois temeu a solidão mais uma vez, até que o ser que matou estava de volta. Sensacional a interpretação de Joseph nesse momento. A intensidade da cena em que a mãe pede para ele a olhar nos olhos foi absurda. Não sabemos como mas Esther, a bruxa original, estava dentro do caixão e agora está mais viva do que nunca, com uma única missão: transformá-los em uma família novamente. E a bruxa parece que não poupará esforços para eles retomarem os laços mais uma vez.

Não, eu não esqueci do momento sensacional que os Salvatore compartilham ao deixar a mansão dos Originais. Acho que foi um dos momentos mais sinceros entre os dois e creio que acarretará em uma série de mudanças para os próximos episódios. Mas finalmente a verdade veio a tona. Eles estão apaixonados pela mesma mulher. Mais uma vez.

Agora um recado:

Os Originais, convidam todos os fãs de The Vampire Diaries para o formoso baile a ser realizado na próxima quinta-feira, dia 9 de fevereiro de 2012, na mansão localizada em Mystic Falls. Não deixem de comparecer, senão seus pescoços pagarão o preço. Confiram uma breve prévia do que está por vir!

Confira também a trilha sonora deste episódio logo abaixo:

  • Sia – “Lullaby”
  • Amy Stroup – “With Wings”
  • Jack Savoretti – “Hate N’ Love”

E a gente se vê a qualquer momento, com notícias da série, ou na próxima review. Aguardo vocês nos comentários!

 

P.S.: Desculpem-me, mas não tive como evitar que a review ficasse gigantesca 😛

P.S.2: Quando é que a CW vai fazer uma foto promocional com o elenco de The Vampire Diaries, no estilo Santa Ceia? Hein? Hein?


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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