Faltando (agora) três episódios até o final da temporada, que segundo Julie Plec será chocante e com uma grande carga emocional, Vampire Diaries começou a encaixar as pontas soltas e construir o caminho até o gran finale. Sei que tem muita gente insatisfeita com essa temporada – eu, inclusive, não ando gostando de alguns rumos – mas, no geral, não acho que estejamos em uma safra ruim. Mais fraca que as duas anteriores? Com certeza. Mas nada que me preocupe. Acredito em Kevin e Julie e que podemos ter um 4º ano melhor e mais consistente.
Divagações a parte, Heart of Darkness passou longe de ser um episódio ruim. O ritmo estava bem mais calmo, mas eu consegui ver a trama andando de verdade e isso me deixou bastante feliz. Matar Klaus continua sendo o objetivo primordial dos Salvatore e eu, particularmente, não acredito que o vampiro seja o criador da linhagem de Stefan, Damon e Caroline. Seria conveniente demais. Eu achei que nesse episóio mesmo já descobriríamos de quem eles “descendem”, mas foi bom prolongar a revelação.
O mais interessante disso tudo é a posição que Caroline e Tyler precisam assumir. A conversa dos dois traduz perfeitamente a situação atual: Damon não se importa se, para que Klaus morra, Tyler também tenha que ir junto. A única pessoa que eu acredito que realmente se importe é mesmo a Caroline e, talvez, o Matt. Mesmo com o showzindo do híbrido após descobrir que Klaus andou arrastando asa para Caroline, duvido que ela saia do lado dele. É interessante ver essa “rachadura” no grupo de personagens, faz com que algumas atitudes se tornem imprevisíveis.
Nunca fui fã do Jeremy, mas ver o personagem de volta não me irritou tanto quanto eu imaginei que faria e teve todo um sentido. Foi bom ver a Rose novamente, adorava a personagem. Isso sem contar na participação do Kol. Gosto cada vez mais do original e espero que possamos conhecer um pouco mais dele. O que o diferencia dos seus irmãos é que ele parece fazer tudo por diversão e sem qualquer motivação maior (Não estou dizendo que Klaus e Rebekah não se divirtam, mas geralmente o que eles fazem tem algum motivo). Ele parece sentir prazer em causar dor, em estragar os planos dos outros e o ódio que ele demonstra pelo Damon não é uma coisa moderada. Quando o vi envolvido na história da Rose, cogitei a possibilidade dele tê-la transformado e depois de ver que ele matou a vampira que transformou Rose antes que Damon e Elena a encontrassem, eu acredito um pouco mais nisso.
O que eu menos gostei dessa trama é também a única coisa que vem me incomodando nessa temporada: Um foco tão grande nos sentimentos da Elena e no agora oficialmente formado triângulo amoroso entre ela e os irmãos. Não me entendam mal, eu sou fã de um bom triângulo e sei que isso sempre foi uma possibilidade em Vampire Diaries e, como uma série adolescente, é óbvio que ela precisa se sustentar no romance, mas eu não consigo deixar de pensar que seria muito mais interessante se esse tempo de tela dedicado a confusão da Elena fosse gasto com uma trama de ação, aquelas viradas de tirar o fôlego que tínhamos ano passado. Eu gosto muito do Damon, mas não consigo imaginá-lo funcionando bem em uma relação a dois com a Elena. Acho que o charme que existe entre eles é exatamente esse sentimento mal resolvido, as faíscas, as alfinetas e tenho certeza de que se eles eventualmente ficarem juntos como casal, o resultado pode ser desastroso.
O que a Rose disse é verdade: Elena traz o melhor do Damon e ele também a muda, faz com que ela se sinta desafiada, lhe dá uma nova visão da vida. O que me irrita é que ela seja tão indecisa, ao ponto de precisar de uma viagem para tentar entender o que sente por ele. Que ela tenha passado um bom tempo sofrendo pelo Stefan e agora tenha descoberto que nutre sentimentos pelo Damon, eu entendo, mas as atitudes dela (de primeiro reclamar do Stefan ter arrumado a viagem e depois tascar aquele beijo no Damon) são o que me fazem torcer o nariz pra essa história. Espero de verdade que isso não ganhe uma dimensão maior da que já tem e que um possível relacionamento dos dois não descaracterize o Damon de vez.
A história do Ric e seu “Evilalaric” (o Damon tem as melhores tiradas ever!) finalmente ganhou novos – e interessantes – contornos. Acho que as provocações dele com o Stefan podem ter prejudicado o ritmo do episódio, mas não foi nada grave e, no fim das contas, foi interessante ver que o Stefan realmente recobrou de vez a humanidade – aquele ripper do começo da temporada não teria nem esperando o Ric pedir para matá-lo e não resistiria ao sangue jorrando convidativamente. O Matt Davis estava ótimo no momento em que precisiu interpretar o darkside do Ric e quando o confronto dele com o Stefan explodiu, foi um dos pontos altos do episódio.
Agora que ele está aliado a Esther, eu não sei o que esperar. Quando a personagem apareceu apenas para morrer, eu já comecei a achar altamente desnecessário, então me surpreendi bastante com aquela cena final, pois em nenhum momento tinha sequer cogitado a possibilidade dela ter assumido o corpo da Rebekah. Os caminhos abertos com isso são muitos. Klaus aparentemente confia em Rebekah e Esther certamente usará disso para seguir adiante com seu plano de matar todos os Originais – e ainda temos o adendo que, se isso acontecer (Ok, é CLARO que não vai acontecer), todos os vampiros são extintos.
E o nível pode até ter caído, mas se tem uma coisa que não caí nunca nessa série é a trilha sonora. A deste episódio segue abaixo:
- Mississippi Twilight “Starting Now”
- Civil Twilight “Dying To Be Born”
- The Strange Familiar “Redemption”
- Florence + the Machine “Never Let Me Go”
- Christel Alsos “When The Light Dies Out”
