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The Vampire Diaries – 4×02 Memorial

Por: em 20 de outubro de 2012

The Vampire Diaries – 4×02 Memorial

Por: em

“I miss you too, budy”

Uau! Isso é tudo que consigo dizer depois de ver esse segundo episódio da quarta temporada de The Vampire Diaries. Um episódio que foi completo, eu diria, por caminhar perfeitamente entre emoções distintas, indo do humor sempre presente em personagens como Damon até o luto estampado no rosto de cada um deles que perderam tantas pessoas no caminho percorrido até então. E o interessante disso tudo é como a série consegue fazer um episódio transcorrer de maneira tão rápida e envolvente. Os quarenta minutos de tela que VD faz, passam incrivelmente rápido devido a qualidade de suas tramas e as grandes viradas que os roteiristas proporcionam ao longo do episódio. Ao final, aconteceram tantas coisas que você precisa parar por uns cinco minutos para digerir toda aquela informação e guardar como bagagem do que está por vir.

Podemos dizer que o episódio começou bem quente, né? Elena, agora vampira, está com seus sentidos todos amplificados e nunca vimos a garota tão danada como ela estava neste começo de episódio. Aquele sexo selvagem no meio da floresta está ai para comprovar isso tudo e acredito mesmo que veremos a personagem um pouco mais solta, com menos pudores, daqui para a frente, o que é bom visto que muitos a achavam presa e forçada – Katherine que se cuide. Todo o lance da sua alimentação com sangue foi bem legal de ser discutido. Até então, todos os vampiros que surgirão na série, acabaram aprendendo de uma maneira ‘rápida’ como lidar com o sangue, então curti o cuidado que os produtores estão tendo em mostrar essa transição de Elena. Até porque toda a discussão dos irmãos Salvatore sobre como proceder nesse caso é pertinente.

Stefan tem razão ao se preocupar: lidar com a morte de uma pessoa seria um baque muito forte para uma vampira como Elena, que logo desligaria sua humanidade, tornando toda a transição um processo muito sofrido e problemático. Mas não temos como ignorar Damon, afinal um vampiro precisa de sangue humano para sobreviver, principalmente logo depois que se transforma. Interessante, Damon tocar no ponto de Elena ser uma doppleganger e talvez isso influenciar na sua transformação. Era algo que tinha pensado logo que levantaram a possibilidade da transformação, mas não vi muitos problemas afinal Kath está super bem. E apesar dos esforços incansáveis de Stefan para alimentar Elena desde o princípio com sangue de animais, seu corpo pediu sangue humano, o que a levou a recorrer a Damon. Até que ponto o sangue de outro vampiro influencia quando se alimenta outro vampira? Não lembro se isso já foi comentado na série, mas foi estranho ver o jeito que o mais velho dos Salvatore se portou nesse momento, seguido pela revolta de Stefan ao descobrir tal fato.

E a jornada de Elena como vampira vem sendo algo muito bonito de se ver pelo cuidado que a produção tem com cada detalhe, como ressaltei na última review. Parece que tudo é pensado para que tenhamos exatamente a mesma sensação que a personagem. Acabou que sua primeira refeição foi mesmo Matt, o que cria um link muito bacana com a trama original dos livros. O momento não poderia ser mais adequado e toda a tensão envolvida fez com que a escolha de Elena não pudesse ser outra, o que também corrobora com a vontade do garoto de retribuir de alguma maneira o sacrifício da ex. Só que para mim, o momento mais legal de Elena foi quando teve que confrontar seu desejo perante April. Elena tinha sido babá daquela garota que estava agora jogada, indefesa e sangrando. E foi com a ajuda de Caroline que tudo acabou transcorrendo da melhor maneira possível. Elena não só convencia a garota, convencia a si mesmo de que tudo iria ficar bem, o que tornou a cena muito mais bonita.

Voltando a April, sua aparição repentina, devido a morte de seu pai, pode ser um indicador que essa família tem uma relação muito mais profunda com a trama principal do que possamos imaginar. A garota meio estranha faz o estilo antigo de Jeremy e eu não duvido nada de que os dois venham a ter uma aproximação grande logo nos próximos episódios – a garota está frágil com sua perda e ele entende muito bem o que é perder pessoas queridas. Quero mais é saber como a envolverão no meio dessa guerra instalada em Mystic Falls. Falando em guerra, quem não veio para brincadeira foi o novo personagem Connor, que a gente não sabe da onde surgiu, não sabe como ele sabe as coisas, mas que ele tá fazendo barulho, ele está. Fiquei assustado quando ele já saiu atirando no Tyler e tem toda uma aura de mistério envolvendo o personagem. Afinal, o que será aquela tatuagem que somente Jeremy conseguiu ver? Por que aqueles símbolos estranhos nas balas que ele usa? Até a luva dele era equipada com verbena, o cara realmente não tá brincando.

E foi Connor que proporcionou uma das cenas mais tensas da história de VD. Toda aquela dinâmica que se instaurou na igreja durante o memorial foi incrivelmente tensa. Todos os personagens envolvidos, o cheiro de sangue no ar, a conversa entre eles de longe, o desespero da sede de Elena. Foi tudo muito bem trabalhado, gerando um ótimo resultado. Só pensei que com aquele furdunço todo, a bala que ele atiraria em alguém seria realmente para matar, mas nem fez cócegas em Tyler. E como eu já odeio ele, foi uma pena Damon não ter conseguido dar umas boas porradas no caçador. Essa fuga dele gerará muitos problemas, principalmente a Elena, que acabou de se transformar e ainda é descuidada em muitos aspectos. E o mote do episódio era realmente o luto que os personagens sentiam por cada um que eles perderam nessa jornada, o que levou àquele momento bacana com todos juntos homenageando a quem já tinha deixado a vida. Legal Elena ter citado a si própria, mostrando que essa realmente foi uma morte para a personagem, que recomeça do zero a partir de agora.

Mas nada, nada, foi igual ao momento de Damon. Quando o vampiro se recusou a ficar na ‘confraternização’ dos amigos, imaginei que o veríamos bebendo no bar, mas ao mostrá-lo no cemitério, já achei o momento mais tocante. Todo o seu desabafo, na verdade uma conversa, com Alaric, remeteram aos tempos dos dois, no balcão do bar, discutindo quais os rumos que tomariam para salvar alguém de algum problema. E já não fosse o momento tocante o suficiente, a aparição de Alaric ao fundo deixou tudo mais emocionante. Ele sofrendo ao ouvir as palavras do amigo sem poder fazer nada foi duro de ver, ainda finalizado por aquele ‘I miss you too, budy‘ – que so acabou com todo mundo que estava vendo de uma vez.

E assim ficamos com mais um dos episódio de VD – um dos melhores da série, na minha opinião. A quarta temporada se solidifica cada vez mais com uma trama consistente e independente de alguns personagens – alguém lembrou da existência de Klaus nessa semana? -, o que mostra um amadurecimento da série como um todo. Espero que o desenvolvimento de tudo isso siga um caminho cada vez maior e, se a cada semana, Kevin e Julie nos proporcionarem um episódio como esse, estarei mais que satisfeito. Abaixo você fica com o vídeo promocional de ‘4×03 – The Ranger’ e depois é só deixar sua opinião nos comentários! Até semana que vem!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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