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The Vampire Diaries – 4×11 Catch Me If You Can

Por: em 26 de janeiro de 2013

The Vampire Diaries – 4×11 Catch Me If You Can

Por: em

“You are not going to remember what I say, but you are going to find Jeremy Gilbert and when you do, you are going to kill him.”

Eu jurava que iria a começar a review desse episódio reclamando que a série tinha feito um excelente episódio na semana passada, mas que sua qualidade tinha voltado a cair, até porque o grande centro das atenções do episódio seria Jeremy, que nunca consegue manter boas histórias por muito tempo. Porém tenho a imensa satisfação de dizer que The Vampire Diaries não decepcionou. Muito pelo contrário, fez um episódio digno dos melhores tempos da série, engrenando finalmente a temporada no ritmo que estávamos acostumados a ver no show. A caçada pela cura tomou uma proporção tão grande e criou tramas tão inesperadas que começa a ser uma das melhores coisas que poderiam ter feito nessa temporada, que já foi uma grande ‘renovação’ para a personalidade dos nossos personagens. E parece que começa tudo de novo. Novas alianças, novas brigas e um só objetivo: achar a bendita da cura. O que fica claro para mim depois desse episódio é só uma coisa: ainda bem que Kevin Williamson e Julie Plec não perderam a mão e sabem fazer a série boa que tanto gostamos.

Catch Me If You Can‘ não foi como o episódio passado, centrado em uma única ação principal. Muito pelo contrário, os cenários e as ações eram tantas que era muito fácil se perder ou as histórias não se ligarem, mas isso não aconteceu. Ao meu ver, a prova de que um episódio foi bom é você não perceber que já se passaram quarenta minutos e depois ficar louco com o vídeo promocional do próximo episódio, que foi o que aconteceu comigo. Quando até mesmo as tramas de Jeremy funcionam, temos que dar os méritos aos roteiristas. Nunca fui muito fã do personagem e acredito que, tirando a aparição do Alaric, aquela antiga trama dos fantasmas com Jeremy foi uma das coisas mais inúteis que a série poderia ter feito. E quando o vislumbre do irmão de Elena ser um caçador apareceu na série, podia jurar que não daria certo, até pela falta de interação do personagem com o resto da trama, mas acabou que colou. Não que seja fácil gostar disso, até porque o menino faz de tudo para que não o suportemos com seus constantes ataques de consciência, mas até então podemos dizer que as coisas caminham para um bom resultado. E envolver Matt nisso foi algo que deu uma utilidade para o personagem na série (que a muito tempo não ganha um plot) e ainda traz a tona um jogo no qual Klaus sempre foi o campeão: a barganha.

Quando Damon quis passar por cima das ‘ordens’ de Klaus nos ensinamentos ao mais novo caçador, não podia ser mais claro que o híbrido original tomaria suas próprias medidas para conseguir o que queria e assim foi. Uma das melhores cenas do episódio passado teve sua continuidade essa semana e ver os vampiros acordando foi sensacional, ainda mais quando eles tinha um único objetivo: acabar com Matt. Gostei de Klaus jogar com isso, mas seu jogo ficou no chão perto do que Kol fez. Sério, acho que era isso que estava faltando em The Vampire Diaries – a volta dos Originais no jogo. Eles são tão sem escrúpulos que é magnífico ver como eles colocam as cartas na mesa. Kol sabe bem as consequências de se matar um caçador e claro que ele não quer ficar sendo assombrado por quase um século (coisa que só não aconteceu com Elena – mas superemos). Então, o que fazer? Faça com que outro termine seu trabalho sujo. GENIAL. Não teve coisa mais genial a se fazer do que colocar o próprio Damon, apaixonado por Elena, atrás da cabeça de Jeremy.

Olha que eu pensei que isso não ia funcionar com a desculpa do amor, principalmente quando Elena foi atrás do Salvatore para que ele parasse com sua caçada, mas ainda bem que os roteiristas ainda não chegaram nesse nível de insanidade, não é mesmo? Não tem nada que faça um vampiro hipnotizado a parar, a não ser que seu objetivo seja atingido. E para lidar com essa situação entra um Stefan modificado, um Stefan não apaixonado pela Elena. Como fã do casal desde o primeiro episódio da série e durante essas três temporadas e meia, eu me senti vingado depois de tudo que Stefan fez nesse episódio. Seu desprezo por Elena não poderia ser mais justo. E o jeito com que lidou com a situação, com imparcialidade, mostrando que estava pouco se importando no que aquilo resultaria deu o tom certo para a cena. Ele não consegue perdoar a traição do irmão, nem da (antiga?) amada e, me desculpem os seres superiores, mas nessas horas só mesmo ignorando para superar. Já estava mais do que na hora de Elena aprender que o mundo não gira em torno dela e apesar de eu achar que estamos longe do fim desse triângulo, pelo menos por essa semana, me orgulhei de Stefan – a cena em que ele coloca Damon na balança contra Rebekah foi sensacional.

A recente aliança de Stefan com Rebekah também parece funcionar melhor do que imaginávamos. Claro que confiança é algo que se recupera aos poucos e, se bem conhecemos Rebekah, nem será algo tão difícil assim para Stefan. Eu gosto muito da interação entre os dois, o lado diferente do Salvatore que a vampira original traz para a trama. E a busca pela vantagem na caçada a cura os levou a uma visita bem enigmática. A mando de quem estava o cara que se matou para não contar o seu segredo? Teria mais um team na disputa pela cura? O que achei mais interessante nisso é que, enquanto Klaus e Rebekah querem encontrar essa cura de qualquer maneira, não se importando com as consequências, Kol não poderia temer mais que isso acontecesse. Teme tanto que quase enfiou uma adaga no peito da irmã para impedir que essa busca continuasse. E assim como Damon, também acho tão difícil acreditar no que Kol diz sobre Silas, porque parece história de lobo mau. Porém se esse vilão vier para sacudir a estrutura da série, eu não poderia estar mais ansioso pela sua chegada. Voltando a Stefan e Rebekah, acabou que tanta intimidade levou os dois a um flashback sem compromisso, só com prazer. Os dois agora estão mais envolvidos e isso pode trazer boas dinâmicas para os personagens daqui para frente.

Quem ficou aquém do episódio, mas não o prejudicando foi Bonnie. Está cada vez mais claro que seus poderes com a magia de expressão são bem ‘incontroláveis’ e Shane abusa disso ao seu favor. Sem mais negar o envolvimento no massacre que envolvia o Pastor Young, a relação do professor com a bruxa parece estar abalada, mas talvez não por muito tempo. O medo nos olhos do pai de Bonnie, agora prefeito, parece trazer uma aliança inesperada para controlar a filha, talvez com o próprio Shane. O que me intriga é o poder de controle que ele tem sobre a garota, algo que parece muito como o momento quando os vampiros hipnotizam alguém. O que seria essa técnica tão conhecida pelo professor? Acho que ainda temos muito para ver sobre o personagem, mas que fica claro que ele está disposto a jogar qualquer carta na mesa para ganhar esse jogo, isso fica. Trazer a memória da vó da bruxa para fazer Bonnie o ouvir foi além do que eu podia esperar dele. Como a polícia e Bonnie lidarão com os recentes fatos descobertos é o que teremos de aguardar para saber.

Por fim, porém não menos importante, a ideia de Elena para ajudar seu irmão a não ter que matar milhões de vampiros para completar sua marca: matar um vampiro original, acabando assim com toda a sua linhagem. Ok, a ideia é bem inteligente, porém não vejo como isso exime Jeremy de ter matado muitos ‘inocentes’ na sua busca pelo mapa da cura. Agora eu não quero que Kol saia da série ainda, ele tem muito o que agitar nessa trama e, vamos combinar, que promete ser uma caçada e tanto essa pelo original, ainda mais sem tantos jogadores em campo. Mas veremos no que isso vai dar. A vontade de ver o episódio já é grande e, se você deseja ampliar ainda mais, assista ao vídeo promocional de ‘A View To a Kill‘, que será exibido na próxima quinta. Agora capriche nos comentários! Até semana que vem!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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