“Get up, gorgeous. Your doppelganger dies today.” – Tessa.
Mesmo estando muito atrasado, achei que esse episódio merecia sua própria review, até porque não é qualquer dia que The Vampire Diaries dá uma cartada boa como essa. Apesar das inúmeras críticas que aparecem para a atual temporada, ainda a vejo como uma grande temporada depois dos lastimáveis episódios do último ano. O fator surpresa está de volta a série mais forte do que nunca e parece que estamos revivendo um pouco de tudo aquilo que a série já fora um dia. Tenho meus medos sim. Explorar demais uma trama pode acabar desgastando-a, o que não vai ser bom. Me preocupo em como eles pensam em levar todos esses dopplegangers para frente, mas ainda assim não deixo de me animar. Ver Amara nesse episódio foi a maior prova para mim de que a série tem o potencial de fazer um grande ano. Foi inesperado, foi animador e ainda trouxe grandes possibilidades para tudo que está por vir.
Silas para mim se tornou o melhor personagem da série nessa quinta temporada. Suas mil facetas são incríveis e Paul consegue transformar um monstro em um cara irônico com apenas uma frase. Não teve como não se divertir com as tiradas dele durante o episódio. “Sou quase uma Madona sobrenatural” ou “Prefeito? Não há ninguém lá porque que matei ele!” foram algumas das deixas do personagem que finalmente estava pronto para morrer, mas claro que as complicações iriam aparecer no caminho e isso que faz de toda a trama divertida. Achei, na verdade, que Silas nem encontraria a tal âncora que mantinha o feitiço do outro lado, mas com o passar do episódio, comecei a suspeitar que uma grande revelação vinha disso. Mas não dava para acreditar que os roteiristas iam trazer Amara de volta. Era insano. Nós tínhamos visto o sangue dela por todo lado daquela tenda. Mas foi exatamente isso que aconteceu. Amara é âncora que liga os dois mundos e também era imortal – bastou um pouco de sangue para que tudo voltasse ao estado normal (ou quase isso).
Eu ainda não consigo entender muito bem o que Amara e Silas são, porque apesar dele se pronunciar como um bruxo, ele bebia sangue e era imortal, o que o torna um vampiro. Como se fosse uma classificação diferente – um híbrido entre as raças vampíricas e bruxas. Mas fato é que essa cartada de Tessa foi uma das cartadas mais geniais que vimos até hoje. Ligar a sua morte ao seu maior amor é quase como escolher entre o impossível. Era inevitável que Silas ficasse sem ação e nisso Amara mostrou que estava cansada de esperar. Todos esses séculos trancafiada levaram a personagem a ter uma única meta, que corroborava com a do seu grande amor: morrer. E como o sangue de Silas era a cura para a imortalidade, Amara fez o que era necessário e bebeu o sangue do seu amado. Menciono aqui o quanto eu fico impressionado com Nina e Paul. Eles conseguem dar ares tão diferentes para seus inúmeros personagens que não tem como você confundir quem está aparecendo na tela. Isso é realmente incrível e os dois estão fazendo um excelente trabalho nesse quinto ano da série.
Desamparada e sozinha, Amara teve um surto com a realidade que lhe fora imposta e acabou caindo nos braços de Damon (que anda super apagado no meio da trama desse novo ano). Esperava que o encontro com Elena fosse algo desse gênero – Amara surtando por ver alguém igual a ela e Elena pensando mais uma versão de mim mesmo por aí – isso deve dar crise de identidade na pessoa, não é possível. Fico com um pouco de medo com tanta gente com a mesma cara andando por ai, mas acredito que a série não vá se sustentar nisso por muito tempo. Era uma parte da mitologia que precisava ser contada e a jornada de descobertas está sendo bem interessante. Ainda nisso, me agonia essa abstenção em contar mais sobre os viajantes. Não entendo o papel deles no meio dessa bagunça toda e nem mesmo Matt vem aparecendo para termos a esperança de que isso será explorado. Espero de verdade que eles não deixem isso de lado e nos tragam boas explicações sobre essa nova mitologia que trouxeram neste ano.
Falando nas cópias, Katherine está em maus lençóis. Depois de passar a cura para Silas, pensamos que a personagem estava morta, mas ela abriu os olhos – o que ficou sem explicação. E agora alguns efeitos começaram a surgir em seu corpo – cabelos brancos, dentes caindo -, o que pode ser um indício de que Kath é realmente uma humana e todo o tempo que passou como vampira começara a ser exaltado em seu corpo agora. O bacana é que o roteiro acabou aproximando a personagem do Dr. Wes, que vem crescendo bastante na trama. Descobrimos sobre a existência de Constantine, uma sociedade “secreta” cujos objetivos ainda não ficaram nada claros. Quem está lá, está por legado ou por um dom. Se eles procuraram Elena, seria seu pai um membro dessa sociedade anteriormente? Logo devemos conhecer mais um pouco sobre tudo isso. Bacana também foi a interação entre Carol e Kath, com a segunda dando umas lições de como ser uma vilã sem perder a classe – disciplina que Kath poderia ensinar de olhos fechados.
Além disso, ficamos com a volta de Bonnie que não aconteceu, mas que certamente deve rolar em algum momento – chutaria que em alguns episódios já devemos ter ela de volta para o mundo dos vivos, escolha de roteiro que eu não curti muito. Aaron também teve uma participação quase que insignificante, talvez só servindo mesmo para aumentar sua aproximação de Elena, que nem era Elena no caso. E claro, Stefan teve sua memória recuperada, em uma estúpida vingança de Tessa. Agora que todos os seus demônios estão de volta, podemos esperar um pouco menos de imparcialidade do personagem, o que pode ser o que Tessa mais precisava no momento – alguém que odeie Silas tanto quanto ela. Ademais, ficamos por aqui. Em breve, muito breve, já sai a review do episódio dessa semana. Mas se você ainda não sabe o que te espera, dá uma conferida no vídeo promocional e depois comenta com a gente o que achou desse sexto episódio!
