“I loved you. I still do. But I can’t live any longer. Please understand.” – Amara
“I understand. I love you.” – Silas
Estou simplesmente impressionado com o que The Vampire Diaries fez essa semana. Todo ano, sabemos que acontecerá a mesma coisa. Um grande vilão aparece e sua presença permeia a temporada inteira, até que sua participação deixa de ser relevante, se tornando mais um personagem recorrente (como Katherine e Klaus) ou acabam morrendo. Só que dessa vez a série se desapegou desse formato e simplesmente encerrou uma grande trama em seu sétimo episódio. Nunca que eu esperava ver o fim de Amara, Silas e Tessa agora. Achei sim que algum fato importante acabaria acontecendo no episódio, mas nunca que seriam medidas tão extremas como essa. E, ao mesmo tempo que estou surpreso com isso, fico muito feliz de ver a série se arriscando assim. Isso é sair da zona de conforto, é trazer novidade a todo momento para os espectadores. Claro que as expectativas agora ficam lá em cima e muita coisa dessa trama precisava ainda ser melhor contada – mas ninguém chegou a dizer que tivemos um ponto final de tudo que não vimos.
Desde que a série lançou a trama das doppelgangers ainda em sua primeira temporada, fiquei querendo saber mais do que tinha por trás dessa mitologia. E com o passar da série, isso foi sendo deixado um pouco de lado, até porque nos acostumamos com Katherine. Quando no final da última temporada vimos Silas e sua real face, tudo voltou. Me animei mais uma vez, queria saber mais. E desde que a quinta temporada começara, eu venho sendo surpreendido com essa história que não poderia ser mais interessante. O lance das cópias existirem para unir um casal separado pela eternidade é simplesmente genial. É uma parte da mitologia que é tão óbvia que chega a ser besta a gente nunca ter pensado nisso. Genialidade do roteiro a parte, esse episódio chegou para por o que talvez seja um ponto final em tudo isso. Depois de conhecermos Amara, soubemos que ser âncora entre os dois mundos significava poder entrar em contato com seres dos dois lados, vê-los, sentí-los. E de repente, tudo se encaixou. Trazer Bonnie dos mortos simplesmente seria um furo enorme no roteiro, então seu papel estava mais do que definido naquele momento – ela seria a âncora daqui para frente – e Tessa não poderia estar mais feliz em ajudar isso a acontecer.
Claro que nossos personagens foram mais do que ingênuos pensando que essa história toda podia dar certo sem consequências mais extremas. E, mesmo tudo dando certo, agora Bonnie terá de pagar um preço bem caro pelo seu “retorno” ao mundo dos vivos. Cada pessoa que morre tem que passar por ela para chegar ao outro lado e isso parece ter sido o grande motivo da dor de Amara por todos esses anos. Dois mil anos de pura e repetida dor – era claro o motivo de Amara não aguentar mais passar por isso. A coragem que a doppleganger original teve de matar seu próprio amado veio disso, da dor. A cena do ritual em si que traria Bonnie de volta foi sensacional. Elena, Katherine e Amara, lado a lado, em um dos momentos brilhantes de Nina na série. Dar características tão distintas para personagens com um mesmo rosto é um mérito e tanto para a atriz, que ainda me impressiona mesmo depois de cinco anos. Cada uma ali tinha seu próprio interesse e foi isso que motivou tudo a acontecer. Quando Katherine topou tão facilmente fazer o ritual, seus interesses estavam explícitos – ela queria sua vida de volta, sua juventude e, considerando que Tessa fez a cura, ela poderia dar um jeito naquilo também.
A frustração de Katherine ao ver sua possível salvação morta foi maior do que tudo que a personagem já passou na série. Não temos ideia do que pode acontecer com ela daqui para frente. Sua relação tardia com Nadia não funciona e ainda não sei se essa personagem permanece na série depois que a presença dos viajantes parece agora um pouco irrelevante – apesar de muito ter sido deixado de lado (alguém ainda lembra que Matt não tem domínio do seu próprio corpo?). Se fosse para apostar, eu jogaria com a ideia de que essa trama vai ser retomada mais a frente na temporada, quando a gente pensar que não tem mais nada a ver, só para sermos surpreendidos novamente. E falando em frustração, nem mesmo ser o assassino de Silas ajudou Stefan a se livrar um pouco de seu sofrimento. Depois de recuperar sua memória, o personagem vem tendo de relembrar cada segundo desde que caiu no fundo do rio onde Silas o jogou. Temos em Stefan outro futuro incerto – o personagem está sem perspectivas de vida e isso pode o levar a lugares profundos da sua personalidade, que sabemos que o personagem já frequentou.
Silas está morto. Amara está morta. Tessa também se matou. Tudo isso está acabado. Uma nova trama está prestes a ser aberta e eu apostaria que investiremos mais em Augustine, a tal sociedade secreta. Talvez o cenário da série se altere um pouco mais para a faculdade a partir de agora. Talvez vejamos finalmente o que está acontecendo com Jesse desde a sua transformação. Talvez possamos conhecer mais de Aaron, Dr. Wes e tentar entender como Katherine vai se encaixar nessa nova história. O roteiro da série fez isso, nos deu praticamente um recomeço da temporada depois de sete episódios. Ainda acho que as pontas soltas vão ser revisitadas, eles tem bastante cuidado com o roteiro, mas estou ansioso para ver em que caminho seguiremos daqui para a frente. Deixo vocês com o vídeo promocional do próximo episódio e aguardo vocês nos comentários!
