Encerramos as batalhas da quarta temporada de The Voice entre erros e acertos. Para mim, um dos erros mais marcantes desta temporada de batalhas foi a má utilização dos steals. Vimos muitos artistas memoráveis se despedindo esta semana, enquanto outros mais fracos foram salvos pelos técnicos. Talvez seja estratégia dos técnicos colocarem esses artistas mais fracos em seus times para facilitar as decisões da próxima fase.
Saudades Jessica Childress
Os outros erros foram a montagem de batalhas (que não era nenhuma surpresa mas que sempre é desagradável) e o uso livre da palavra “épico”, que está banida desta review de agora em diante em sinal de protesto. Por favor, The Voice, você tem vários momentos épicos ao longo destas quatro temporadas. Não precisa banalizar a palavra e querer forçar uma barra chamando de épico aquilo que claramente não é.
Mas reclamações à parte, vamos aos nossos acertos da semana. Gostei bastante de ver uma maior participação dos assistentes e fiz as pazes com Usher. Achei o técnico bem simpático essa semana, contrastando com a má impressão que tinha ficado dele na semana passada.
Team Adam
Midas Whale x Patrick Dodd: Burning Love – Elvis Presley
A primeira batalha do Team Adam dessa semana foi uma das decisões mais difíceis para o nosso querido técnico. Para mim não seria tão difícil escolher um vencedor já que torço pelo Midas Whale desde o início, por considerá-los a melhor dupla da temporada e um dos melhores artistas da competição no geral. Mesmo assim, achei a eliminação de Patrick um bom exemplo de como os steals dessa vez foram mal utilizados. Fica claro pela voz dele a experiência que tem como performer e gostaria de vê-lo por mais tempo em The Voice. Usher foi um dos que mais elogiou Patrick, comparando a voz dele com a de Bruce Springsteen (comparação que eu já tinha feito, aliás, estranhei que ninguém tenha comentado antes) mas mesmo assim não o achou digno de um de seus steals. Pelo menos Adam se mostrou bem interessado em ajudar Dodd no futuro, então vamos torcer para que isso se concretize e ele não tenha falado só para consolar a família do cantor no momento.
Duncan Kamakana x Sarah Simmons: Wanted You More – Lady Antebellum
Se a batalha anterior fez Adam quebrar a cabeça para decidir um vencedor, essa foi exatamente o contrário, ficando bem claro desde o início que Sarah sairia vencedora. Apesar de não conhecer essa música da Lady Antebellum (banda da assistente de Adam, Hillary Scott), achei que ambos foram muito bem na batalha. Gostei de Duncan, embora concorde com Usher que uma música com essa mensagem não deveria ser cantada com um sorriso o tempo inteiro. Mas, independente do sorriso, não tinha como ele concorrer com alguém como Sarah, que tem tudo para ir longe na competição. Prova disso é que a moça tem entre seus vários fãs o técnico country de The Voice, Blake Shelton, que já declarou inúmeras vezes o quanto gosta da voz de Sarah. Achei lindo Duncan declarando que, agora que estava fora da disputa, Sarah tinha sua torcida para vencer o programa. Essa semana no geral vimos uma camaradagem muito bonita entre os artistas que estavam duelando (com uma exceção ou outra, obviamente).
A batalha que não foi ao ar do Team Adam foi Agina Alvarez contra Amy Whitcomb, duas artistas que já tinham sido cortada das blinds. A vencedora foi Amy, que irá para os knockouts sem nunca termos ouvido a sua voz direito.
Team Shakira
Luke Edgemon x Monique Abbadie: You And I – Lady Gaga
O Team Shakira teve uma semana bem movimentada, com quatro batalhas indo ao ar e três artistas roubados por outros técnicos. A primeira que vimos foi entre o cantor gospel e a ex-artista mirim. Adoro essa música da Lady Gaga, então gostei muito da escolha de Shakira. Assim como os técnicos, fiquei impressionada com o Luke, que não tinha me chamado tanto a atenção nas blinds. Não sei porque, talvez seja só o cabelo, mas algo no estilo dele me fez lembrar o Adam Lambert (diria que ele é um Adam sem a maquiagem e o exagero) e isso é uma coisa boa. Luke claramente foi o vencedor desta batalha, mas achei que foi muito fofo de Shakira escolher Monique por saber que um dos outros técnicos roubaria Luke. Pode ter sido conversa fiada da colombiana e ela só tenha dito isso para ficar com uma imagem de boazinha, mas comigo funcionou e eu caí direitinho, aumentando ainda mais minha admiração pela Shakie. Quem se deu bem foi Blake, que ganhou um ótimo cantor para o seu time e não desperdiçou o seu último steal.
C. Perkins x Kris Thomas: It Will Rain – Bruno Mars
Essa não foi uma semana boa em The Voice para quem não gosta de Bruno Mars, afinal o cantor teve duas de suas músicas usadas em batalhas. Felizmente esse não é o meu caso, então fiquei muito satisfeita com as duas músicas escolhidas. Apesar da canção boa, me decepcionei com essa batalha. Achei que nenhum dos cantores conseguiu passar o desespero de perder a pessoa amada em suas interpretações da música (talvez o Ryan Innes e o Orlando Dixon poderiam dar umas aulinhas para eles, quem sabe? mas isso é assunto para mais tarde). Entre os dois, Kris realmente foi um pouco melhor e mereceu a vitória. Já não posso dizer o mesmo sobre o roubo de C.Perkins por Usher. Não achei que o cantor merecesse mais do que Patrick, mas Usher deve ter visto um potencial que eu não consegui captar. Agora, o que foi mais revoltante nessa batalha foi o sensacionalismo feito pela chamada do programa na semana passada. Lembram do escândalo que foi feito? Foi dito que Usher faria algo que desafiaria as regras do programa e chocaria a todos nós. E no final, qual foi o ato absurdo de Usher? Apertar o botão em cima da hora, quando o cantor já estava se despedindo. Nossa, quase morri de susto #sqn. Não acho que um programa de sucesso como o The Voice precise deste tipo de golpe baixo para prender audiência.
Brandon Roush x Shawna P: Piece of My Heart – Janis Joplin
Essa batalha simplesmente partiu o meu coração. Quem lê as reviews desde o início da temporada sabe como eu gosto de Brandon. Por isso, quando eu vi ainda na chamada do programa de terça que Shakira tinha escolhido uma música da Janis para a batalha do garoto com Shawna, sabia que estava tudo terminado para ele. Shawna é praticamente Janis reencarnada, então a técnica deixou claro o seu favoritismo ao escolher essa música. Foi legal ver que Brandon não desistiu e deu o seu máximo na apresentação. Ele cantou tão bem que durante alguns segundos até tive a esperança do resultado ser diferente. Não foi o caso, e Shawna foi a escolhida para continuar na competição. Sabia que ainda estava muito cedo para Usher usar seu único steal que sobrava, então já estava conformada quando Brandon disse adeus ao The Voice. O meu consolo é que a vaga foi para uma pessoa talentosa como Shawna.
Cáthia x Mary Miranda: Antes de Las Seis – Shakira
Shakira, em uma decisão, segundo Usher, extremamente narcisista, escolheu uma de suas músicas em espanhol para o duelo entre as latinas. Não conhecia essa música de Shakira, mas gostei bastante. Achei a disputa bem nivelada, sem nenhuma vencedora clara. Pessoalmente, prefiro Cáthia. Acho que ela tem um alcance vocal maior e é mais simpática (não consigo ver onde está esse carisma todo que Shakira diz que Mary tem), mas não me opus a escolha de Mary como vencedora. Estou curiosa para vê-la cantando algo em inglês e que não seja uma balada para me decidir se gosto ou não de Mary. Até agora suas apresentações foram um pouco parecidas, então espero poder ver um outro lado dela. Também será interessante ver Cáthia no time de Usher, já que ela tem aquela presença de palco e teatralidade que ele tanto admira. Assim, acho que os dois vão se dar bem juntos.
Team Usher
Jessica Childress x Vedo: Locked Out of Heaven – Bruno Mars
Ainda estou em luto por uma das minhas cantoras favoritas ter se despedido tão cedo. Eu tinha certeza de que Usher levaria Jessica adiante na competição, e achei que a escolha de Vedo como o seu parceiro confirmava as minhas suspeitas. Para a minha surpresa, Vedo derrotou a Miss Simpatia do The Voice na sua batalha. Achei que o cantor evoluiu muito desde a sua audição às cegas e fez um ótimo trabalho com a música de Bruno Mars. Mesmo assim, ainda acho que entre os dois, Jessica merecia mais. O mais triste foi ver que, assim como Erin Willet na segunda temporada, Vedo perdeu um ente muito querido entre as blinds e a batalha. Vamos ver se, assim como a ex-participante do Team Blake, Vedo consegue construir uma história dentro do programa apesar do momento ruim que está vivendo. Mesmo lamentando muito a saída de Jessica, não tem como não torcer para que ele consiga.
Orlando Dixon x Ryan Innes: Ain’t No Sunshine – Bill Withers
Talvez para compensar as más escolhas da semana passada, essa combinação de Usher (tanto de artistas quanto da música) foi simplesmente perfeita. Ryan parecia que tinha nascido para cantar essa música, e dava para ver seu coração partido em mil pedaços enquanto ele cantava os versos. Orlando também me surpreendeu muito. Achei que ele fosse ser engolido pelo vozeirão de Ryan, mas não foi isso que aconteceu. Os dois batalharam de igual para igual, tornando mais difícil a decisão de Usher. No final, Ryan foi o escolhido, mas Orlando também teve a chance de continuar ao ser roubado por Adam. Não acredito que Orlando seja o artista que Adam tenha planejado usar seu último steal a princípio, mas acho que ele mereceu a chance que recebeu. Orlando é outro daqueles artistas carismáticos e simpáticos que, só por isso, já garantem a nossa torcida (a família dele também é uma figura, sempre me divirto com ela).
Uma das artistas mais aguardadas por mim acabou perdida no meio de uma montagem. A batalha do Team Usher que não foi ao ar foi entre Michelle Chamuel e Chelsea M, com vitória da querida nerd.
Team Blake
Jacqui Sandell x Savannah Berry: Little White Church – Little Big Town
O Team Blake só teve uma batalha mostrada e esta foi mais um passo no caminho do cantor de formar o seu pequeno exército country. Savannah é uma das armas secretas do time, então não acreditei em nenhum momento que Jacqui conseguiria roubar o seu lugar nos knockouts. Acho que o steal de Adam talvez fosse melhor utilizado em alguém com um timbre diferente como Jacqui, que é aquele tipo de cantora de voz marcante e bem reconhecível. Mas, como ele optou por aumentar a diversidade de seu time com alguém mais voltado para o R&B como Orlando, Jacqui foi eliminada.
O Team Blake também fez parte da montagem com a batalha entre Justin Withers e as Morgan Twins. Das batalhas que foram cortadas, essa foi a que eu mais lamentei não ter visto. Queria saber o que o Justin fez para conseguir vencer a harmonia das irmãs gêmeas. Só pela surpresa no resultado, essa era uma batalha que merecia ter sido mostrada. Infelizmente, os editores do programa não concordaram comigo.
Posição final dos times e previsões para os knockouts:
Team Adam: Amber Carrington, Judith Hill, Warren Stone, Caroline Glaser, Sarah Simmons, Midas Whale, Orlando Dixon e Amy Whitcomb.
Ainda acho o time de Adam o mais sólido e diversificado da competição. O líder do Maroon 5 tem duas candidatas fortíssimas para vencer a quarta temporada: Judith Hill e Sarah Simmons. Assim, acho muito difícil que uma das duas não avance para os live shows. Para as duas vagas restantes, eu aposto em Midas Whale e Caroline Glaser.
Team Shakira: Tawnia Reynolds, Garret Gardner, Karina Iglesias, Sasha Allen, Monique Abbadie, Kris Thomas, Shawna P e Mary Miranda.
O Team Shakira também está bem interessante, embora seja um pouco carente de um fan favorite. Não vejo nenhum de seus cantores causando o burburinho que os favoritos dos outros times são capazes de criar. Por essa razão, acho que as quatro vagas dos live do Team Shakira são as mais difíceis de prever. O meu palpite é: Sasha Allen, Monique Abbadie, Kris Thomas e Mary Miranda avançando. Talvez Karina ou Shawna sejam capazes de roubar a vaga de um destes artistas, mas ainda acho que os quatro listados tem mais chances que elas.
Team Usher: Audrey Karrasch, Josiah Howley, Jess Kellner, Vedo, Ryan Innes, Michelle Chamuel, C. Perkins e Cáthia.
O Team Usher é outra incógnita. Só não acho que seja tão difícil de prever quanto o da Shakira por ter mais cantores descartáveis. Minhas apostas para as quatro vagas dos live são: Ryan Innes, Michelle Chamuel, Cáthia e Vedo, sendo que os dois primeiros são os meus favoritos do time.
Team Blake: Holly Tucker, The Swon Brothers, Danielle Bradbery, Grace Askew, Taylor Beckham, Savannah Berry, Justin Withers e Luke Edgemon.
Acho mesmo que Blake esse ano não terá vergonha de formar um time totalmente country. Assim, por mais que eu quisesse ver Luke avançando na competição, não acredito que ele tenha muita chance. Ignorando minha preferência pessoal e tentando pensar como Shelton, vejo estes como os escolhidos: Holly Tucker, Savannah Berry, Grace Askew e The Swon Brothers. Assim como Luke, acho bem seguro dizer que o outro steal de Blake, Taylor Beckham, será eliminada nos knockouts. Danielle pode roubar uma das duas vagas que ainda são incertas (as duas certas para mim seriam a de Holly e de Savannah, que acho quase impossível de serem eliminadas), mas acho que ela pode perder em uma tentativa de Blake de diversificar pelo menos um pouco o seu time.
Agora é a vez de vocês! Quais são os seus favoritos? Quais serão os 16 sortudos que avançarão para os live shows? Deixem seus comentários e até a próxima!
