Já tivemos episódios medianos, mas este, na minha opinião, foi o pior episódio da série desde seu piloto. Uma pena, considerando que a premiere agradou a quase totalidade de fãs, e, logo em Sick, nossas altas expectativas caíram por terra. Estou aqui pensando em apontar pontos positivos, mas, me digam, alguma coisa se salva nesse episódio?
Pra começar, vamos falar dos tais prisioneiros. Viver quase um ano dentro de quatro paredes? Por um momento achei que estava vendo Big Brother. Poxa. Ok, vamos considerar que isso tudo realmente aconteceu, mas convenhamos que é forçar demais, mesmo pros padrões de The Walking Dead. Mas o pior não é isso, mas sim o fato de terem jogado esses novos personagens na série de forma tão bruta como os retiraram. Até parece que os prisioneiros eram zumbis, tamanha a rapidez com que foram eliminados.
Os nervos estão à flor da pele, eu sei, mas já cansou essa coisa de matar todo mundo que encontra, sendo zumbi ou não. Toda as vezes em que o grupo encontrou alguém ainda vivo, o final não foi dos melhores. A única exceção é o povo da fazenda. E aí que entra aquele velho paradigma da série de não conseguir explorar as relações entre os vivos. Eu ficaria desconfiado, tá certo, mas sairia dando pulinhos se alguém me tirasse de uma prisão (literalmente) depois de tanto tempo. Essa animosidade é compreensível, mas é exagerada.
Eis então que o grupo comandado por Rick deu seu jeitinho com os novatos. Só sobrou aqueles dois, que acredito ainda terem chance de voltar algum dia. E, se me senti mal episódio passado por desejar que o filho de Lori e Shane (risos) nascesse zumbi e infectasse a mãe, nesse me senti mal por glorificar o prisioneiro cabeludo que jogou o walker em cima de Rick. Pena que o personagem é o único que nunca é mordido, ou arranhado ou qualquer coisa do tipo. Só outros, claro, menos importantes, que levam arranhões a torto e direito e mordidas de zumbis que se fingem de morto.
No final das contas, apesar de não gostar de Rick, reconheço que a série tem sua essência nele e nem imagino The Walking Dead sem ele. Agora, em consideração, bem que poderiam levar Lori de brinde pra lá dos comedores de humanos. Ela salvou o Hershel, e acho que essa foi a única coisa decente que ela fez em toda a série, mas ainda assim nos presenteou com a cena mais tosca do episódio, dividida, como sempre, com Carl, que deu mais uma crise de Carlota.
Outro ponto um tanto quanto estranho foi Carol querendo se tornar uma cirurgiã. Tenho certeza que depois que o mundo for salvo ela vai fazer residência no Seatle Grace Hospital. A questão é: o quanto ela pode aprender cortando a zumbi de caçarola? Espero que não o suficiente para manter Lori viva. Tirando isso, me agrada o enfoque maior nessa personagem e sua mudança de atitude. Começo até a esperançar que T-Dog (tão avulso que na review passada chamei ele de T.J. e só me toquei hoje) tenha algum mísero plot daqui algumas temporadas.
Pontos positivos? Sim! Maggie de novo and over and over again. Ela conseguiu emocionar, algo em que TWD não é exatamente perita. A despedida e quase anseio pela morte do pai foram de cortar o coração e realmente interessantes. Ela tem toda razão, afinal, se Hershel já tinha a desvantagem da idade, imagine agora sem a perna. Será alvo fácil e não deverá durar muito tempo na série.
Agora, se tem uma coisa que vai demorar muito, é justamente a série. A audiência vem quebrando todos os recordes da tv a cabo americana e tudo indica que TWD vai longe, só não sei por quanto eu irei acompanhá-la, caso mantenha os padrões de qualidade desse episódio. Vamos torcer para o próximo ser melhor, e se considerarmos a promo abaixo, ele tem tudo para efetivamente ser.
Você também não gostou do episódio? Deixe seu comentário e me dê a felicidade que o episódio não me deu.
