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True Blood – 4×01 She’s Not There

Por: em 29 de junho de 2011

True Blood – 4×01 She’s Not There

Por: em

Acredito que a premiere da 4ª temporada de True Blood dividirá opiniões. Eu gostei do resultado, não em 100%, porém, considero uma boa estréia depois de uma temporada muito criticada pelos fãs. Mas apesar de ter gostado, entendo aqueles que não curtiram as mudanças que ocorrerem com quase todas as personagens. Foram tantas novidades que talvez seja demais para o público assimilar (ou engolir, se preferir este verbo).

De início, preciso dizer que aquele mundo das fadas onde Sookie esteve com o avô é uma das coisas mais bregas da face da terra. Fico pasmo com a HBO que, corajosamente, exibiu aquilo. Na hora, me lembrei daquele campo de golfe que chamavam de céu na novela A Viagem, da Globo (se recordam?). Lembro que assistia e achava lindo, mas claro, na época eu tinha uns oito ou nove anos, um rapaz sem bom senso e que morria de medo do Guilherme Fontes fazendo papel de espírito do mal. Pois bem, do cenário de True Blood para o céu do folhetim global basta apenas um pulinho. Talvez um pulinho bem menor que aquele que Sookie deu para fugir das “fadas más”, uma das cenas mais divertidas (um pouco tosca, eu sei, mas com mais ação). Aliás, fadas más femininas e masculinas, pois homem também é chamado de fada (eu poderia escrever o que estou pensando agora, mas prefiro não polemizar).

De volta ao fim do mundo, ou melhor dizendo, à Bon Temps (na minha cabeça, aquele lugar é o fim do mundo, ok?), Sookie percebe que seu sumiço de poucas horas no mundo alternativo de Fringe das fadas durou um ano em tempos normais e que neste período muita coisa mudou. A começar por seu irmão Jason, que passou de taradão da série para policial responsável e de bigodinho. Eu gostei do up da personagem e acredito que os produtores acertaram em fazer com que Jason amadurecesse. Foram três temporadas fazendo papel de bobão. Era engraçado, mas às vezes cansava um pouco. Agora é diferente. Ele protege a cidade. Ele é que não deixa Andy se drogar com sangue de vampiro. Ele é o cara que ajuda aos meninos e meninas daquela comunidade da mulher pantera (ou pelo menos ajudava, pois vai saber o que acontecerá agora que as crianças o prenderam).

Outra mudança radical ocorreu em Tara. De coitada/enganada/chorona para lutadora, lésbica e cheia de si. Bom, fico me perguntando se ela é realmente lésbica ou se aquela relação com sua colega de luta não passa de uma brincadeirinha. Digo isso, pois na TV, inclusive em séries, é cada vez mais comum esse tipo de história. Para aqueles que não agüentavam mais a personagem sempre como a vitima e injustiçada da turma, provavelmente os novos rumos dela agradarão. Eu fiquei esperançoso por vê-la aparentemente bem, um tanto sombria, mas muito mais segura. Lembro que na 1ª temporada, Tara era debochada e isso se perdeu com o tempo. Espero que ela recupere um pouco desse lado.

Lafayette… Bom, sei que ele é muito querido pelos fãs, mas a meu ver, ele tem sido a personagem mais sem graça. Eu não agüento a maior parte das cenas de bruxaria, apesar de que nesta premiere suas sequências foram um pouco mais tensas, ao contrário do ano passado onde eu quase dormia quando ele se juntava com Jesus, seu namorado estranho. Eles nem combinam! Não conheço todos os casais gays de séries, mas entre os que conheço, Lafayette e Jesus são os que menos combinam.

Já com Jessica a história é outra. Adoro o casal Jessica e Hoyt. Os dois são engraçados até quando brigam. E gosto ainda mais dela sozinha, dançando na boate e flertando com desconhecidos. Pois o casal é bonitinho e tal, todos adoram, mas a Jessica bitch e que mata caminhoneiros é ainda mais interessante. Simplesmente amo! Quanto mais bitch melhor. Quero vê-la rasgando muitos pescocinhos nesta temporada.

Sam: Ele nunca foi um dos meus favoritos. A personagem não estraga, mas também não faz diferença em True Blood (da 3ª temporada para cá, pois nos dois primeiros anos ele foi importantíssimo para a série). O problema é que depois da descoberta de sua família e seu relacionamento com Tommy, seus plots ficaram desinteressantes. E agora, no grupo de ajuda onde todos são metamorfos, não me parece que vai melhorar. E pegando carona em Sam, temos seu irmão vivendo com Maxine, a mãe de Hoyt. Estou esperando por uma explicação nos próximos episódios (até agora não faz sentido).

E para finalizar, chegamos ao núcleo principal. Bill cortou o cabelo e está até mais jovial. Já viram uma foto do ator com 25 anos? Ele era tão velho quanto agora. Cortar o cabelo fez bem ao protagonista. Pensamos que ele voltaria correndo para ficar com Sookie, mas agora que é Rei e, pelo que deu a entender, tem um casinho com aquela moça que não me recordo nome e profissão (quem se importa?), ele nem liga para ela (ou finge não ligar). Como ele passou de “Zé Vampiro” para Rei? Mistério. Eric esteve ótimo em todas as cenas, principalmente na que intimida Sookie. Um casal que talvez (e finalmente) possa se desenrolar. Desde a 2ª temporada torço para que a (sa)fada dê uma chance ao vampiro/empresário/pagador de seus impostos/e agora dono da casa dela. Eric já pegou até mesmo o vampiro afetado (digamos “a esposa”) do Russell Edgington. Um sacrifício e tanto. Acho que ele merece estar com Sookie. E desta vez, fora de um daqueles sonhos eróticos causados pelo sangue de vampiro.

Esta premiere se parece muito com o primeiro episódio da série, pois ambos demonstram potencial para uma boa temporada (ao contrário das outras premieres, que foram mais arrastadas). Só fico pensando se esse monte de criaturas mágicas não está descaracterizando True Blood. No início, eram apenas os vampiros inseridos em Louisiana, onde 85% da população é negra. A idéia era falar sobre preconceito utilizando a imagem destes seres (certo?). Depois entraram Maryann, os lobisomens, as fadas e por fim, as bruxas. Será que não é fantasia demais para uma série que se propunha a mais que isso? Por enquanto está bom, mas paremos por aqui, não é mesmo? Se continuar assim, em breve teremos a Caipora no elenco.

Ps. Pam esteve, como sempre, maravilhosa. Só tem um problema: Ela precisa de uma história só dela.

Ps2.: A Rainha Sophie-Ann foi assassinada por Bill? Deve ter sido. Uma pena, adoro a Evan Rachel Wood.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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