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True Blood – 5×03 Whatever I Am, You Made Me

Por: em 28 de junho de 2012

True Blood – 5×03 Whatever I Am, You Made Me

Por: em

A quinta temporada de True Blood continua sem nos decepcionar. Chegou perto, mas não decepcionou. Esse não foi um episódio ruim, longe disso. Só que também não teve nenhum momento extremamente marcante ou empolgante. O nível de qualidade desta temporada ainda está muito bom. Após um episódio sensacional como Authority Always Wins, é natural o nível não ser mantido. Tivemos algumas surpresas agradáveis e somente uma desagradável, que guardarei para o final (sempre gostei de deixar as más notícias por último).

No campo das surpresas agradáveis: Steve Newlin é “o novo Nan Flanagan” (o cargo dela não tinha nome? Achei muito engraçado quando o Roman se referiu a ele dessa forma). Eles já tinham dado a dica com a entrevista dele na televisão no último episódio mas eu não tinha captado. Realmente não esperava vê-lo inserido neste ambiente da Autoridade, ou pelo menos não tão cedo. Segundo Salome, esse foi o objetivo de transformá-lo em vampiro: sua posição de prestígio dentro da Fellowship of the Sun e o seu poder de influenciar as massas. Vendo por este lado, combina muito colocá-lo nesse papel. Acho até que ele será bem melhor que a própria Nan, que nunca teve o carisma necessário para convencer os humanos a aceitarem os vampiros. O diálogo entre Steve e Roman foi ótimo, com Steve falando sobre como a humanidade é fraca e precisa acreditar em alguma coisa, funcionando sempre à base do medo, e Roman sendo nosso advogado de defesa.

Bill e Eric, após serem poupados pelo Conselho (achei estranho eles voltarem a essa discussão no início deste episódio, pelo que eu me lembrava isso já tinha sido decidido no final do anterior), foram encontrar a especialista em tecnologia da Autoridade, chamada Molly (Tina Majorino). A cena foi bem divertida, afinal fomos apresentados ao iStake (muito apropriado esse nome), uma mini estaca pronta para ser ativada – via aplicativo, obviamente – a qualquer sinal de rebeldia. Aquilo não me pareceu muito seguro. Sabemos que aplicativos nunca são muito confiáveis, então boa sorte aos nossos queridos vampiros (que são muito bonitos para virar gosma, segundo as palavras da própria Molly). Uma curiosidade: a Molly é interpretada pela mesma atriz que fazia a Mac, de Veronica Mars. Essa menina tem tanta cara de nerd da informática assim? Ou é só coincidência ela ter sido escalada novamente para este tipo de papel? Reflitam.

O membro da Autoridade que teve mais destaque nesse episódio foi Salome. Descobrimos que ela é uma vampira bem antiga, já que faz parte da Bíblia dos humanos. Foi interessante a interação entre ela e Bill na qual eles fazem um paralelo entre o que realmente aconteceu na vida dela e como isso foi colocado na Bíblia. Roman lhe deu a incumbência de descobrir se Eric e Bill eram confiáveis. Assim, ela chamou ambos para uma conversa (um de cada vez, que fique bem claro) que acabou evoluindo para algo mais. Não entendi muito bem essa estratégia de interrogatório dela, mas tenho certeza de que eles gostaram bem mais do que a prata intravenosa. Através do sexo, ela consegui chegar à conclusão que nenhum dos dois é Sanguinista. Será que os Sanguinistas são circuncidados ou tem alguma outra característica peculiar nas partes íntimas? Um dos muitos mistérios de True Blood. Só sei que está virando rotina estes dois compartilhando conquistas.

Pam continua em sua jornada melancólica. Espero que ela esteja se alimentando bem, porque ela tem perdido sangue demais, chorando há três semanas. Tivemos mais flashbacks de 1905. Muita gente havia reclamado que estes flashbacks estão meio aleatórios na série, sem conexão com o resto da trama. No entanto achei bem apropriado, com a preocupação dela com o Eric e por ter acabado de criar Tara, que ela fique revisitando estas lembranças. Após o primeiro encontro que tiveram na rua, vemos Eric no bordel escolhendo uma acompanhante para a noite. Como era de se esperar, ele escolhe Pam. Era bem óbvio desde o início da série que eles já tinham se envolvido romanticamente, mas resta saber quanto tempo isso durou. Meu palpite é que tenha terminado logo após a transformação de Pam, já que vimos como Eric respeita o vínculo entre um vampiro e o seu criador. Pam mais uma vez se mostrou uma mulher decidida, praticamente forçando o nórdico a transformá-la. Achei que essa história condiz bastante com a personalidade da personagem.

E a parte inusitada dos flashbacks dessa semana: os vampiros que estavam aterrorizando o bordel de Pam eram Bill e sua criadora bitch, Lorena. Assim, não foi só a história de como Pam foi transformada, mas também de como Bill e Eric se conheceram. Foi bom ver Lorena novamente, assim como sempre é legal descobrir um pouco mais da fase negra do Bill, ajuda a quebrar um pouco da nobreza excessiva do personagem. Às vezes eu sinto pena do Sr. Compton, já que, dos vampiros principais da série, ele é o único que não tem uma relação saudável com quem o transformou. Se bem que isso talvez mude agora que temos uma nova vampira entre os principais.

O que nos leva a ela: Tara. Eu sei que é chato e repetitivo ficar falando mal da personagem toda semana, então ficarão felizes em saber que essa semana nem tenho muito do que reclamar. Agora, vamos combinar que ela não mudou nada, não é? Continua a “boa” e velha Tara, só que agora com presas. E se eu disse que não tenho muito o que reclamar dela é porque simplesmente adorei as cenas no Merlotte’s. Lembrou muito a primeira temporada, quando metade da ação acontecia nesse bar. Assim, foi muito bom ver todo mundo reunido lá novamente. A Sookie ainda voltou a trabalhar! Há quando tempo não víamos isso? Falando nela, ela finalmente criou coragem (com um pequeno empurrão de Tara) para contar a verdade a Alcide. Concordo com tudo que ele falou e fiquei com muita dó após ver como ele ficou magoado (e o Joe Manganiello mandou muito bem! fiquei impressionada).

E isso encerra mais uma semana. E vocês, gostaram do que viram? Também estavam com saudade do Merlotte’s?

A quote dessa semana é uma escolha bem pessoal, já que acho que ninguém mais prestou atenção. Mas, como a review é minha, eu decido e pronto (brincadeira, leitores queridos, a opinião de vocês sempre é bem-vinda). É uma frase da Salome que traduz bem porque eu gosto tanto do Bill:

“Your heart. You still let it rule you. A rare quality amongst our kind. We’ve become so jaded, we celebrate our own cynicism”

P.S.: Nossa, quase esqueci da má notícia! Então, é o seguinte: Jessica encontrou um novo personagem que tinha um cheiro maravilhoso. E foi isso. Pode parecer bobeira, mas é o retorno de uma trama que eu realmente queria que ficasse enterrada.

 


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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