Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

True Blood – 5×09 Everybody Wants to Rule the World

Por: em 11 de agosto de 2012

True Blood – 5×09 Everybody Wants to Rule the World

Por: em

Obrigada, Lilith, pela graça que nos foi concedida. Isso sim é um episódio de True Blood. A hora foi eletrizante, engraçada, violenta, e tudo o mais que poderíamos esperar. Além dos diversos acontecimentos e conclusão de várias tramas, ainda tivemos tempo para descobrir coisas relevantes como: Lafayette está de cílios postiços novos; vampiros não fazem o número 2; o Alcide gosta de Wallflowers; o pai de Newlin era um maluco obcecado por Deus; os Obamas usam as máscaras para esconderem suas identidades (obrigada pelo esclarecimento, Jason!); etc e tal. Brincadeiras à parte, nesse momento sou uma fã muitíssimo satisfeita.

A empolgação é tanta que não sei por onde começar. Acho que devo dar crédito àquela trama que mais me surpreendeu: o grupo de ódio dos Obamas. Desde o início da temporada venho ressaltando a Autoridade como o ponto alto. No entanto, essa trama começou pequena e tomou proporções surpreendentes. E quem diria que uma história não relacionada aos vampiros (pelos menos não diretamente) poderia ser tão legal?

Sookie solicitou os serviços do médium mais famoso de Bon Temps para ajudá-la com o espírito de Warlow que a atacou no banheiro. Só que os 100 dólares não foram bem gastos, já que Lafayette não é como a Whoopi Goldberg em Ghost (só se veste como ela), e não tem tanto controle sobre o seu poder. Aqui cabe um parêntese: estou amando Lafayette novamente. O que foi ele falando para os espíritos que ele não era Gmail? Hilário. Embora não tenha conseguido se conectar com Warlow, Lafayette acabou encontrando a avó de Sookie, o que os levou a descobrir que havia sido o Xerife Dearborne quem encontrou os corpos dos pais de Sookie após o ataque.

Enquanto isso, Andy e Jason continuavam a investigação do grupo de ódio, agravada agora pelo sequestro de Hoyt. E, tendo em vista que Jessica não sentia mais a presença do ex, a urgência do caso se tornou ainda maior. Através de vídeos na internet, nos quais o grupo cometia atrocidades como queimar um vampiro à luz do dia, os policiais viram que os Obamas se espelhavam no famoso grupo racista Ku Klux Klan. E, semelhante ao Klan, o Dragão ao qual se referiam é a pessoa de nível mais alto dentro da hierarquia local (para a decepção de Jason que achou que se tratava de dragões de verdade). Depois de um competente trabalho investigativo (coisa incomum para Andy e Jason), eles também são levados ao Xerife Dearborne, após identificá-lo em um dos vídeos (o que só foi possível porque ele usava as botas que ganhou quando se aposentou).

Achei muito interessante como essas duas histórias se entrelaçaram de forma tão natural. Nesse episódio, True Blood apresentou uma preocupação com o roteiro que não é comum na série (o que é triste de admitir, mas não deixa de ser verdade). Tivemos explicações até para o fato de Jason saber que a esposa do Xerife tinha uma fazendo de porcos (ele foi aluno dela). Na verdade a amante de Dearborne, Sweetie (Jennifer Hasty), era o Dragão e comandava o grupo com o objetivo de eliminar todos os seres sobrenaturais de Bon Temps (movida por um trauma de seu passado, no qual foi trocada por uma sobrenatural). E a conclusão desta história, com Sam e Luna conseguindo sua vingança, foi perfeita.

A trama dos vampiros também foi muito boa. Após vermos que a destruição das fábricas de Tru Blood se iniciou com a explosão daquela que era responsável por grande parte da produção, acompanhamos os esforços de Eric e Molly em fugir da Autoridade. Para quem não sabia o porquê de eles simplesmente não sairem dali, Molly explicou: foi estabelecido um protocolo que impede a saída de qualquer um sem o aval de Nora e Salome, que eram as únicas capazes de liberar o acesso. Assim, Eric fica com a fácil missão de conseguir o sangue de Nora e recorre a Bill para conseguir o de Salome.

Pode ter parecido uma má ideia após termos testemunhado Bill sugerindo a destruição das fábricas de Tru Blood, mas entendo Eric. O nórdico ainda não havia se convencido de que Bill estivesse realmente ao lado dos Sanguinistas, afinal ele sempre foi muito mais a favor da convivência pacífica entre vampiros e humanos do que o próprio Eric. E o suspense foi mantido até o final, já que na cena em que Bill está no quarto de Salome não fica claro em nenhum momento a decisão que ele tomará. Embora ele tenha tomado o sangue de Salome e visto Lillith novamente (ou seja, seu raciocínio estava prejudicado), as cenas nas quais ele se dá conta de que já tem o sangue de Salome nas presas indicavam que ele talvez o usasse para ajudá-los em sua fuga.

Como pudemos ver, Bill caiu na conversa mole de Salome de ser o Adão escolhido para repovoar a terra de vampiros e capturou Molly e Eric no momento da fuga. Triste é pensar que, agora que Eric finalmente decidiu confiar em alguém, seu julgamento se mostrou completamente equivocado. E o mais surpreendente disso tudo: em sua conversa com Bill, nem apelar para o nome de Sookie foi capaz de prevenir a traição final. Seria esse o fim do bromance tão lindo desenvolvido entre os dois? Acredito que sim.

Enquanto isso, Pam e Tara tiveram que lidar com um bar cheio de vampiros desesperados pelo sangue sintético e com o novo xerife que surgiu para tomar o antigo lugar de Eric. Na review passada reclamei que queria vê-las fora do ambiente do Fangtasia para variar. Mas, agora que a ação foi ao encontro delas com a introdução deste novo vampiro Elijah (Keram Malicki-Sánchez), acredito que isso será o suficiente para agitar as coisas no bar.

Você sabe que um episódio foi bom quando nem os lobos conseguem incomodar. Agora que Alcide é um lobo solitário, tivemos um pequeno flashback no qual conhecemos o seu pai, interpretado pelo ator Robert Patrick. Fiquei curiosa para saber como o pai de Alcide perdeu a liderança da alcateia. Também gosto do ator que escolheram para o papel, então fiquei satisfeita com esta adição. Além disso, a única outra coisa capaz de salvar esta trama dos lobos, aconteceu: finalmente colocaram Russell indo cobrar favores em troca de seu sangue. Eu só não imaginava que a coitada da Emma que iria pagar o pato. Espero que Steve cuide bem de seu novo animal de estimação.

Concluindo o ritmo frenético do episódio, outra trama que teve seu encerramento foi a de Terry e Patrick. Após o sequestro de Arlene, Terry se viu obrigado a matar Patrick, conseguindo se livrar da maldição do Ifrit. Não gosto muito desta história de sangue por sangue, dente por dente, ou coisa parecida. Violência gera violência e Terry sabe disso como ninguém. Mas, como ele disse anteriormente, a ânsia por sobrevivência ressalta o pior das pessoas e, embora ele tivesse escolha, o bem-estar da sua família acabou falando mais alto. E foi bom ver como essa decisão foi difícil para Terry.

Se os três episódios restantes seguirem o ritmo deste, é seguro dizer que esta temporada deixará saudades. Embora tenham ocorrido alguns problemas, como a morte de um dos personagens mais promissores, o saldo até agora é bem positivo. E, para instigar ainda mais a nossa curiosidade, a HBO liberou uma promo com cenas dos três episódios finais:

E vocês, acharam este episódio tão empolgante quanto eu? O quão relevante foi para as suas vidas descobrir que vampiros não vão ao banheiro? Deixem seus comentários!

A quote da semana é para celebrar a volta de Lafayette, melhor do que nunca:

“I ain’t Gmail for dead bitches, send your own God Damn messages.” – Lafayette

 


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

×