Este episódio foi como levar uma injeção: ninguém gosta, é chato ir ao hospital, dói, mas é necessário. Tudo isso porque ele foi todo sobre a Comunidade da Fênix, aquele hiper suspeito grupo que o Daniel se uniu para tentar esquecer a Molly. Foi sofrível, mas ainda bem que eles sumiram.
Daniel está tão influenciado pelo grupo que fala sobre ele em entrevistas e tenta convencer as pessoas de que a comunidade é algo que está lhe fazendo bem, mesmo que esteja afastando sua família e todos os que realmente se importam com ele. Assistindo a entrevista de Daniel para o Suzuki, fiquei com a impressão de a série estar tirando uma com a Madonna e sua tão (mal) falada Cabala. Afinal, a Diva Pop falava da Cabala em tudo quanto é lugar e ninguém parecia muito interessado em ouvir o que ela tinha a dizer.
A influência do grupo sobre o editor da Mode era tão grande que a comunidade participava das reuniões de pauta. Quando Daniel acata a sugestão de Bennett, eu quis morrer.
“Betty, os piratas não matavam pessoas?”
Sério mesmo que esse foi o argumento para não usar piratas no tema “Fearless” (sem medo)? Eu achei a ideia da Betty meio boba, apesar de passar um dado interessante – o fato de os piratas das Bahamas terem mulheres em sua tripulação.
A Natalie, que há alguns episódios parecia estar mancomunada com o grande líder da Fênix, mostrou ser apenas uma ‘laranja’, uma pessoa perdida na vida cuja única função é levar e trazer informações. Ou dinheiro. No caso, ela foi a responsável por levar Daniel para o mal caminho e fazer com que ele “doe” uma grande quantidade de verdinhas para a comunidade.
Betty e Claire sempre fizeram uma ótima dupla e a adição de Amanda foi maravilhosa (e o cabelo da loira estava lindo também). A secretária vem tendo ótimas cenas e a personagem está crescendo muito. Tem como não rir com Amanda e Claire se abraçando na reunião de luto e a Amanda desabafando que não liga para o fato de Claire ter matado sua mãe, só esperava que ela fizesse isso depois das duas se conhecerem?
A única coisa que eu achei incoerente: depois de Bennett estar drogando Daniel, de Claire tê-lo ameaçado… ele vai embora como se nada tivesse acontecido?
E mesmo que, a princípio, eu tenha sido contra a ideia de Amanda e Matt juntos, começo a visualizar um belo casal. Eles jogando Wii e Amanda preferir tirar Matt da cadeia a ir salvar Daniel mostrou um lado da Amanda que tinha sido deixado de lado: a menina doce e romântica, mas determinada a fazer tudo por seu amor (principalmente usando o cartão de crédito alheio). Meu único medo é Matt estar apenas usando a Amanda para fazer o trabalho dele, como Marc alertou.
Outro arco que terminou foi o da Nico. Wilhelmina desempregada (e ainda indo para a Mode, até encontrarem um substituto para ela – só não sei como isso vai ser, já que Claire vai atrás do filho que deixou para a adoção) e usando aqueles horríveis sapatos Crocs, restou para Marc tentar colocar um pouco de juízo na cabeça da nossa vilã preferida.
“Estamos falando de sapatos confortáveis, o mundo ficou maluco?”
Até Marc se rendeu ao conforto dos Crocs. Só justificável porque ele descobriu todo o esquema de Nico e denunciou-a para a Willy, que não perdeu o rebolado e deixou a isca para a filha morder. Claro que Nico se empolgou com o banquete e puxou demais a linha… acabou morrendo pela boca.
Agora que os dois arcos da primeira parte da temporada foram encerrados, será que os roteiristas serão brilhantes o suficiente para nos deixar ansiosos por novos episódios? Teremos mais duas semanas de Ugly Betty e depois, só em fevereiro.