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White Collar 2×14 e 2×15 – Payback e Power Play

Por: em 7 de março de 2011

White Collar 2×14 e 2×15 – Payback e Power Play

Por: em

Terça feira agora, dia 08/03, White Collar encerrará sua excelente 2ª Temporada e, certamente, nos deixará meses a fio ansiando, debatendo e teorizando como se desenrolará seu 3º ano. Enquanto a tão esperada finale não chega, vamos debater os ótimos ‘Payback’ e ‘Power Play’, que na prática, acabaram se completando. O primeiro se mostrou mais meio filler –trouxe um caso isolado, mas serviu para desenvolver uma ideia, que viria a ser aperfeiçoada no segundo, que também voltou a usar a velha fórmula da série, de mesclar um caso do dia com sua cada vez mais intrigante trama central. Minha curiosidade para a season finale é gigantesca e a ansiedade então… Mas, como falamos de White Collar, me permito deixar as expectativas elevadas, porque certamente elas serão superadas.

O maior mérito de ‘Payback’ não foi criar tensão, trazer um antigo inimigo de Neal de volta e nem um caso da semana interessante. Em um mar de fillers, White Collar conseguiu destacar tal episódio por trazer um aprofundamento gritante na relação entre os seus protagonistas. Há algum tempo que já pode-se perceber que Neal e Peter deixaram de ser oficial-vigarista e passaram a desenvolver uma relação de coleguismo, que já evoluiu para uma amizade. É seguro dizer, hoje, que Neal é o melhor amigo de Peter e que os dois já partilham de uma confiança que, ao início da série, parecia impossível que existiria. Foi um processo lento, gradual e muito bem feito. Quando eu dei por mim, o relacionamento entre os dois já estava assim e isso não me incomodou ou soou forçado. Ponto gigantesco para a série.

A narrativa do episódio foi muito bem feita. Mesmo eu sabendo que Peter realmente seria solto, consegui ficar tão tenso quanto Neal, Diana ou Elizabeth. A inversão de papéis foi muito bem feita e devo dizer que Caffrey  combinou muito com o papel de agente do FBI. Seria uma possível pista para o final do jovem na série? Nem quero pensar nisso, pois espero que esse final ainda demore a acontecer. White Collar tem lenha pra queimar por uns 2 anos ainda. Elizabeth mostrou-se ótima. A personagem geralmente serve para alívio cômico, por isso é ótimo ver que, quando o roteiro exige uma interpretração mais dramática, a atriz consegue dar conta do recado de maneira excelente.

Outro ponto interessante foi o modo de abordagem da relação de Neal e Kate. A cena em que Caffrey narra para Mozzie sobre como planejava pedir a moça em casamento e como imaginava ver seus filhos brincando na fonte do parque foi muito bonita. O gesto do Neal, em ceder o anel (que, convenhamos, era muito simbólico pra ele) para evitar que o Peter fosse morto é mais um ponto que confirma a evolução da amizade entre os dois, que eu citei acima. Contudo, não acho, em momento algum, que Neal tenha superado Kate, como o episódio tentou colocar. Pra mim, ele mergulhou num auto engano. Devolver o anel ao Peter para que ele o levasse de volta de onde havia saído foi a maneira mais segura que Caffrey encontrou de se manter afastado da lembrança de Kate. Lembrança que certamente ainda o atormenta.

Interessante saber, também, que um grande rival de Neal está solto pela cidade. Acredito que uma trama com o Keller tenha sido guardada para a 3ª temporada. Um embate entre os dois golpistas certamente é algo que a série não perderia a chance de mostrar e eu tenho certeza de que o cara ainda vai dar uma dor de cabeça ao Neal e ao FBI. Mal posso esperar para ver.

E se em ‘Payback’ a inversão de papéis entre Peter e Neal foi apenas pincelada, em ‘Power Play’ ela saiu do plano de fundo e passou a ser o tema principal do episódio, o que além de continuar com o aperfeiçoamento da ideia de Neal como agente do FBI, foi muito divertido de se assistir. O diferencial na maneira de se abordar a trama nesse episódio é que, além de podemos ver Neal como agente do FBI, tivemos a chance de ver Peter na pele de um golpista, pelo menos por algumas horas. E a diferença foi clara, como a fala do Burke para o Caffrey fez questão de falar ao final do episódio.

– Você se adaptou bem mais rápido ao meu mundo do que eu ao seu.

Peter não nasceu pra ser um golpista e o desconforto dele enquanto exercia esse papel prova isso. Mas Neal parece ter todo um tom de agente. Os últimos episódios mostraram isso claramente e esse só reforçou a ideia. Dava pra ver o sorriso no rosto dele ao exibir o distintivo. Ele estava feliz em exercer aquela posição. E se ao ver ‘Payback’ eu achei que veríamos Caffrey como agente perto do series finale da série, depois de ‘Power Play’ acho que veremos isso bem mais cedo do que esperamos. As cenas do rapaz se passando por Peter ao lado de Elizabeth foram o alívio cômico do episódio. Dava pra descontrair um pouco da tensão que o caso criou.

Acho que eu posso estar viajando ou dando atenção demais a uma cena, mas também fiquei com a impressão de que esse episódio veio para introduzir a Sara em uma possível trama para a terceira temporada da série. Não sei se todo mundo já sabe, mas a Hilarie Burton foi promovida ao elenco fixo da série, e com isso, Sara estará em todos os episódios da próxima season. Aquela conversa dela com o Neal sobre a irmã que desapareceu me deixou com uma impressão de mal concluída. Acredito que veremos isso sendo trabalhado mais adiante, assim como a relação da jovem e Neal. A cena em que Mozzie flagrou os dois chegando aos ‘finalmente’ foi ótima.

Embora o caso dos apagões e do contrabado de energia tenha sido muito bem desenvolvido, ele acabou não sendo o mais importante do episódio, devido não só a inversão Peter-Neal, mas também ao desenvolvimento que a trama de Vincent Adler voltou a apresentar. Quanto mais eu penso, mais confuso eu fico. Não dá pra formular teoria nenhuma por enquanto; só enxergar a série montando o quebra-cabeça, pedaço por pedaço. Agora, tivemos a Alex inclusa na história, como neta e única herdeira do homem que Adler (e também Neal e Sara) procurava. Quero muito saber o envolvimento que a garota terá na season finale.

E então… preparados pro final de temporada? Eu mal posso esperar.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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