Quando On The Fence acabou, eu estava tão atônito que fui procurar informações sobre a summer finale. Achava que tinham desistido de exibi-la semana que vem e esse episódio já era ela. Ele teve cara, ritmo, cliffhanger… Tudo de uma summer finale de White Collar. Mas o final dessa primeira metade da temporada só é mesmo no 3×10 e eu nem preciso dizer que, depois do que vi aqui, as expectativas estão nas alturas! Já pensei e confabulei sobre o que pode acontecer, mas agora já estou mais tranquilo, esperando ansiosamente que os dias passem rápido…
O Neal se enrola cada vez mais na teia que ele próprio criou e dessa vez a situação é mais complicada. Não se resume mais somente a fugir com o tesouro ou entregá-lo ao FBI, mas sim a fazer uma escolha entre seu parceiro de uma vida inteira, o Mozzie, ou aquele que lhe estendeu a mão quando ele precisou e desde então não saiu ao seu lado, o Peter. A cena que encerrou esse episódio foi sensacional por ser o momento em que o Neal se vê obrigado a confessar que mentiu pro Moz, coisa que ele – provavelmente – ainda não havia feito.
Falando no Moz, o recorte que os produtores deram ao personagem mudou um pouco nesses últimos episódios. Ele deixou de ser o alívio cômico e assumiu uma postura decidida, firme, até mesmo meio dark. Eu me assustei quando ele pagou pra que o cara matasse o Keller. Foi uma forma de mostrar que ele tá realmente disposto a tudo pra fugir com a arte do submarino e começar uma vida nova longe de todos. Posso estar enganado, mas eu vejo isso como um indício de um possível rompimento futuro na amizade entre os dois. Ainda bem que a gente ainda tem a Elizabeth pra nos fazer rir… (sensacional a conversa dela e do Peter ao telefone e a comemoração silenciosa dela por não ter que ir a um jantar/festa/whatever)
O retorno do Keller foi outra grata surpresa. Desde que o personagem desapareceu no mundo lá em Payback, eu fiquei me perguntando se algum dia o trariam de volta e acredito que os produtores escolheram o momento mais adequado para isso. As cenas dele com o Neal foram ótimas e ficou claro só pelo olhar dele que ele ainda quer se livrar do Caffrey. Parece que é uma carta que os produtores estão guardando na manga para usar futuramente. Keller é interessante, manipulador e ainda pode render muito.
A participação da Eliza Dushku foi ótima. Raquel é uma personagem interessante e que, se for usada mais vezes, pode beneficiar a série. A química com o Neal estava no lugar certo, as sequências foram movimentadas, o roteiro conseguiu encaixá-la sem problemas e sem precisar forçar… Como White Collar é uma série com um elenco afiado e bem entrosado, é complicado pra um guest conseguir brilhar, mas a Eliza compôs a Raquel de maneira eficaz e eu fico até na torcida para um retorno – e quem sabe até um contrato fixo em uma próxima temporada.
A única coisa que eu achei bizarra no episódio foi a atitude da Sara de entregar tão fácil assim o IP pro Keller. Ok que ela não sabia que ele queria o Neal morto, mas mesmo assim, entregar de mão beijada o cara que ela gosta pra um agente não me parece o tipo de coisa que ela faria. Ela tá mexida, tá chateada, descobriu do tesouro… Mas ainda assim, o gesto não me convenceu.
Semana que vem é o summer finale… E eu juro que nem quero pensar em como vai ser esse hiatus!
