Na reta final da temporada, White Collar trouxe mais um episódio bem elaborado. Em Pulling Strings, Sara e Neal trabalharam juntos em busca de um Stradivarius desaparecido. Como não poderia deixar de ser, faíscas rolaram pra todos os lados. E esse nem foi o único desafio que Neal teve que enfrentar, já que o agente Kramer, mentor de Peter, está de volta. Além disso, a missão ofereceu a Neal um vislumbre de um tipo diferente de vida que poderia ter. A conversa inicial entre Neal e Mozzie deixou claro que o consultor do FBI tem muitas dúvidas sobre o que fazer da sua vida pós julgamento. Isso, claro, contando com a possibilidade de viver sem tornozeleira.
Em meio ao caso da semana e os desafios pro futuro de Neal, dois plots super interessantes. Primeiro o noivado de Diana, com todos os receios de um casamento. E como White Collar é fantástica: nada de abordar medos e inseguranças por ser um casamento entre duas mulheres. Assim como deve ser, as preocupações são as mesmas de qualquer casal hétero, deixando claro que não há diferenças nas dificuldades. Ou pelo menos não deveria haver dificuldades a mais apenas pela opção sexual. Ri litros do Neal se convidando pras festividades. Tadinho, por mais que tente aparentar auto suficiência, o moço é muito carente. Quem mais gostaria de uma despedida de solteiro organizada por ele?
No caso da semana, Neal, Jones e Diana foram designados para ajudar Sara a provar que seu chefe estava envolvido no furto de um violino famoso, o que obrigou a consultor a trabalhar mais uma vez ao lado da ex-namorada. Eu tinha suspeitas de que Sara soubesse que Neal não tem mais o tesouro. A moça é bem conectada e poderia ter ouvido algo a respeito. Suspeitas confirmadas. Mas Sara não parece estar tão disposta a esquecer uma mentira tão facilmente quanto Peter. Uma aproximação aqui, outra ali, um pouco de ciúme do Neal e só. Como pode um casal produzir faíscas e ainda tem tão pouca química? Matt Bomer é um ótimo ator, desde que o roteiro não inclua beijos e cenas calientes.
O segundo plot interessante envolveu Peter. As cenas em família na casa do Burke foram um grande alívio cômico, função primordial de El e Mozzie, que ganharam coadjuvantes de luxo. Não é novidade pra ninguém que Elizabeth sempre foi o calcanhar de Aquiles do Peter. Quer dizer, até conhecermos o sogro, um psiquiatra, um homem aterrorizador nas palavras de Neal, que soube traduzir os sentimentos do agente do FBI. Quem consegue ficar sério ao assistir Peter narrando, praticamente em pânico, todos os momentos em que a esposa e a sogra “somem”, deixando ele sozinho com o sogro? E o que dizer do cachorro usando um suéter? Por outro lado, alguém mais teve medo daquela boneca? Eu não deixaria minha filha olhar pra ela nem na vitrine de uma loja! Mozzie conquista a todos e ainda ajuda nas boas idéias, amei o presente da El!
O roteiro de White Collar é daqueles que se prendem nos mínimos detalhes e não deixam pontas soltas. A liberdade não vigiada de Neal oferece um leque enorme de possibilidades, especialmente diante de um homem tão inclinado a seguir uma vida normal e sem grandes golpes. Será o mentor de Peter responsável por impedir essa virada? O caminho será difícil e acho que Krumer percebeu isso quando amigavelmente não conseguiu informações negativas de Neal através de Jones ou Diana. Seria uma ameaça implícita o suficiente pra abalar a lealdade da moça? Eu tenho minhas dúvidas. Quer o que está por vir? Confira o promo de Stealing Home, o 15° episódio de White Collar, que ao ar no dia 21.02.2012:
É isso aí: contagem regressiva meus queridos. Faltam apenas dois episódios para mais um sequência de meses angustiantes de abstinência. O episódio final, entitulado “Judgment Day”, promete fortes emoções. Agora é a sua vez e compartilhar impressões. Capriche nos comentários!
