O terceiro episódio de Wilfred me deixou um pouco confusa quanto à linha de tempo do seriado. Esta foi a continuação da história do primeiro episódio, e confesso que eu me atrapalho com essas coisas. Spencer, o vizinho, dando continuidade ao “assalto” à sua casa somente agora… porque ele não fez isso antes? Mas sei que tenho que abstrair esse tipo de coisa pra curtir seriados, então…
O episódio começou com um sonho estranho de Ryan, no qual ele está no porão com Wilfred e a maconha roubada de Spencer. Ryan está com medo do vizinho e coisas bizarras acontecem, como o relógio andar rápido demais ou o dente dele simplesmente sair na sua mão. Wilfred solta a frase “Isso não deveria acontecer até mais tarde”, o que me deu a sensação de que o seriado está se tornando cada vez mais alucinante e psicodélico e não apenas mais uma simples comédia, o que me parece bem legal.
Em Fear, o objetivo de Wilfred foi mostrar a Ryan que é melhor levar um soco na cara do que passar o resto da vida se escondendo com medo. Ele diz a Ryan que esse é um presente de verdade para ele e conta que plantou a carteira do humano embaixo da janela de Spencer no dia da “invasão”. Mas Ryan não quer aceitar isso de cara e acaba numa situação chata com o vizinho, que é um viciado em pornô extremamente sem-noção.
Dei muita risada com o momento “cachorro de verdade” de Wilfred nesta semana, que foi provocado pela caneta-laser de Spencer. E também da sua retórica canina: “Por que o céu é cinza? Porque a grama é cinza? Por que o arco-íris é cinza, cinza, cinza, cinza e infra-cinza?”. Bom, ao menos ele nos deu a certeza de que cachorros são sim daltônicos.
Estranho mesmo foi Jesse, o amigo/inimigo de Spencer e os dois se reconciliarem tão rapidamente. Nesse momento Ryan pensou que estaria livre do vizinho nojento, mas então ele chega em casa e agora tem dois nojentos no seu sofá.
É aí que Ryan entende a lição de Wilfred e decide enfrentar a briga com Spencer, na qual perde um dente. Aquele do começo. E o cachorro ainda diz a Ryan exatamente o que falar a Jesse. Com alguns exageros, é claro, mas esse é o toque humorístico do momento. É justamente Wilfred nas suas misturas de cenas humanas filosofantes com cenas cômicas caninas que faz com que eu ria todas as semanas.
