Sensacional! Essa palavra simplesmente descreve Wilfred (US), e o episódio desta semana comprovou isso apenas mais uma vez. Justamente quando o público achava que não poderiam inventar alguma coisa mais louca (e melhor), temos a exibição de “Perspective”. Isso apenas ensina uma lição para quem assiste a série: nunca, em hipótese alguma, ache que a criatividade destes roteiristas acabou, pois algo melhor pode estar vindo…
Diante do cliffhanger do episódio passado, restou a dúvida se o confronto entre Ryan e seu pai era real. Felizmente (mas não tanto para o protagonista) tudo aconteceu e, perante a insistência de sua irmã, Ryan vai fazer terapia. Mas, para tentar superar seus problemas com o pai, ele teria que “reviver” algumas memórias de seu passado. Tudo envolvendo isso foi simplesmente genial, até porque a série nunca erra quando precisa se aventurar pela mente perturbada de Ryan (destaque para o episódio 2×11 – Questions, que, de certa forma, é semelhante a este).
Esses flashbacks mostrados são excelentes e o fato do indivíduo estar tentando evitá-los é uma ideia fantástica, pois proporcionou cenas inesquecíveis e que, com toda certeza, estão entre as melhores da série. Claro, era óbvio que em algum momento Ryan enfrentaria seu medo, mas isso não estraga nem um pouco o episódio. Outro ponto previsível foi que veríamos alguma cena mais emocional de seu pai e podíamos facilmente adivinhar que, perto do final, o veríamos chorar, mas isso era algo que deveria acontecer e que novamente não estraga a experiência.
Preciso dizer que o cão Wilfred estava ainda melhor em “Perspective”? A imaginação do protagonista provocou momentos memoráveis, com destaque para o Wilfred branco. Sem contar a primorosa cena em que supostamente vemos ele prestes a entrar em uma nave alienígena. Simplesmente hilário! Também vale frisar o retorno do desenho em que o cachorro aparece, pois em certos momentos até achei que veríamos alguma resposta, mas aí lembrei qual série estava vendo e percebi que alguma loucura logo aconteceria e isso seria deixado de lado. Isto poderia ter prejudicado o seriado, mas a forma que os roteiristas contornaram a situação a deixou ilesa (assim como nas outras vezes que evitaram respostas).
O único ponto negativo diante de toda essa qualidade é que duvido muito que a série conseguirá mante-la no próximo episódio. Não que vão apresentar alguma coisa ruim, mas tentarei ao menos abaixar um pouco as expectativas para não me decepcionar. Porém, como TUDO em Wilfred (US) é imprevisível, vai que somos presenteados com um episódio ainda melhor? Pois criatividade é o que não falta para essa turma!
Considerações finais:
-Ironicamente, este episódio foi o com menos audiência da série inteira (0.2 na demo). Vamos apenas torcer para que isso não cause nenhuma notícia ruim…
-Parece que Ryan dará outra chance ao seu pai e vermos essa evolução pode ser interessante, mas tenho a estranha sensação que o cachorro estragará tudo em algum ponto.
Frase do episódio: O quão estranho era dirigir ruas que eu conhecia tão bem. Que perspectiva diferente.
– Suzanne Vega
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