A sensação que tenho é a de que mesmo antes quando não se tinha toda a tecnologia disponível como agora o governo controlava nossos passos. É claro que depois da II Guerra Mundial e da Guerra Fria ninguém imaginou que o mundo viveria um ataque orquestrado como foi o de 11/09. E diante da ameaça no ar a população se consola no fato de estar sendo vigiada, ainda que isso signifique uma restrição à sua privacidade.
Essa semana li uma entrevista numa revista de grande circulação no país em que um advogado diz achar um absurdo ter que passar um por detector de metal no Fórum em São Paulo. O que ele não parou pra pensar é que se um dia alguém entrar no Fórum armado e cometer um massacre, a culpa do crime recairia em cima do Estado que não tinha medidas para proteger as pessoas. Então, a preocupação deste advogado e de outras pessoas é apenas no atraso que essas medidas de segurança podem causar ou com as câmeras filmando e não com a segurança das pessoas. Em outras palavras: é um mal necessário.
Mas esses questionamentos são naturais. E com a tecnologia evoluindo a cada dia não fica muito difícil acreditar na trama de Person Of Interest. Uma máquina capaz de anteceder os fatos é uma das coisas que o homem ainda não conseguiu inventar, mas que não deve estar muito longe.
Desta vez se tratava de uma criminosa, uma médica que queria vingar a morte da irmã que foi estuprada por um homem e depois cometeu suicídio. O bom desta série é que as coisas acontecem paralelamente ao caso principal. Enquanto Reese tentava descobrir a relação da médica com Andrew, Fusco era ameaçado por uma gangue e Carter seguia as pistas que tinha para encontrar o “homem de terno”.
Fiquei intrigada apenas com a visita de Carter à Finch. Aquela casa era dele mesmo ou ele planejou? Finch é muito misterioso, não sabemos nada ainda sobre sua vida, como se feriu, nem mesmo como construiu a máquina ou por quê. Mas para um início estamos bem.
Reese conseguiu convencer a médica a não matar, livrou Fusco de uma roubada e de quebra deu um jeito de colocá-lo trabalhando com Carter. Isso é o que chamo de uma trama bem desenvolvida. Se ao menos o ritmo não fosse tão lento, o episódio teria sido perfeito.
Melhor cena do episódio: Reese e Andrew sentados numa mesa com uma arma. Eu não sei dizer o que foi melhor, se a interpretação do Jim Caviezel ou o diálogo, só sei que foi a melhor cena.
A série, como venho dizendo nas minhas reviews, é muito boa. Meu único problema é com o ritmo e em como a trama pode ser esquemática as vezes. Mas fora isso, mais um bom episódio.
P.S: John é um homem de várias habilidades, né? E ao mesmo tempo ele parece tão inofensivo….
P.S2: Achei que a Jéssica fosse aparecer novamente. To curiosa pra saber o que aconteceu com ela.
