Algumas pessoas estão dizendo (em tom de brincadeira) que Ringer será a versão 2.0 de A Usurpadora. A meu ver, a comparação não é negativa, pois convenhamos: Por mais brega que seja, A Usurpadora (novela mexicana preferida do tio Silvio Santos) é um clássico. E digo isso sem exageros.
Ringer é uma das três estréias da CW para a fall season. Provavelmente a única que mereça créditos pré-estréia. As outras duas, The Secret Circle e Hart Of Dixie, não parecem ser muito diferentes do que algumas outras séries do canal: Tudo muito bonitinho, mas ordinário. Já Ringer, através de sua promo, demonstra ser um pouco mais densa, elegante e sofisticada, misturando drama, ação, mistério e assassinatos. Um perfil parecido com a proposta de Nikita, outra que não tem o perfil do canal, mas que tem se mostrado uma das (se não a melhor) produção da CW nesses últimos meses.
A sinopse de Ringer: Bridget Cafferty (Sarah Michelle Gellar, a Buffy da série Buffy – The Vampire Slayer) é uma prostituta e ex-álcoolatra que trabalhava em um clube gerenciado pela máfia. Após presenciar um assassinato, ela passa a ser a única testemunha capaz de incriminar um dos chefões. Com medo, Bridget foge antes de testemunhar no tribunal, permitindo que o assassino fique livre e, consequentemente, possa ir atrás dela. A partir desta fuga, a ex-garota de programa torna-se o alvo número 1 dos bandidos.
Sua melhor alternativa até então é pedir auxilio a sua irmã gêmea Siobhan (Gellar), em Hampton. As duas estão afastadas há anos e poucas pessoas sabem deste parentesco. Ela é casada com Andrew (Ian Gruffudd), um rico empresário que passa a maior parte do tempo viajando, e apesar de toda riqueza que a cerca, não é uma mulher feliz. Basicamente aquela velha história: O dinheiro não traz felicidade. Durante um passeio a barco, Siobhan desaparece, supostamente após se afogar durante a noite. Bridget aproveita a oportunidade para tomar seu lugar. Usurpando outra identidade poderá se esconder da máfia com mais facilidade.
A partir da tragédia (que por fim torna-se uma oportunidade de fuga), Bridget terá uma nova vida, um marido não digno de confiança, um amante escritor e que também é casado (Kristoffer Polaha, o Baze de Life Unexpected) e muito, muito dinheiro. Porém, o que ela não sabia é que Siobhan também é uma mulher procurada. Não se sabe por quem, mas aparentemente por criminosos ainda mais perigosos, fazendo da vida de Bridget um verdadeiro inferno, outra vez.
A premissa é, no mínimo, interessante. O elenco não é excepcional, mas Gellar merece atenção. Ela pode até não ser a melhor atriz, mas se esforça bastante. Lembro de ter assistindo “Veronika Decide Morrer”, filme chatissímo baseado na obra de mesmo nome do Paulo Coelho, e me surpreendi com a forma como ela se entregou ao papel da protagonista. A produção vale por ela. E no caso de Ringer, Gellar disse ter aceitado o papel devido à oportunidade de interpretar duas personagens tão diferentes, uma maneira de demonstrar sua versatilidade.
Ainda no elenco estão Tara Summers, de Damages, e Nestor Carbonell, o Richard de Lost (aquele que, sem explicação plausível, não envelhecia – mais uma das histórias mal contadas pela série). Os criadores de Ringer são Eric Charmelo e Nicole Snyder, ambos de Supernatural. Ringer seria, a principio, exibida pela CBS, que descartou a série por não se adequar ao perfil do canal. Portanto, quem está ansioso para assistir ao piloto agradeça a CW por resgatá-la.
Ringer será exibida as terças-feiras, no mesmo horário que New Girl, nova comédia da Fox que já comentamos aqui. As primeiras impressões da série vocês acompanham aqui no Apaixonados por Séries.