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Riverdale – 1×06 Chapter Six: Faster, Pussycats! Kill! Kill!

Por: em 5 de março de 2017

Riverdale – 1×06 Chapter Six: Faster, Pussycats! Kill! Kill!

Por: em

“Somos todos loucos. Mas não somos nossos pais, Betty. Não somos nossos familiares.” – Juggy

Cara, se tem uma série que sabe o que está fazendo é Riverdale. Nossa grata surpresa desta summer season entregou mais um episódio excelente nesta semana, mostrando que uma trama adolescente pode ter qualidade e camadas como qualquer outro drama. De uma maneira geral, o que vimos ser explorado desta vez foi a relação entre os jovens e os adultos, mostrando seus reflexos e diferenças de uma maneira bem brutal, se é que assim podemos colocar.

O que chama mais atenção, de muito longe, são os Cooper. Uma família destruída pela sede de vingança por atos cometidos em um passado que nem deveria mais importar. Enquanto temos que deixar os julgamentos de lado, já que não podemos colocar na balança o peso do passado para alguém, fica cada vez mais evidenciado um envolvimento maior dos pais de Betty no assassinato de Jason Blossom – ou é isso que o roteiro quer nos fazer pensar. Depois de descobrirmos das histórias do passado, finalmente tivemos a chance de visitar Polly, uma das peças fundamentais da trama, que acabou nos revelando uma outra versão do que teria acontecido naquele 4 de julho. Ao seu viés, ela e Jason fugiriam juntos naquele dia para criar o filho que a garota esperava.

E, por mais que a gente tenha colocado em dúvida a sanidade da garota, tamanha a má propagando que os Cooper fizeram, o carro estava lá. No meio da mata, do outro lado do rio, com as coisas de Jason e com droga. Fica cada vez mais difícil entender quem era Jason, o que ele estava fazendo, quais foram as circunstâncias da sua morte, mas o que toma mais força é o seu caminho nada “legal” com a venda de drogas que pode ter custado a sua vida. Seja como for, a descoberta do carro não era para ter acontecido, tanto que logo depois ele já estava em chamas, destruindo qualquer evidência que poderia ajudar a polícia a encontrar quem cometeu o crime. Estaria Polly envolvida nisso tentando preservar a imagem de Jason? Talvez. Nesse jogo de gato e rato que se desenha para a solução do mistério, a gente não pode deixar de citar a interação incrível de Juggy e Betty, totalmente inesperado, porém perfeita ao mesmo tempo. Quem já estou shippando?

Outra trama que ganhou destaque foi o relacionamento entre Hermione Lodge e Fred Andrews, respigando um pouco em seus respectivos filhos. Mesmo casada, as intenções de Hermione sempre foram um pouco obscuras. Ora ela demonstra um grande interesse, ora tenta manter a distância. Colocando na balança que eles já tiveram um flerte no passado, estava mais do que claro como que as coisas iriam andar. Apesar de tudo, é compreensível a reação explosiva de Veronica ao fazer a descoberta. Mesmo com o pai na cadeia, ela ainda sonha em ver sua família junta, custe o que custar – algo bem recorrente em jovens que encaram a “separação” dos pais. Tudo isso só toma contornos mais complicados com o lance da construtora ganhar a concorrência para a construção no local onde era o antigo drive-in, mesmo sem a assinatura fundamental da garota. Será que Veronica é capaz de ir longe demais, mesmo sabendo que está jogando contra o pai de Archie? Eu não sei, mas dessa garota a gente pode esperar absolutamente tudo.

Inclusive dar show no palco. Depois de se ver sendo desprezada por Archie (que erro, garoto), ela meteu as caras e virou uma das Pussycat. Particularmente, curto bastante esse envolvimento dos personagens com a música, que acaba sendo um excelente pano de fundo para diversas tramas. Tem como a gente não curtir Archie fazendo o Troy Bolton? Claro que não – inclusive estamos aqui tentando achar a música dele no Spotify. E falando nas meninas, finalmente vimos elas um pouco mais de perto, conhecendo mais de seus dramas pessoais, nem sempre aparente. A quantidade de preconceitos que vemos a prefeita despejando para a sua filha quando a mesma comenta que precisa de uma nova integrante chega a ser podre. É aí que vemos de onde vem algumas das coisas que enxergamos nas personalidades dos jovens. Ainda assim, mesmo com toda a ganância da mãe, Josie tem concentrada no pai todas as suas inseguranças, que só são confirmadas quando ele é completamente escroto durante sua apresentação. Deu dó, de verdade.

E o casal Archie e Valerie, que ninguém imaginava e já tão se pegando? Eu tô é entendendo nada dessa série quando o quesito é romance. A gente acha que vai rolar o óbvio, mas quando percebe, já tem outra galera se pegando – o que é ótimo, diga-se de passagem. Acreditem se quiser, mas já estamos indo para a metade da temporada. Confere o que vai rolar na semana que vem – centrado em Juggy – e, claro, deixa seu comentário por aqui!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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