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Riverdale – 1×10 Chapter Ten: The Lost Weekend

Por: em 19 de abril de 2017

Riverdale – 1×10 Chapter Ten: The Lost Weekend

Por: em

Agora que a gente já sabe que o Berlanti anda lendo minhas reviews, as coisas podem ficar um pouco mais fáceis.

“The Lost Weekend” é aquele tipo de episódio que dificilmente dá errado. Quando paramos para analisar ele de perto, quase todos os elementos de uma boa trama estão ali misturados: intriga, mistério e uma boa dose dramática. E, mais do que isso, adolescentes. É nisso que Riverdale precisa prestar atenção e investir, já que seu núcleo adulto, como já é de costume em muitas séries, geralmente nos leva mais ao tédio do que para qualquer outro lugar.

Jughead é o meu personagem preferido de muito longe. E juro para vocês que eu não estou seguindo uma modinha que se espalhou em meio aos fãs da série – ele realmente me chama atenção. Toda a sua construção baseada no esteriótipo de “cara esquisito” é perfeita: Jug não quer ascender, não quer um monte de amigos. Ele é feliz e grato com o que tem. A chega de Betty na sua vida é como um tsunami de novidades, que acaba fazendo com que ele coloque a prova sua própria convicção de felicidade, do que é real e do que ele pode estar inventando para se satisfazer – e talvez seja exatamente nesse ponto que ele complete tão bem a mais nova dos Cooper.

O comportamento de Betty merece nossa atenção. Apesar de ser demais ver ela tomando a frente e defendendo Ethel, o que, por si só, seria completamente justificável, não podemos negar que há algo de errado ali. Seu descontrole já tinha chamado atenção na cena da jacuzzi lá do começo da temporada e, agora, volta aos holofotes mais uma vez. Apesar de passar a imagem de “garota perfeita”, exatamente o oposto de Jug, ela tem camadas muito mais profundas e complicadas do que uma simples análise pode qualificar. E conhecê-la, seja ao lado de Jug ou sozinha, será uma das boas tramas que Riverdale tem para contar no seu caminho.

Uma coisa que me chama bastante atenção é que, sutilmente, alguns assuntos bem complicados são expostos. Um bom exemplo disso é o relacionamento parental nada saudável de Veronica e Hiram. Se eu já desconfiava das boas intenções do patriarca Lodge, depois deste episódio, só aumentei as minhas certezas. Ameaçar a liberdade de Hermione para conseguir a atenção da filha foi baixo demais, um golpe que é difícil de suportar. Quando nos vemos sendo colocados a prova pelos nossos próprios pais, é uma sensação muito diferente da normal, as vezes complicada demais até para explicar – acreditem, tenho conhecimento de causa. Por isso não julgo as escolhas de Veronica, nem o caminho que ela trilhará daqui para frente. Hiram não presta e disso temos certeza, mas seu envolvimento com o assassinato de Jason me parece um pouco óbvio demais. Se foi isso mesmo, a três episódios do final, já sabemos que ele contratou o pai de Jug para acabar com o garoto em represália ao não pagamento das contas dos Blossom com sua empresa. Mas será que a série pecaria em tamanha obviedade? Acho que não.

Talvez a gente nem se surpreenda de fato com a revelação de quem esteve por trás de tudo – e não duvidem que os próprios Blossom possam estar envolvidos, viu? -, mas entregar de mão beijada não me parece uma coisa que Berlanti faria. Seguindo nos desenvolvimentos do episódio, tivemos a oportunidade de tocar em uma trama que há muito se mantinha bem quietinha entre os panos de fundo da série: a separação dos pais de Archie. Achei tudo um pouco clichê demais nesse ponto? Uhum. Filho querendo que os pais retomem um relacionamento que não funciona, filho ligando bêbado para o pai, pai tentando fazer as vontades do filho. Já sabem o que vem depois, né? Nada de saudável sai de uma trama onde o elo de amor é mais fraco que o da obrigação: precisamos entender isso.

A parte boa é que esses problemas paternais acabaram aproximando Veronica e Archie em um dos pegas mais esperados da temporada. Shipo este casal e já estou na torcida para que ele tenha continuidade, porque está difícil do ruivo emplacar um relacionamento neste primeiro ano. Sobre a festa em si: Cheryl, querida, vem fazer uma visita aqui em casa no dia do meu aniversário, tô precisando de uma animação assim!

Alguns outros comentários:

  • Parabéns aos envolvidos naquele jogo que deixou a sala recheada de torta de climão. Foi tudo na melhor pegada de EU VOU IXPO ELA, nos dando aquela sensação de satisfação e vergonha alheia que só Casos de Família nos proporciona.
  • Esse bromance entre Archie e Jughead, ó: <3
  • Digo o mesmo para Veronica e Betty s2
  • Por sinal, Veronica, mulher, o que foi aquele break? Mostrou que tem sangue tupiniquim correndo nessas veias. Já tava vendo a hora que ela ia virar e falou: “Vocês acharam mesmo que eu não ia rebolar minha bunda hoje?”

 


Agora ficamos sem inédito por uma semana e retomamos a programação normal a partir do dia 27 de abril, com os últimos três episódios da temporada. Dá aquele confere no vídeo promocional do décimo primeiro episódio e depois deixa seu comentário aqui na review!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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