Single Point of Failure foi um episódio bem menos empolgante que o piloto. Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa, mas se a fórmula de Scorpion já demonstra um certo desgaste na segunda semana, é preciso bastante cuidado ao conduzir a trama, ou ela não terá vida longa.
Os laços familiares foram o tema da semana, começando pela relação entre Walter e a sua irmã, Megan. Desde criança, o pequeno gênio já demonstrava uma total falta de tato nas relações sociais, o que foi entendido como insubordinação na escola. Sua irmã era quem estava por perto para salva-lo dessas situações, e agora ele se sente impotente por não poder salva-la de uma doença degenerativa.
O caso do dia também teve tudo a ver com família. A filha do governador adoeceu repentinamente e nem o CCD foi capaz de descobrir o que havia de errado com a menina. Chamar a Scorpion para solucionar um caso de doença parecia a coisa mais ilógica do mundo, até ser revelada uma conexão entre a doença da garota e um computador hackeado.
Não demorou muito até que Walter concluísse que não apenas o computador havia sido hackeado, mas a própria filha do governador também, por uma doença feita “sob medida” para matá-la em 24 horas. A busca pelo responsável – e pela cura da menina – deu mais destaque a Sylvester (e seu pavor de germes), mas não empolgou.
Foi repetida a dinâmica de resolverem a situação sem grandes impedimentos, descobrirem um problema no meio do caminho e solucionarem tudo na última hora, mas dessa vez com muito menos adrenalina e com soluções bem mais óbvias, o que tornou o caso da semana bem menos interessante que o do piloto. Transmitir dados de um avião para uma Ferrari em alta velocidade através de um cabo é bem mais impactante que acender um isqueiro para salvar o governador de um super vírus letal.
A grande motivação do bioquímico por trás dos vírus “personalizados” era vingar a morte da sua filha, que faleceu por causa de uma doença que poderia ter sido combatida se as pesquisas da cura não tivessem sido interrompidas. Ele levou anos desenvolvendo um plano, foi desmascarado em menos de 24 horas e ainda teve que ouvir um sermão de Gallo, que usou seu próprio drama familiar para dar a lição de moral.
Como eles mesmos disseram, família expõe as vulnerabilidades de todo mundo, e certamente este episódio foi uma forma de apresentar o lado humano dos personagens através da sua relação com os entes queridos. As cenas de Walter com sua irmã (tanto no passado quanto no presente) funcionaram bem quanto a isso, mas as outras tentativas não foram tão bem sucedidas. Não consegui me importar com a ex de Toby e nem com a filha de Cabe. Apenas não rolou.
Algumas observações:
– Podiam ter achado um ator melhor pra interpretar o professor do Walter. Parecia um vilão de filme dos trapalhões.
– A menina que fez a Megan adolescente é a cara da Katharine McPhee, jurava que era uma versão mais nova da Paige!
– Aliás, acho que o Walter vê muito da Megan na Paige também. As duas sãos as únicas que conseguem entendê-lo e ajuda-lo a lidar com suas limitações de relacionamento interpessoal.
– O momento de fofura, claro, foi em uma cena com Ralph. O menino é inteligente demais para acreditar que a mãe tenha tantos conhecimentos em astronomia, mas valeu a intenção de Walter de estabelecer uma comunicação entre os dois.
O que achou do segundo episódio de Scorpion? Acha que a série tem futuro ou vai precisar de alguns ajustes para funcionar? Deixe seu comentário!
