Não sei como andam os fãs de Fringe, mas eu me senti órfã depois que a série acabou. Acho que todo mundo já experimentou aquele vazio depois que uma série muito querida acaba. Por isso foi uma grata surpresa quando conheci Orphan Black – série da BBC – já na segunda temporada, por indicação de uma amiga que também adorava Fringe.
Este é o meu papel aqui hoje, se você gostava de Fringe e ainda não preenche vazio deixado pela série, assista Orphan Black, pelo menos parte dele será aliviado. As duas séries apresentam universos de ficção científica que beiram o real, partiram de casos que são quase possíveis no nosso mundo. Tanto Fringe quanto Orphan Black tem atores que cativam os fãs que sempre pedem um Emmy a eles. John Noble não conseguiu sua indicação, mas este ano fomos agraciados com a indicação de Tatiana Maslany ao Emmy.
Fringe:
Criada pelo J.J. Abrams, Fringe tem personagens cativantes, Olivia Dunhan, Peter Bishop e Walter Bishop, o cientista louco, com frases desconcertante e pouco pudor, trabalhando lado a lado com Astrid, a fofa agente do FBI que a principio estava na série para ser aquela pessoa a quem todos explicam a parte científica, para o público entender.
No início Fringe era uma série de investigação, com casos da semana bem diferentes do normal, onde Walter era consultor do FBI para ajudar na solução. Estes casos eram investigados por Olivia, com a ajuda de Peter (filho do Walter) e de mais agentes do FBI. durante uma temporada vimos casos nojentos, interessantes e fomos apresentados a este universo onde expandiam a nossa realidade. No final da temporada muita coisa fez sentido e começamos a ter uma história central, mas ainda tinhas as pequenas histórias do caso da semana, e tudo se conectava nessa história, sobre o desenvolvimento da humanidade.
Era excelente ver casos da semana incomuns, acontecimentos que não podemos ver normalmente – e alguns até gostaria que acontecesse, ver como usavam a ciência para a história e para o desenvolvimento pessoal. Os personagens ganham histórias pessoais interessantes e passamos a amá-los, todos eles. E olha, temos participações mais do que especiais, que não citarei para evitar spoilers que estragariam a surpresa para quem ainda não viu.
Orphan Black:
Em Orphan Black, Sarah descobre de um jeito nada agradável que tem algumas clones. Logo no primeiro episódio ela tem que lidar com essa informação e nesse instante começam a desenvolver uma conspiração, que vai se desenvolvendo e aumentando com o tempo. Uma das críticas da terceira temporada, que se encerrou recentemente, foi o tamanho que essa conspiração tomou, mas sempre temos algumas respostas no meio do caminho. Além de Sarah, temos as clones Alison, Cosima e Helena, o irmão adotivo de Sarah, Felix e a mãe, Mr. S.
Tatiana desempenha seus muitos papeis com tamanha desenvoltura que as vezes não dá pra perceber que é a mesma atriz. Todas as clones tem personalidades tão diferentes que é impossível não gostar de cada uma delas. Seja a loucura da Helena, a bravura da Sarah, a mente aberta de Cosima e a protetora Alison. Os episódios são bem dinâmicos, vale a pena conferir!
Ao contrário de Fringe, Orphan Black tem uma única história que é desenvolvida na série, tem poucas (ou nenhuma) histórias paralelas. As vezes vemos alguma coisa da vida pessoal dos personagens, mas nada parecido com casos da semana, sempre mostrando como são afetadas por toda a história. A série tem uma afirmação de diversidade muito interessante. E quem não gosta de uma conspiração?
Fringe teve 5 temporadas, mais de 100 episódios, foi uma série que conseguiu mobilizar os seus fãs, mesmo que estes não fossem suficientes para manter a audiência que a FOX gostaria, e a série acabou movida para o horário famigerado de sexta-feira até ganhar a sua 5ª e final temporada. Orphan Black não luta com o cancelamento como aconteceu com Fringe, e ao contrário, sua audiência é constante e a base de fãs é forte. Orphan Black tem o número de episódios por temporada reduzidos, a terceira temporada acabou recentemente e já foi renovada para 4ª temporada.
