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Shadowhunters – 1×03 Dead Man’s Party

Por: em 28 de janeiro de 2016

Shadowhunters – 1×03 Dead Man’s Party

Por: em

Mesmo que com ainda com alguns erros, Dead Man’s Party foi o melhor episódio de Shadowhunters até aqui. Claro que dizer isso depois de dois capítulos um tanto quanto duvidosos não quer dizer muita coisa, mas a gente precisa comemorar as pequenas vitórias da vida, não é? A mitologia veio mais calma, a história não estava afobada até mesmo Katherine McNamara não me incomodou muito (vejam bem que eu disse que não incomodou muito, não que não incomodou de jeito nenhum). Sem tantos arroubos dramáticos, a personagem funcionou melhor do que correndo, gritando e fazendo caras e bocas.

Isabelle-shadowhunters

Contudo, o incômodo acabou ficando nas mãos de outra personagem: Isabelle. Evitei falar disso na review de semana passada porque queria ter certeza antes de externar minhas ressalvas, mas agora não tem jeito: Precisamos falar sobre a sexualização exacerbada que a personagem de Emeraude Tobia traz. Se é uma indicação da direção ou uma composição da própria atriz, não dá pra saber, mas é fato que as coisas estão um pouco acima do tom. Izzie é sim uma personagem que usa sua sensualidade e seu corpo como arma, mas as coisas estão um pouco exageradas. A personagem aparece o tempo todo dizendo frases sensuais, com um tom de perversão e roupas extremamente expostas (comparem com Clary e vejam a diferença). Eu li os livros, eu sei que Isabelle é sensual, mas não a esse ponto e essa abordagem só empobrece a personagem que tem tudo para ser uma das melhores da série.

É um presente ter uma personagem feminina em 2016 que possa usar seu corpo e sua sensualidade como bem quiser, mas acho que a produção precisa tomar um pouco de cuidado para não passar da conta e acabar transmitindo uma imagem errada de Izzie. Porque, tirando esses “detalhes”, seu desenvolvimento segue bem interessante e tô ansioso para que a série nos forneça mais do seu background, como fizeram essa semana com seu irmão, Alec.

alec-shadowhunters

O mais velho dos Lightwood continua sendo uma das figuras mais interessantes do show e agora, tivemos uma explicação (bem feita, vale elogiar) sobre o elo que ele e Jace compartilham. “Não existe nenhuma ligação humana que você conheça que se compare ao que eu e Alec temos.“, disse o loiro. A abordagem do elo parabatai era uma das coisas que eu mais tinha medo de ser mal feita (oi filme, estou olhando pra você), mas felizmente o roteiro foi feliz ao explanar sobre uma das coisas mais legais da mitologia criada por Clare. Se alguém ficou em dúvida: Parabatais são dois Caçadores de Sombras que escolheram compartilhar o elo mais puro e duradouro que a raça pode ter. Após a escolha, ambos participam de um ritual, são marcados com runas e, a partir daquele momento, estão ligados para a vida toda. São parceiros de batalhas, compartilham os sentimentos um do outro e conseguem sentir coisas que mais ninguém conseguiria. Em resumo, juram cuidar e proteger sempre um ao outro.

O que pode, então, explicar porque Alec é tão reticente ante a chegada de Clary. Desde que Jace chegou em sua vida e eles se tornaram parabatai, o Lightwood sempre cuidou e protegeu o irmão de criação mais do que a qualquer pessoa e deve ser desesperador para ele – também sempre tão responsável – ver seu parabatai arriscando a vida e muito mais por causa de uma garota que chegou ontem, sabe-se lá de onde. Mas é isso que parabatais fazem: Protegem uns aos outros mesmo quando acham que o parceiro pode estar errado e isso que Alec tem feito. Como o próprio Jace colocou: “Alec morreria por mim.” E é verdade. Só esperamos que não seja preciso algo mais grave acontecer para que o senhor perceba que está exagerando um pouco, não é, Jace?

E aqui, chegamos a outro ponto negativo dos episódios até aqui: A relação de Clary e Jace está pulando etapas. Em apenas 3 capítulos – o que dá cerca de 1 dia e algumas horas, acho -, eles já se tratam como quase namorados, trocando olhares, indiretas e uma confiança que não se constrói da noite pro dia. Dá pra entender o desespero de Clary, afinal ela não tem em quem confiar, mas alguma cautela seria bem vinda.

E eu tenho certeza que Simon concordaria comigo.

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Ele, que também vem se mostrando um dos grandes acertos da série, não teve tanto destaque essa semana. Preso no Hotel Dumont a mercê de Raphael e Camille (alguém mais aí leu os livros e também imaginava ela totalmente diferente?), o personagem não teve grandes desenvolvimentos, além de ser exposto ao mundo assustador das Crianças da Noite e trocar uns beijos com Camille. No fim das contas, o resgate acabou sendo menos resgaste do que esperado, já que Raphael entregou Simon de bom grado nas mãos de Jace e companhia. O que o vampiro mais charmoso do momento vai cobrar em trocar isso, teremos que esperar para saber. Pelo menos ganhamos aquela cena linda de Clary e Simon abraçados, em segurança. (Quer dizer, linda pra gente. Pro Simon, nem tanto. #StrayStrong)

Outros pensamentos aleatórios:

– Jace tem uma visão um tanto quanto depressiva sobre o amor. Mas sigo decepcionado com o personagem, que não tem 10% da ironia e do charme que o dos livros tem.

– Não achei lugar na resenha, mas vou falar aqui então: Tivemos também o acréscimo dos Seelies (qualquer ser meio anjo, meio demônio) à mitologia, na presença de Meliorn, o fada com quem Isabelle dormiu para conseguir descobrir a entrada pro Hotel Dumont.

– Tivemos também um princípio de treinamento de Clary no mundo das sombras. Além de aprender (de um jeito bem torto, é verdade) a usar lâmina serafim, Jace também fez com que ela treinasse melhor o seu dom da Visão, descortinando mais ainda o mundo que até ontem ela não sabia da existência.

– Cadê Magnus?

– Hodge ainda é só elemento figurativo.

– Percebam como o episódio flui melhor sem Luke, Jocelyn e todo o núcleo adulto.

– Izzie mandando Alec ser menos reprimido. Sacaram a dica?

– Demorei a responder os comentários na review passada, mas vou me comportar e responder direitinho agora!

– Raziel, nos ajude!

Comentem comigo o que acharam do episódio!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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