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Shadowhunters – 1×04 Raising Hell

Por: em 4 de fevereiro de 2016

Shadowhunters – 1×04 Raising Hell

Por: em

Um nome e um sobrenome: Magnus Bane. 

Finalmente o Alto Feiticeiro do Brookyln deu suas caras na série de uma maneira digna e, a despeito de uma construção um tanto quanto caricata da parte de Harry Shum Jr, o personagem conseguiu ser bem inserido no universo e foi o destaque de mais um bom episódio de Shadowhunters. Ainda não estamos no ideal, ainda não é o que eu esperava, mas eu já consigo ficar ansioso pela semana seguinte e acredito fortemente que este é um bom começo. (Claro que, aqui, precisamos levar em conta também o fato de que a Netflix estragou totalmente a forma de assistirmos série, porque eu agora estou acostumado a ter todos os episódios na minha mão no mesmo dia).

A mitologia já está calma, Valentine não parece mais tão canastra e mesmo Katherine McNamara apresentou uma boa evolução (a dica é deixar essa menina longe de qualquer cena que envolva gritos ou algo que exija muitas expressões faciais). Essa semana, então, o roteiro procurou focar em 3 frentes maiores: A apresentação de Magnus, as memórias de Clary e o desenvolvimento do drama pessoal de Alec, começado semana passada. De uma maneira mais contida, tivemos ainda desdobramentos interessantes para Simon e poucos momentos envolvendo o elenco adulto.

alec-shadowhunters

Começando por Alec, minha vontade foi de entrar no episódio durante quase todo o tempo, abraçá-lo e dizer que tudo vai ficar bem. Ele é meu personagem favorito nos livros e é com grande alívio que eu tenho recebido a composição que Matthew Daddario fez do Lightwood mais velho. Tem algo nos olhos de Matthew que fala muito bem sobre a essência de Alec. É um olhar um tanto quanto cansado, derrubado; de alguém que carrega o mundo nas suas costas e não sabe bem como se livrar disso. Todo o seu disfarce de preocupação quanto aos perigos que Clary os impunha e o cuidado exacerbado com Jace e Izzy caíram por terra no momento em que o Demônio Maior relevou que aquele que Alec mais ama… é Jace. Acho que, mesmo para quem não tinha conhecimento da história, isso não vem muito como uma surpresa. Ouvimos semana passada e ouvimos aqui novamente Izzy falar que o irmão deve ser menos reprimido e aí está a resposta: Alec não só não consegue lidar bem com sua sexualidade, como também leva o fardo de ser apaixonado por seu parabatai.

Como Jace vai se portar perante a isso é algo que estou curioso para ver desenvolvido no próximo episódio. A natureza do elo parabatai é linda, forte e íntima, mas diante do estado de transe que o loiro se encontra ante a presença de Clary, dá pra esperar qualquer tipo de reação de sua parte, mesmo para com seu parabatai.

Pelo menos, Alec agora ganhou um admirador: Magnus. Quem leu os livros (e na verdade, mesmo quem acompanhou a divulgação da série) já esperava por essa aproximação entre os dois (o ship Malec, como o fandom intitula) e gostei bastante da forma gradual que foi feita. Ok, o modo que o feiticeiro quase se jogou para cima do Caçador de Sombras não foi exatamente discreto, mas a maneira com que Alec correspondeu discretamente – e ainda ficou um tanto quanto desconcertado – foi bem bacana e meu coração já tá pronto para sorrir, chorar e sofrer pelo casal. Pareço um adolescente de 15 anos? Com certeza. Mas a gente tá nessa vida pra isso mesmo. Não me decepcione, Shadowhunters. 

Sobre Magnus em si, como eu disse no começo, achei Harry uns 2 tons acima, mas nada que tenha me incomodado de maneira gritante. Sua interação com Clary funcionou e as cenas de luta com os capangas de Valentine também, além de dois momentos/citações que só quem está por dentro de todo o universo de Clare pegou. (Comento ambas nas observações finais). Espero que ele tenha uma participação bem mais ativa de agora em diante.

clary-shadowhunters

Apreciem bem, porque esse momento pode demorar a se repetir: Hoje, eu não vou falar mal de Katherine ou de Clary. Pelo contrário. Tirando a cena do pesadelo que foi digna de Bella Swan, a menina conseguiu segurar bem a maioria absoluta das cenas em que apareceu e agiu com uma maturidade que eu não esperava ao confrontar Magnus ou destruir o Demônio Maior para salvar Jace. Claro, ainda há algo que me incomoda muito na rapidez que seu relacionamento de confiança com Jace se desenvolve, mas eu me coloco no lugar da garota e entendo que é mais uma coisa “Eu não tenho outra escolha” do que uma confiança que ela escolheu ter.  Não entendi muito bem se a cena final existiu apenas para nos mostrar que Valentine está de olho e atrás do Cálice ou se tem mais alguma coisa por trás daquele colar que a gente ainda não sabe.

Agora que suas memórias se foram para sempre, estou curioso para ver qual vai seu próximo passo, já que até agora essa era uma de suas prioridades. Claro que salvar Jocelyn ainda é preciso, mas sem a possibilidade de reaver as lembranças, qual o próximo ponto de partida? Difícil prever.

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Simon continua um ótimo personagem, ao menos no que diz respeito aos sinais de vampirismo que começaram a aparecer. A pequena irritação ao sol, o incômodo ao ver o sangue resultante do esbarrão de Maureen num porta-retrato e principalmente o modo quase carnívoro com o qual ele levou à boca o dedo molhado pelo líquido vermelho. Tudo indica que Camille e Raphael fizeram alguma coisa ao nerd e ele mesmo decidiu descobrir. Preciso falar o quanto ir ao Dumont novamente foi uma ideia idiota? Não, né? Quero muito ver como isso vai se desenrolar nos próximos episódios. Já podemos fazer um bolão sobre uma possível transformação? Aposto até o fim da temporada.

E, honestamente, essa história é bem melhor que o ciúme que ele sente por Clary. Sair daquele jeito do Instituto não foi legal, ainda mais depois da discussão aos berros com Jace. Fazendo um esforço, até dá pra entender o lado da preocupação de Simon com a amiga, mas no fundo a gente sabe que o principal motivo é o fato dele se sentir preterido por Jace e isso o impede de enxergar que, a despeito de tudo, o Instituto ainda é o lugar mais seguro para sua melhor amiga. Mas que atire a primeira pedra quem nunca meteu os pés na mão por amor. Ele e Alec podiam se juntar e formar o fã-clube oficial dos haters da aproximação Clace. Pelo menos, uma ligação e um pedido de desculpas já aconteceu. Vamos ver se, com tudo que está acontecendo em sua vida, ele consegue esquecer os sentimentos platônicos que nutre pela melhor amiga e se concentrar nas mudanças que estão por vir.

Outras observações:

– O colar que Magnus deu a Isabelle como “pagamento” por ter ajudado na luta tem um significado mais especial para quem leu As Peças Infernais, a série derivada de Instrumentos Mortais. O acessório tem ligação direta com Will Herondale, protagonista da trilogia. Outra citação ao mesmo universo foi o nome de Tessa, citado por Magnus na conversa com Elias. Mais do que isso, não posso falar por ser spoiler, mas vocês que também pegaram a referência: Eu sei o que estão sentido.

– A mãe do Simon parece legal. Quero vê-la mais vezes.

– Eu tive que me controlar para essa review não ser toda escrita com MALEC. MALEC. MALEC. MALEC.

– Morro de pena do Hodge toda vez que aquela runa queima.

– Pesado o lance do demônio e das memórias.

– Isabelle sempre ótima dando conselhos de moda.

– Dominic sem camisa: Pode mandar mais vezes, por favor.

E vocês, o que acharam do episódio? Acham que a série segue melhorando ou continuam decepcionados? Deixe seu comentário e até semana que vem! 

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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