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Shadowhunters – 1×05 Moo Shu to Go

Por: em 10 de fevereiro de 2016

Shadowhunters – 1×05 Moo Shu to Go

Por: em

Fazia um tempo que eu queria dar as caras por aqui. Meu amigo Alexandre, que ainda está aproveitando o feriado de Carnaval, foi quem me levou ao mundo criado por Cassandra Clare em Instrumentos Mortais e a espera por essa série foi uma das coisas mais agonizantes do último ano. Agora, depois de cinco episódios, já conseguimos identificar os pontos que funcionam bem e o que ainda precisa ser melhor trabalhado. “Moo Shu to Go” teve momentos bem agitados, mas se focou em explorar melhor o relacionamento nada fácil entre os parabatais Jace e Alec.

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Alec vem sendo uma das melhores coisas da série, de muito longe. Com uma personalidade problemática e muitos conflitos internos, o mais velho dos Lightwood vem passando por uns maus bocados. Depois de lidar com seus sentimentos por Jace perante todos os amigos na caça às memórias de Clary, tudo ficou meio estranho na relação entre os dois. Parte disso, claro, porque Alec não assume para si próprio que toda a preocupação e o amor pelo irmão acabaram atingindo níveis inesperados. Acho que não é spoiler para ninguém que o personagem é gay e que isso será explorado por meio da relação dele com Magnus – quem shippa Malec deve ter ficado bem feliz com a ligação que aconteceu no episódio, não é mesmo? -, fazendo de todo esse tormento inicial importante. Além de tudo, Alec é extremamente cobrado pela família como um exemplo para os demais. Seu vigor pelas regras acaba o taxando como rígido demais, mas ele não consegue ser diferente de tudo que aprendeu durante a vida. Exemplo claro disso: vejam como o personagem se acovardou perante as ordens da mãe, Maryse (que chegou e mostrou que pode ser sim mais insuportável do que é nos livros).

Foi Maryse inclusive que nos proporcionou uma interação até agora impensada: de Alec com Clary. Mesmo que forçosamente, esse momento precisava acontecer como algo derradeiro na relação dos dois. O estranhamento inicial se transformou em uma rivalidade que Clary não fez questão de mascarar: ela sabe sim que o garoto é apaixonado por Jace e parece não se preocupar nada com isso. Esse foi um dos momentos mais interessantes do episódio, pegando Alec completamente sem precaução e o deixando desnorteado por tempo suficiente para que tudo que acontecesse depois fosse um mar de problemas. A desenvoltura de Clary como shadowhunter é de se admirar. Para quem não conhecia nada desse mundo, ela lidou muito bem com o bastão, iratzes e afins, enquanto os problemas na atuação de Kat McNamara seguem firmes, porém menos incômodos. Ao lembrar da caixa que a mãe guardava com tanto esmero, Clary colocou um alvo em si e nos próprios amigos, já que era praticamente impossível que ninguém estivesse espreitando sua antiga casa para encontrá-la – a surpresa veio quando conhecemos os seus sequestradores.

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E por ser impulsiva, teimosa e todos esses adjetivos não muito legais de ostentar, Clary fez com que um clima muito pesado se instaurasse entre Alec e Jace. Na verdade, parte culpa dela, parte culpa de Alec que não assume o que sente. Esses conflitos são bastante problemáticos, principalmente em meio a uma relação parabatai, que precisa de extrema confiança e cumplicidade. O que eu espero, de verdade, é que a rixa dos dois seja colocada de lado e a amizade seja estabelecida novamente, já que esse é um dos elos mais importantes da série – mas que não serão momentos fáceis para os dois, isso pode apostar. Lá por Chernobyl (gente, sério, podíamos passar sem isso, né não? qual a necessidade de falar que Valentim tá lá…), vimos os primeiros experimentos do vilão Valentim em alguns humanos, tentando a transformação através das marcas combinadas com o “sangue” Seelie. Provavelmente esse será o primeiro de muitos testes que o veremos fazer, mas já é uma clara indicação de que seus planos para o Cálice não são nada favoráveis a raça mundana (ou qualquer outra raça, na real). Essa corrida pelo cálice é o que nos leva a conhecer todo o bando de lobos e sua ligação com um personagem cheio de potencial.

Há muito venho achando a participação de Luke pouco expressiva. Aparecendo em poucas cenas, ele não fazia nem seu trabalho como policial, nem protegia Clary, como tanto falava. Agora o personagem ganha novas cores. Batendo de frente com a matilha de Lobos do Broklin, Luke acabou derrotando o alfa, o que, por consequência, o torna líder daquele povo. Os lobos são parte importante da mitologia e, como vimos no episódio, estão tão atrás do cálice como todas as outras raças. Os Seelie, por exemplo, continuam bastante misteriosos com o lado da Guerra que vão aderir. Até agora vimos eles auxiliando a Valentim, depois lamentando a perda de alguns soldados. Se nem mesmo Izzy e seu charme conseguiram descobrir o que está rolando, quem somos nós para tentar, não é mesmo? No meio dessa bagunça toda, vimos que Simon vem desenvolvendo características nada comuns para um mundano, o que não passa de indícios fortes de que estamos prestes a ver sua transformação – não que alguém duvidasse disso. Ao contrário de muitos, acho o personagem um porre (assim como achei até o último livro) e ele vem fazendo seu papel de me irritar na série. Não me matem por esse comentário, por favor.

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Alguns outros pensamentos:
– Só eu venho achando os momentos Sizzie meio forçados? Tá que nos livros o negócio acontece meio de uma hora para outra, mas aqui na série praticamente estão querendo que a gente engula que os dois se sentem atraídos. Amigo, quem não se sentiria atraído por Izzie?
– Aos leitores de Cassandra, a tal caixa que Clary foi buscar em seu apartamento é um dos grandes pontos de mudança na trama dos livros e que promete mudar tudo que vemos na série também. Alguém ansioso para a grande descoberta? Alguém querendo menino Sebastian dando as caras por aí?
– Alec, sério, sofre menos cara. Tá difícil te acompanhar.

 


Dá um confere no vídeo promocional do próximo episódio aqui embaixo:

E claro, agora o espaço é todo seu para comentar o que achou de “Moo Shu to Go“! Semana que vem Alexandre está de volta, obrigado pela companhia!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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