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Shadowhunters – 1×10 This World Inverted

Por: em 17 de março de 2016

Shadowhunters – 1×10 This World Inverted

Por: em

Antes de assistir a This World Inverted, li muitos comentários chamando-o de “melhor episódio da temporada” e, talvez, a expectativa tenha atrapalhado minha experiência. Claro, não foi nem de longe um capítulo cheio de erros como os primeiros, mas ficou aquém do que está sendo nos apresentado há algumas semanas.

Talvez meu maior problema tenha sido um tom teatral que eu percebi em diversos momentos. E nem acho que o problema tenha sido a realidade paralela (porque foi até interessante assistir a um mundo diferente), mas sim algumas escolhas de roteiro, atuação e edição, com cenas cortadas drasticamente e mal editadas – basicamente, o modo como o plot foi executado. Uma pena que, a 3 episódios do season finale, coisas assim ainda aconteçam, mas é vida que segue. O que me incomodou mesmo foi que, se paramos pra pensar, 80% do tempo de tela que vimos aqui não tem utilidade prática nenhuma no avanço da história. Foi, em palavras diretas, um filler e uma homenagem bacana a Alice Através do Espelho (eu sei que provavelmente a homenagem pode ter sido ao novo filme do Tim Burton que tá vindo, mas me deixem sonhar).

clary-jace

Mas tentando abstrair esse detalhe e “mergulhando” naquilo que nos foi apresentado, foi divertidíssimo assistir a um mundo totalmente invertido, como diz o título. Valentine e Jocelyn como o casal-perfeito, Isabelle nerd e namorando Simon, Alec com 2 toneladas de gel no cabelo e tomando iniciativas no flerte com um Magnus que se tornou um daqueles videntes que a gente vê anunciados nos pontos de ônibus (que fase, hein colega?). A coisa mais interessante em tudo isso foi ver um maior desenvolvimento da proximidade de Clary com Magnus (mesmo que aquele não seja o nosso Magnus). O “obrigado por me trazer de volta” no final foi bem bacana e acho que talvez possa abrir caminho para que, no nosso mundo, Clarissa tente uma maior aproximação com o warlock.

Tirando isso, tudo ali descambou pro previsível. O demônio aparecendo, Jace indo pra lá também, Clace, Sizzy, Malec… Teve momentos pra todo mundo ficar feliz (e vamos aproveitar, porque na nossa realidade, sabe Raziel quando isso vai acontecer) e, o importante mesmo, só veio nos minutos finais: Michael Wayland. A chegada de Clary e Jace ao “covil” de Valentine e encontro com o que parece ser o pai de Jace foi a grande surpresa do episódio e promete importantes desdobramentos de agora em diante. Como o loiro vai se portar, como a Clave vai se portar e, principalmente, qual o plano de Valentine nisso tudo. São coisas que teremos que esperar pra saber.

À parte disso, tivemos momentos bacanas entre Simon e Luke. Já havia ficado claro em episódios passados que Luke considera Simon praticamente um filho seu também (da mesma forma que Clary) e faz todo sentido que ele seja um dos responsáveis por ajudá-lo no processo de adaptação ao mundo vampiro (já que Raphael não é exatamente uma pessoa tão fácil de se conviver – e acho que a Freeform não tem condições de pagar o cachê do David todo episódio). Os dois protagonizaram momentos bem bonitos, mas também não escaparam da teatralidade que falei no começo. O que foi aquele momento do Simon fingindo ser a “criatura” responsável pela morte dos policiais e sendo “morto” pelo Luke? Vergonha alheia não define.

isabelle

Avanço, de fato, tivemos em todo o plot do Instituto. E, se semana passada eu defendi Alec, hoje, meu filho, não dá pra falar nada não. Dá pra entender todo o sentimento de traição envolvido ao saber que Jace roubou o Cálice, mas colocar em risco a ligação parabatai é um gesto um tanto quanto exagerado. Ok, a situação pedia medidas extremas, afinal Izzie pode ser condenada por ajudar Meliorn e perder suas marcas, mas foi uma reação impulsiva, exagerada e nada compatível com Alec, sempre tão cauteloso. A cena do rastreamento e das marcas queimando, ainda assim, foi uma das melhores que ganhamos essa semana. Só perde pro abraço melancólico dos dois irmãos, onde Alec pede desculpas por ter falhado e ganha um carinho de Isabelle. Provavelmente veremos essa trama ganha mais força semana que vem e já estamos todos no #JUSTICEFORISABELLE.

 

Outras observações: 

– Na realidade alternativa, Luke é dono de uma livraria, que nem nos livros. Boa referência.

– Troféu cena mais engraçada: Clary imitando os gestos de Magnus pro Magnus B.

– Troféu mais burra: Clarissa Fairchild. Se você está num universo paralelo, é óbvio que tudo vai ser diferente. Pra que a cara de choque em TODA CENA?

– Malec com papéis invertidos: Vivi pra ver isso.

– Alguém vai arriscar alguma teoria pro pai do Jace estar vivo?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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