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Shadowhunters – 1×12 Malec

Por: em 31 de março de 2016

Shadowhunters – 1×12 Malec

Por: em

Shippers ao redor do mundo, dêem as mãos, porque agora é uma realidade: Malec aconteceu! E, de quebra, nos deu de presente um dos melhores episódios dessa primeira temporada de Shadowhunters. Nada mal, depois das decepções das duas últimas semanas. Nada mal mesmo.

jace-alec

Mesmo que Alec tivesse, de fato, se casado com Lydia, o episódio já teria valido a pena por encerrar alguns arcos que começaram a saturar, como a briga entre o jovem e Jace. O afastamento dos dois parabatais já começava incomodar, não só pelo fato em si, mas por nenhum dos dois ter atitude o suficiente para tomar o primeiro passo. Pareciam duas crianças de quarta série sem se falar porque um quebrou o lápis de cor do outro (Eu entendo que os motivos eram mais graves aqui, foi apenas uma analogia) e foi preciso que Isabelle tomasse as rédeas da situação. Desde a pequena conversa com Simon sobre despedidas de solteiro mundanas, já era bastante óbvio o caminho que as coisas iriam tomar e o surpreendente foi apenas ver Jace engolindo o orgulho e começando a conversa com o irmão de criação. A cena foi bem bonita, especialmente por deixar claro que a ligação entre os dois está plenamente restabelecida e mais forte do que nunca.

E, no que tange, ao Lightwood mais velho, as novas e velhas (re) conexões não pararam por aí. Foi bem bonito a faísca de amizade que finalmente apareceu entre ele e Clary. Era outra briga que seguia sem sentido nenhum, depois que a garota voltou ao Instituto e entregou o Cálice à Clave para salvar a vida de Isabelle. É claro que eles não vão se tornar amigos da noite pro dia, mas só de abandonarem a rivalidade besta pela atenção de Jace, é possível dizer que estamos avançado bastante.

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E se restava alguma dúvida de que esse episódio representou mudanças significativas em Alec, a atitude dele de abandonar Lydia à beira do altar e correr para Magnus quando o feiticeiro apareceu no casamento mostra que, depois de todos os erros que vinha cometendo nos últimos episódios, nosso menino cresceu. Por alguns momentos, eu realmente achei que ele colocaria a família acima do que sente e se casaria com Lydia para salvar o nome dos Lightwood. Mas ele precisava daquele beijo, precisava daquela libertação. Agora, é como se sua história começasse novamente e eu tô bem ansioso pra ver como a série vai desenrolar isso, especialmente ante a relação nada amistosa de Maryse, carregada de preconceitos. Não ficou exatamente claro se o maior incômodo da mãe do garoto foi por ele ter assumido um “relacionamento” com outro homem ou com um ser do submundo, mas não importa. Ela não vai dar trégua.

Pra Magnus, também é um recomeço e o episódio acertou muito ao explorar mais sobre o passado milenar do feiticeiro. Sempre achei que a imortalidade fosse um fardo demasiadamente pesado pra qualquer pessoa carregar e os muros que Magnus construiu em volta de si depois de diversas decepções mostram isso. Por meio de suas conversas com o espírito de Ragnor (já chegamos a isso), recebemos insights de antigos relacionamentos amorosos, que envolvem Camille e outro homem desconhecido nosso. A impressão que o roteiro quer nos passar (e conseguiu, mesmo que com esforço) é que por mais alegre que Magnus seja, por dentro ele é um homem quase quebrado, machucado pelo tempo e coberto de feridas e barreiras que impediriam qualquer um de se apaixonar de novo. Mas, por Alec, ele parece estar disposto a tentar novamente.

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Mas nem só de Malec viveu o episódio. O drama de Clary e Jace serem irmãos ganhou novos contornos e promete muita emoção e dor aos shippers do casal ainda. Me surpreendeu que a garota esteja tentando lidar com a situação de uma maneira mais racional e pé no chão, enquanto o loiro se apega ao fato horrível que é eles não poderem ficar juntos. Contudo, parando pra pensar depois, é até compreensível. Clary agora tem uma mãe para acordar, um livro para recuperar e o drama do incesto é apenas mais um na bagunça que sua vida se tornou nos últimos tempos.

A missão dos dois e Magnus para encontrar Ragnor só piorou as coisas. Era óbvio que esse conflito a respeito de Jocelyn aconteceria cedo ou tarde e, neste ponto, não dá pra culpar nenhum dos dois. Para Clary, ela é uma mãe carinhosa e amorosa que, por mais que tenha mentido, fez tudo em nome do bem estar da filha. Para Jace, é apenas a mulher que lhe deu a luz e o abandonou com o paí sádico e psicopata. Nenhum dos dois sabe o que aconteceu, nenhum pode precisar o quanto de verdade existem nas palavras de Luke, Hodge ou Valentine, então é esperado que eles sigam firmes em sua versão. Talvez depois da pequena cena da caixa (bem bonita, aliás), onde finalmente ficamos sabendo que o nome Jace é mesmo uma abreviatura de Jonathan Cristopher, eles consigam ao menos deixar isso de lado até que Jocelyn acorde.

Se eu pudesse apontar uma decepção com o episódio, seria a forma rápida como Ragnor morreu. Mas, claro, aqui é novamente o fã dos livros falando mais alto, que sabia que o personagem ainda podia render muita coisa bacana. Mas entendo a escolha do roteiro. A morte do feiticeiro, além de dar mais fôlego a Magnus para lutar por Alec, dá a Clary mais uma motivação para recuperar o Livro Branco e acordar a mãe. Semana que vem, com a season finale, todas essas tramas devem convergir e eu tô bem ansioso pra ver o que vai sair disso.

Outras observações:

– Pessoal que leu As Peças Infernais, vocês também notaram que a feiticeira da ponta esquerda, quando estavam procurando os prováveis criadores da poção, era a Tessa Grey? Esses easter eggs tão brincando muito pesado com o nosso coração.

– Simon é presidente do fã-clube Malec, fato.

– Tivemos também uma citação de Magnus a Academia Shadowhunter. Essa é uma parte bacana da mitologia e que pode ser explorada adiante.

– Lydia foi muito mais compreensiva do que eu poderia esperar. Assim como Robert. Os dois personagens me surpreenderam. Vamos ver como as coisas se desenrolam agora.

– A resenha já estava muito grande, então deixei pra comentar aqui: Hodge é o traidor! Alguém (que não sabia do plot twist por causa dos livros rs) esperava por essa?

– É muito bonito o amor que o Luke devota a Jocelyn.

– Nunca costumo colocar gifs nas resenhas, mas esse beijo merece. Que beijo, meus amigos.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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