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Shadowhunters – 2×01 This Guilty Blood

Por: em 5 de janeiro de 2017

Shadowhunters – 2×01 This Guilty Blood

Por: em

Sejamos honestos, Shadowunters está bem longe de ser a melhor série do mundo. Acredito que se chegamos até aqui – sobrevivendo a uma primeira temporada repletas de altos e baixos – já tomamos consciência disso, aceitamos e seguimos em frente. Todo mundo precisa de seus guilty pleasures para deixar a vida mais leve e feliz. Ainda assim, a gente sempre espera que certa constância seja mantida e que a série aprenda com seus erros e evolua. No retorno de sua segunda temporada, no entanto, Shadowhunters não parece sequer ter tentando melhorar e simplesmente se jogou na farofa – e não de uma forma positiva –, apresentando um episódio bem abaixo de sua média, que já não é lá grandes coisas, e com alguns momentos de pura vergonha alheia.

Vergonha alheia certamente é uma boa forma de definir a cena inicial. Confusa, mal editada, forçada… Alguém conseguiu levar aquilo a sério? E aquela abertura nova, gente? Vou me abster de comentários sobre isso para manter o nível nesse texto. Os problemas, contudo, não param por aí, a série parecia fora do tom, assim como os personagens. O ritmo também não ajudou, trazendo aquela sensação de que o episódio estava se arrastando, além da montagem das cenas que deixou muito a desejar e só piorou o que já não estava muito bom.

Após essa enumeração de tudo o que esteve errado nesses quarenta e poucos minutos, chegou a hora de falar dos pontos positivos desse retorno, afinal, eles também existem. Considerando que um episódio de estreia tem função de evidenciar em que lugar nossos personagens se encontram e indicar quais caminhos irão trilhar durante esse novo ano, acredito  que, de certa forma, This Guilty Blood conseguiu cumprir com seu propósito, além de introduzir brevemente novos elementos da mitologia que deverão ser trabalhados ao longo dos episódios.

A trama principal claramente gira em torno do “desaparecimento” de Jace, que no fim da temporada passada foi forçado a se juntar a Valentine para salvar seus amigos. Decisão amarga da qual parece se arrepender, já que o vemos tentando fugir algumas vezes. Ainda assim, como o Jace da série é uma criatura desprovida de inteligência e tem a personalidade de um saco de batatas (saudades Jace dos livros!), é possível perceber que as tentativas de manipulação, tanto físicas quanto psicológicas, do pai já começam a surtir algum efeito sobre ele. De todo modo, é provável que o mais importante desse plot esteja na revelação de que Valentine fez experimentos com sangue de demônio no garoto, algo que promete ter um forte impacto na trama e faz com que o vilão receba o título de pai do ano (só que não).

Enquanto isso,  Clary, Alec e Isabelle se esforçavam para encontrar o amigo e trazê-lo de volta, algo que se tornou um desafio infinitamente maior agora que um novo diretor foi designado para o Instituto – e a gente já odeia ele, certo? De qualquer forma, Jace passou a ser considerado um inimigo e tudo isso parece estar sendo mais difícil para Alec. O rapaz esteve a beira de um ataque de nervos durante todo o episódio e distribuiu patadas pra Deus e o mundo, sobrando até para o Magnus que estava fazendo o máximo para ajudar. No entanto,  acredito que a reação do garoto seja compreensível (apesar de não soar muito como algo que Alec necessariamente faria), afinal a ligação entre ele e o parabatai é forte e há muita coisa acontecendo em sua vida no momento.  Magnus definitivamente é uma parte importante disso e é interessante perceber como a relação dos dois vem crescendo (Malec vive!), entretanto, ainda há questões pessoais com que o caçador de sombras precisa lidar e aceitar.

Simon, por sua vez, segue tentando se adaptar a sua condição de vampiro e, pelo que vimos, ainda tem muito a aprender. O garoto também continua apaixonado por Clary e, agora que Jace parece estar fora do jogo, ele pode ter finalmente sua grande chance. Por fim, temos Jocelyn. A mulher mal acordou e já quero enviá-la, com passagem só de ida, para um sono perpétuo. Suas motivações para atacar o filho não estão nem um pouco claras, mas nem dava realmente para esperar algo diferente, já que a personagem foi praticamente jogada na trama, sem grande desenvolvimento ou explicação. Basicamente saiu no modo de ataque e vamos esperar pra ver no que isso vai dar.

This Guilty Blood foi, então, o tipo de episódio cheio de tropeços e equívocos, mas que traz alguns conceitos interessantes que, se trabalhados de forma correta, podem render boas tramas. Embora não tenha empolgado por completo, te faz lembrar que potencial existe e o jeito é continuar sendo otimista e acreditando que um dia Shadowhunters vai realmente engrenar.

Observações:

— Quem merece o título de pior figura parental dessa série? Valentine, Jocelyn ou Maryse? Fica a dúvida!

— Izzy claramente desperdiçada nesse episódio;

— Da série “protagonistas com quem ninguém se importa“: Clary estava atrás do Jace e meio que foi isso;

— Simon pior vampiro que você respeita!

— Pelo menos a trilha sonora é boa.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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