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Shadowhunters – 2×05 Dust and Shadows/ 2×06 Iron Sisters

Por: em 11 de fevereiro de 2017

Shadowhunters – 2×05 Dust and Shadows/ 2×06 Iron Sisters

Por: em

Há cinco estágios do luto. Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Em Dust and Shadows vimos Clary Fairchild passar por, pelo menos, três deles. Como já era esperado, lidar com a morte de Jocelyn não tem sido algo fácil para garota A relação estremecida com a mãe, a forma abrupta como ela morreu e todas as questões que ficaram mal resolvidas entre elas tornam tudo pior. O fato de estar em um universo tão cheio de magia e elementos sobrenaturais definitivamente não ajuda, fazendo com que a menina se negasse a aceitar aquela situação e procurasse uma forma de enganar a morte e ter a mãe de volta.

O desespero era evidente, e provavelmente a deixava cega, mas era óbvio que isso não podia acabar bem. Não é preciso ser muito inteligente para perceber que fazer com que um morto retorne à vida exige magia negra, e pode acabar permitindo que criaturas demoníacas retornem no lugar da pessoa amada. Clary aprendeu isso da pior maneira possível, quase ficou grávida de um demônio, não conseguiu ressuscitar a mãe  e ainda ficou devendo um favor para um feiticeira sinistra e nada confiável. Se você acha que a sua vida anda ruim é só pensar na de Clary que, te garanto, tudo irá parecer um paraíso. De qualquer forma, tivemos negação, barganha e depressão – na cena do funeral – e podemos ver a raiva refletida na obsessão da menina em vingar Jocelyn e lutar contra Valentine.

Se Clary sofria com a morte da mãe, Simon tentava, em vão, se entender com a sua. O conflito do garoto é interessante. Por um lado, ele quer se manter perto de sua família, por outro sabe que isso já não é possível. Ele é um vampiro, não há forma fácil de explicar isso,  e ainda mais complicado é buscar justificativas para seus novos hábitos. Sendo assim, manter uma distância segura é realmente o melhor a ser feito.

Ainda assim, Simon pode acabar encontrando apoio para lidar com sua nova realidade onde menos esperava: em Maia. Vampiros e lobisomens são inimigos naturais , isso, contudo, não quer dizer que não possam se tornar bons parceiros (ou algo mais). Em Iron Sisters vimos a dupla improvável se unir pelo amor que nutrem por Luke e a preocupação com o alfa, que estava desaparecido desde a morte de Jocelyn. Enquanto buscavam pelo lobo, no entanto, acabaram descobrindo que têm mais em comum do esperavam e apreciando verdadeiramente a companhia um do outro.

Com isso, pudemos conhecer um pouco mais de Maia e, se eu não havia gostado muito de sua introdução em Parabatai Lost, aqui não tenho do que me queixar. A atriz tem carisma, a personagem é interessante – adorei os flashbacks mostrando sua relação com Luke e seu medo de machucar alguém após de transformar em lobisomem – e a química entre Alberto Rosende e Alisha Wainwright é inegável. Já espero mais interações entre Simon e Maia e, Izzy e Raphael que me desculpem, mas shipo forte esse casal.

Falando em casais, como não mencionar Malec? Após muitos problemas, compromissos de última hora e tentativas desesperadas de salvar o dia, Mangus Bane e Alec Lightwood finalmente tiveram seu primeiro encontro (pode começar a cantar “aleluia”, porque a ocasião merece). A morte de Jocelyn teve um efeito gigantesco em Alec que, mesmo estando possuído por um demônio, se sentia culpado. Magnus, vendo o estado do amado, o convenceu a tirar cinco minutos de folga e o que se seguiu foi bem divertido.

Ver o caçador de sombras e o feiticeiro interagindo, sem qualquer ameaça iminente, foi maravilhoso e dois puderam ter finalmente uma chance de se conhecer, acabando descobrindo fatos um sobre o outro que talvez não quisessem. Enquanto Alec é um garoto puro e inocente que nunca esteve em um relacionamento real, Magnus, em seus séculos de vida, já passou o rodo e se relacionou com nada mais nada menos do que 17 mil pessoas/criaturas do submundo. Pra nenhum dos dois a situação é exatamente confortável, ainda assim, eles decidiram aceitar as dificuldades e investir em um relacionamento e a Malec shiper que me habita já está dando pulinhos de alegria.

Mas se as coisas melhoram para Alec, o mesmo não é verdade para sua irmã. Izzy finalmente ganhou uma trama para chamar de sua e achei e gostei bastante de tudo o que vimos até aqui. Após ser possuída por um demônio e ferida, Isabelle foi manipulada por Aldertree  para que usasse yin fen, um droga demoníaca que deixa as pessoas facilmente viciadas. Desconhecendo as propriedades da “medicação”, Izzy começou a usá-la, tornando-se dependente da substância e, por consequência, ficando nas mão de Aldetree.

Por fim, tivemos a introdução das Irmãs de Ferro, um grupo de caçadoras de sombras, equivalente aos Irmãos Silenciosos, que forjam todas as armas usadas nas lutas contra os demônios. Foram elas que forjaram a Espada da Alma, agora nas mãos de Valentine, e a visita ao seu santuário permitiu que Clary descobrisse que a arma pode ser usada para tirar a vida de todas as criaturas do submundo. Sendo assim, encontrar a espada passa a ser ainda mais importante e provavelmente será o que irá mover os próximos episódios.

Dito tudo isso, acho que podemos afirmar que Shadowhunters engrenou. A série continua longe da perfeição, é verdade, no entanto, parece ter encontrado um ritmo próprio, resolvido investir em boas referências aos livros e acertado o tom de alguns personagens. Jace certamente é um deles. Todo o drama mexicano protagonizado pelo rapaz, nos primeiros episódios, parece ter lhe feito bem e agora podemos ver alguém cheio de conflitos, mas que consegue esboçar a arrogância e o sarcasmo que o tornam tão carismático nos livros. Os dois últimos episódios – Dust and ShadowsIron Sisters – tiveram momentos interessantes e foram poucos os elementos que me incomodaram. Uma parte de mim ainda sente que falta alguma coisa, no entanto, o seriado ao menos tem se mantido decente e, por enquanto, isso tem sido suficiente.

Observações:

— A função do Jace nessa série é empatar a foda de Alec e Magnus?

— A cara de Magnus ao perceber que Jace estava se mudando pra casa dele foi impagável. Aliás, o apartamento do Magnus é meio casa da Mãe Joana, né?

— Aparentemente Clary não tem sangue de demônio, como Jace, mas ainda não temos explicações para a runa misteriosa conjurada pela garota;

— A irmã do Luke é um membro do Círculo. Fiquei bem chocada com essa revelação;

— Alguém sentiu falta de Valentine nesses últimos episódios? Porque pra mim não fez falta nenhuma;

— Quando você acha que a Clary não pode ser mais burra, ela arruma uma feiticeira desconhecia e tenta reviver a mãe com magia negra, achando que isso vai dar certo;

— Tudo bem que o Alec estava se corroendo de culpa, mas achei bem bizarro, e totalmente fora do personagem, ele aceitar de imediato o plano da Clary de trazer a Jocelyn dos mortos;

— Aldertree se torna mais irritante a cada episódio;

— Desculpe pelo atraso nas reviews. Prometo que semana que vem voltamos a nossa programação normal!


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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