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Shameless – 7×07 You’ll Never Ever Get a Chicken in Your Whole Entire Life

Por: em 19 de novembro de 2016

Shameless – 7×07 You’ll Never Ever Get a Chicken in Your Whole Entire Life

Por: em

Já passamos da metade da temporada e até agora não tivemos nenhum pronunciamento sobre a renovação de Shameless. O que nos leva a crer que toda essa temporada tem como arco principal a evolução e consequências das ações dos personagens. Seja Fiona, Debbie, Ian, Lip ou Frank, todos os personagens da série estão em constante mudança e isso, independente se a evolução é boa ou ruim, dá um tom de series finale. Confesso a vocês que meu desejo é que essa obra prima dure por mais uns 5 anos, mas se for da vontade dxs queens and kings da Showtime e de Shameless terminar por agora, quem sou eu pra dizer que não?

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Finalmente o Ian e Trevor tiveram sua “noite” juntos. Fiquei muito contente por tudo ter dado tão certo, eles realmente merecem a felicidade e até agora todo esse amor e flores só deixa mais claro que uma merda tá chegando aos poucos. Ou seria melhor uma pessoa? Detalhes à parte, é muito bacana ver o Ian saindo da sua zona de conforto, de pré conceitos e rótulos estereotipados, com controle emocional e pouquíssimas recaídas. O Trevor faz bem pra ele e vice-versa. Uma relação baseada no respeito, compreensão e esclarecimentos, e se formos analisar toda a trajetória do Ian, que antes não passava de um menino aventureiro, mas com muita coisa para descobrir, vê-lo entendendo e compreendendo as questões trans é muito legal e importante para o seu desenvolvimento e para o caminhar da série.

E até quando o retrocesso é o mesmo, a gente saca o impacto que isso tem na vida dos Gallaghers. Mais uma vez o Lip tem a oportunidade de concluir a faculdade, de voltar a estudar e conseguir sobreviver nessa vida que é tão complicada. Mas não. Em vez de seguir conselhos de todos, ele prefere, mais uma vez, desistir e abrir mão de um futuro promissor que por mais conflitante que seja, ele tem chances reais de se dar bem. E mesmo com tudo de boa pra ele, no que diz respeito a sua vida amorosa e profissional, o fato dele não ter sido pego pelo FBI antes não significa que não pode acontecer agora ou daqui pra finale. A gente sabe como terminam essas marés de sorte, né? Nem sempre todo mundo sai sorrindo no final. Mas de todo modo, a gente meio que acostumou com essas questões conflitantes do Lip.

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Por mais que me doa dizer, a Fiona realmente se precipitou com o lance da lavanderia. Todos os problema inimagináveis vieram com aquela venda, e com a senhorinha mais louca do que nunca, fica difícil sair dessa. Só que isso seria motivo para desistir se estivéssemos falando da Fiona de anos atrás. Desta vez temos uma mulher forte e independente, que não desiste tão fácil dos seus sonhos e desejos. A vontade de crescer, de melhorar e se tornar alguém que ela nunca foi é o que motiva a Fiona. E isso é bom! Bom, porque nem temos tempo de sentir dó pela situação que ela se meteu e já estamos ali, novamente, desejando para que dê certo. É claro que não podemos esquecer que a casa está como garantia por causa dessa venda e a qualquer momento poderemos sofrer caso algo dê muito errado. Mas como a ideia é a evolução e o diferente dos personagens, acho que não faz muito sentido colocar o mesmo plot da casa.

De todo modo, a Fi continua seguindo seus instintos e fazendo aquilo que acha que é certo para ela. O que é ótimo e não tão ótimo assim. Ótimo porque pela primeira vez ela passou a pensar nela, e não tão assim porque tudo tem um preço e quanto mais alta a expectativa, maior a queda.

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Eita, que eu pensei que esse momento nunca fosse chegar… Senhoras e senhores, lhes apresento: Frank! O pai do ano. É com muita alegria que venho lhes dizer que esse daí é o mais novo estudante de uma escola particular. Exatamente, a ideia é ocupar o lugar e espaço que é nosso. E quando digo nosso, me refiro ao sentido racial. Os Gallaghers moram em um bairro periférico e sem as devidas assistências por parte do Estado. Nada de incomum com a nossa realidade, né? A luta por um lugar no mundo e pela sobrevivência sempre foi característica dessa família totalmente desfuncional. Ver que a segregação ainda existe e é real não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo é realmente de assustar.

A diretora da escola deixou claro que ali, todos eram bem vindos, mas pera aí, todos quem? Será que ela pensou, de verdade, na inclusão social, quando colocou a mensalidade tão alta? Ou ela achou mesmo que as condições socioeconômica dos brancos são as mesmas dos negros? Achei bem ótimo essa discussão, o que só prova que a série acerta mais uma vez nas problematizações.

O Frank nunca foi e nunca será o melhor pai, mas vocês hão de concordar comigo que dessa vez o moleque jogou muito. Todo o seu discurso nos episódios passados para conseguir um abrigo para família não passava de balela para conseguir dinheiro e ser sustentado pelas outras pessoas. Durante toda sua vida o Frank foi esse tipo de gente, que se aproveita de cada momento com seu sensacionalismo barato para viver as custas dos outros. Mas dessa vez a história era outra, não estávamos falando de lucros ou de fazer algo só para atrapalhar ou infernizar a vida de alguém. A preocupação com a educação do Liam foi tão grande a ponto dele utilizar do seu melhor método: a falação, para conseguir um lugar na Escola Particular e branca do bairro. Acho que todo o fandom se assustou com tamanha atitude, mas sem criar muitas expectativas de que isso possa se repetir, porque a gente já aprendeu com todos os roteiristas e produtores das séries que expectativa é uma merda.

P.S.: Pela primeira vez em 7 anos, o Liam finalmente fez mais do que correr pro lado e pro outro ou ver TV. O que não falou durante toda a série, falou em um episódio, tá de parabéns!
P.S.: Estudos apontam que a Debbie é muito chata.
P.S.: Cadê o Carl?

Então é isso, bjinhos e até o próximo!


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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