Se a gente aqui já achava que essa temporada seria ótima, mas sem perder a essência da série, neste episódio tivemos a certeza. Afinal, o que representa mais Silicon Valley senão as explosões de criatividade dos personagens seguido pelo amargo fracasso? E foi a agonia de ter o plano salvador totalmente descoberto que Meinertzhagen’s Haversack teve seu final. Parando para refletir sobre o que acontece por aquelas bandas, o que será que o pessoal da Pied Piper fez de tão mal para o universo devolver tanta maldade?
Fazendo uma leve referência ao início do episódio, a equipe se encontrava em um labirinto, cuja saída parecia impossível. Tão impossível que Gilfoyle até quis se demitir. Nesse ponto, confesso que tive uma grande inveja dele, que não esperou nem dois minutos e recebeu diversas propostas de emprego. A decisão dele parecia a mais certa. Jack insistia em destruir o projeto original da Pied Piper e nada o faria mudar de ideia – nem mesmo as ordens de Laurie, a investidora e chefe da Raviga. E trabalhar em um projeto completamente vendido daqueles, depois do sufoco que passaram por tanto tempo, parece não fazer sentido.
Ainda mais quando existe uma forte concorrência na jogada. Semana passada vimos que o time da Hooli fez uma importante descoberta que poderia colocar em risco o sucesso da Pied Piper. Aliados ao pessoal da Endframe, que pela ingenuidade do antigo CEO da PP já tinha parte do raciocínio de bandeja, agora vai ser difícil pará-los. Trabalhando sob suas próprias regras, eles teriam todo tempo disponível para terminar o código e começar a construir a plataforma.
E aí veio a grande ideia que poderia salvar toda a empresa. Se a equipe da Pied Piper trabalhasse na plataforma como um projeto paralelo, enquanto fingiam que estavam trabalhando na fatídica caixa, talvez tivessem uma chance ao final do prazo. E alguém conseguiu acreditar por mais de um minuto que isso daria certo? Fui bem trouxa e até estava confiante, já que parecia ser uma ótima ideia. Mas é claro que sempre tem uma pedra (ou, no caso, uma mangueira) no caminho de Richard e o plano tão elaborado aparentemente não será levado adiante. Pelo menos foi o que deu a entender, pela raiva estampada no rosto de Jack. A opção que eles têm, se não forem demitidos, é intensificar o segredo da produção da plataforma enquanto trabalham de verdade com a caixa. No entanto, no fim da jogada seriam dois produtos. Como fazer com que Jack escolha o deles?
Enquanto tudo isso se desenrolava, o coitado do Dinesh tomava o lugar de Jared como a maior vítima de bullying da série. Aliás, até o próprio Jared aderiu às piadas sobre a correntinha de ouro e o mundo só estava pedindo que ele o fizesse (pena que não foi mostrado). É uma situação besta, sem sentido e só o Gilfoyle com toda sua implicância poderia ter começado algo assim. Mas foi divertido como isso virou parte do plano, como se fosse fundamental para manter as aparências.
E ainda:
– “Gloria, pode levar este filho de Netuno de volta para sua origem? A privada, querida” coitadinho do peixe, triste fim.
– Socorro! O que foi aquela escultura com cabelos? Esse povo da Raviga não bate muito bem não, principalmente em relação a decoração.
– “Se vai atirar no rei, tenha certeza que vai matá-lo”, ameaça real, Richard até tem muito o que aprender.
– Enquanto todos viravam a madrugada trabalhando, Erlich só na vida boa (e brigando com Jing-Yang, claro).
– Aqui vai uma curiosidade. Alguém já tentou ver os sites da Hooli e da Pied Piper na internet? Sim, eles existem e são ótimos! Aconselho, na PP, a página do Blog, em que Jared deixou um texto bem emotivo.
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