Um problema já conhecido do pessoal de Silicon Valley voltou para atrapalhar todo e qualquer progresso nesses dois últimos episódio. A falta de capital parecia ter sido resolvida tanto para a equipe da Pied Piper quanto pra Erlich. Mas parece que o jogo virou, trazendo de volta a maré de azar financeira. Para salvar ambos os negócios, muitos sacrifícios terão que ser feitos e eles terão que correr atrás do prejuízo.
Pelo menos agora Richard está mais feliz por retornar ao posto de CEO da própria empresa. Mas ele deu muita sorte do Big Head ter aquele “furo”, senão seu ataque de nervosismo teria colocado tudo a perder. Laurie já tinha avisado: se ele continuasse com sua postura profissional madura e adequada, ele seria o candidato ideal para o cargo – e ela ainda admitiu que tirá-lo da frente da Pied Piper foi um erro. Dou um voto de confiança a Richard, até porque ter a notícia de que até o Big Head foi cotado para ser CEO e ele não (até onde ele sabia no momento) é de tirar o juízo de qualquer um. Resta saber se ele aprendeu alguma coisa nesse tempo e vai conseguir, de fato, dar a volta por cima. No início, quando ele não tinha recuperado seu emprego, ele parecia estar mais seguro do que estava fazendo, isso já é um grande começo.
Por falar no Big Head, ele é tão ingênuo que só foi perceber que estava sendo ludibriado pelo Erlich quando tinha perdido tudo. Aliás, nesses dois episódios ele brincou bem próximo ao fogo. Se ele for descoberto, vai ter que devolver os vinte milhões que recebeu da Hooli, já que tinha assinado o contrato de confidencialidade. Mas agora devolver todo esse dinheiro vai ser impossível – para desespero de Erlich. Justo quando ele respirava aliviado com um acordo totalmente injusto, viu sua felicidade desaparecer num passe de mágica. E lá se foi sua grande chance de ter uma incubadora de sucesso.
Para contornar a situação problemática de falta de capital, a equipe da Pied Piper teve uma grande ideia. Por que não contratar mão de obra “virtual” para a engenharia da empresa? Uma solução prática e mais em conta, já que o dinheiro da venda dos equipamentos não seria suficiente para contratar os profissionais badalados e caros do Vale do Silício. O que eles precisam agora é apenas se ajustar às normas metódicas de Richard e fazer a PP decolar.
A nova equipe também fez possível o climinha de romance de Bachmanity Insanity. Aliás, estava demorando para ter um episódio assim, em que os rapazes da Pied Piper lidam com romances ao invés dos problemas rotineiros da empresa. Para surpresa de todos, quem mais se deu bem foi Jared, que está com um novo amor (fato que trouxe de volta a célebre frase de Russ, como Dinesh bem lembrou). A história do engenheiro foi de dar dó, até a gente lembrar que ele mereceu: quem mandou ficar julgando as pessoas pela aparência. Das três tramas românticas, a mais absurda, para variar, foi a de Richard. Por que ele tem que ser tão metódico a ponto de misturar sua vida profissional com a pessoal?
Enquanto isso, Gavin é outro que não vê a sorte no horizonte há um bom tempo. Agora todos sabem de suas proezas em apagar os resultados negativos sobre sua imagem da internet. Mesmo ameaçando processar a fonte ou qualquer outra pessoa, o grande estrago foi feito. Para sua decepção, os tempos de hoje não permitem que se coloque fogo nas pessoas ou acabe com a vida delas só por contrariar a boa vontade (convenhamos, ainda bem, né?). O que resta é lidar com mais essa crise. Será que a Hooli vai sobreviver desse jeito?
E ainda:
– Jared dando importantes informações sobre suas nádegas. Claro que a potencial compradora poderia dormir sem essa…
– Laurie-tron 6000, só o Richard para arrumar uma dessas.
– Gavin tentando processar por calúnia. Não ter como ser calúnia se os fatos são reais, né amigo?
– Richard levando um tombo para provar que os oito espaços davam na mesma que um tab. Melhor cena do episódio!
– “Ou ela congelou o tempo, conheceu e se casou com o homem dos sonhos, descongelou e voltou ao video chat com você, ou… você que é o feio. Qual você acha que é? Estou na dúvida”
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